Lic de Biologia no ISA

A licenciatura tem um perfil técnico-científico de banda larga, com três anos iniciais seguidos de posterior de formação com carácter aplicado. O ISA é uma das escolas com maior experiência no domínio da Biologia Aplicada e os licenciados terão uma sólida formação científica e oportunidades de emprego generalista em todos os domínios da Biologia, nomeadamente nas áreas do ambiente e ecologia aplicada, genética e biologia molecular, conservação da natureza e utilização e conservação dos recursos biológicos, podendo desempenhar funções na investigação científica, em laboratórios especializados, bem como em tarefas de consultadoria.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Bolsa de Investigação

IBMC


Referência: PTDC/SAU-NEU/65548/2006

Título do Projecto: Processamento sensorial nas sinapses dos interneurónios excitatórios da substantia gelatinosa da medula espinhal.

Código interno: PR 111002

Está aberto concurso para recrutamento de um(a) bolseiro(a) de Investigação para colaborar no projecto acima referido, co-financiado pela Fundação para Ciência e a Tecnologia através do programa PTDC. O/a bolseiro/a vai desempenhar um estudo de canais iónicos nos neurónios sensoriais espinhais recorrendo à técnica patch-clamp. Espera-se que o/a bolseiro/a bem sucedido/a se candidate posteriormente a uma Bolsa de Doutoramento durante/após o 1º ano.
A bolsa, em regime de exclusividade, terá a duração de 12 meses, eventualmente renovável, com início previsto a 15 de Setembro de 2007.
O valor mensal da bolsa será de € 745,00, pago por transferência bancária (preferencialmente).

Local de trabalho: Unidade do Morfofisiologia, IBMC.

Programa de trabalho: ver anexo.

Perfil pretendido:
O/a candidato/a deverá ser licenciado/a em Biologia, Biofísica, Medicina, Química, Física ou área afim, com a classificação mínima de 15 valores.

O prazo para recepção de candidaturas decorre de 23 de Agosto a 07 de Setembro de 2007.
As propostas deverão incluir uma carta de motivação e CV e ser enviadas para:

Boris Safronov
IBMC
Rua do Campo Alegre, 823
4150-180 Porto
Tel: +351-22-226074972

A contratação será regida pelo estipulado na legislação em vigor relativamente ao Estatuto de Bolseiro de Investigação Cientifica, nomeadamente a Lei 40/2004, de 18 Agosto, e o Regulamento de Bolsas de Investigação Científica do IBMC(www.ibmc.up.pt/fellowships.php).

O declínio das populações de Coelho-bravo

O coelho-bravo é uma espécie-chave nos ecossistemas Ibéricos. Embora possua uma elevada capacidade de adaptação a diferentes meios, uma parte importante das suas populações tem sofrido um decréscimo progressivo de densidade.

Sara Otero

Existem vários factores responsáveis pelo decréscimo progressivo da densidade das populações de coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus) nos ecossistemas ibéricos: caça intensa, muitas vezes sem gestão cinegética, deterioração do habitat, elevadas densidades de predadores generalistas, competição com herbívoros de grande porte, além da espécie estar sujeita a epizootias de origem vírica, nomeadamente, a Mixomatose e a Doença Hemorrágica Viral, constituindo ambas factores significativos de mortalidade.

O declínio das populações de coelho-bravo tem sérias implicações para várias espécies. O coelho entra na dieta de uma ampla gama de predadores, sendo a principal fonte de alimento de diversas espécies em perigo de extinção, tais como a águia imperial (Aquila adalberti) e o lince ibérico (Lynx pardinus). O lince ibérico foi considerado recentemente o felino selvagem em maior perigo de extinção no Mundo, sendo o coelho-bravo a sua principal presa; por exemplo, na Serra da Malcata, em termos de biomassa consumida, aproximadamente 80% da dieta do lince ibérico é constituída por coelho.
Em França, a acentuada redução das populações de coelhos causada pela Mixomatose teve, como consequência indirecta, um aumento de pressão da caça noutras espécies, como a lebre e o faisão, que não tendo a plasticidade ecológica do coelho, viram diminuir as suas populações.

Infelizmente, o coelho-bravo também se pode transformar numa praga, causando prejuízos para as culturas agrícolas e competindo com outras espécies. Dada a sua enorme capacidade de crescimento populacional, o comportamento gregário e o regime alimentar do coelho-bravo, as suas populações têm impacto sobre todos os meios, podendo modificar a estrutura das comunidades vegetais e causando desgastes significativos em meios cultivados ou não. Em meios não cultivados, assiste-se a um empobrecimento da flora devido à eliminação de gramíneas e leguminosas e a perturbações na regeneração natural das espécies florestais. Em Portugal, os danos sobre as culturas agrícolas podem conduzir a perturbações no crescimento dos cereais de Inverno.

Ainda existe pouca informação publicada relativamente à evolução demográfica das populações de coelho-bravo nos seus países de origem. É importante realçar que para uma avaliação dos factores que têm levado ao declínio das populações, nomeadamente a Mixomatose e a Doença Hemorrágica Viral, é fundamental que se façam estudos relativos ao impacto destas doenças nos parâmetros populacionais, em particular na abundância populacional.

As técnicas tradicionalmente utilizadas em Espanha para restabelecer as populações de coelhos têm sido o controle de predadores, especialmente raposas (Vulpes vulpes) e o repovoamento com coelhos vacinados e capturados em áreas onde os coelhos ainda são abundantes. Além destas técnicas, em algumas áreas são criadas tocas artificias de modo a reduzir efeitos derivados da inundação e prevenir a predação por carnívoros, é feito controle de competidores, e gestão de habitat. No entanto, demonstrou-se que a melhoria do habitat pode, por si só, conduzir a aumentos populacionais significativos, podendo aumentar até oito vezes a densidade inicial de coelhos nalgumas situações. Por outro lado, os meios de luta contra a Mixomatose são ainda pouco eficazes na natureza, porque a vacinação necessita da prévia captura dos animais. A melhoria das condições de vida, nomeadamente, abrigo e alimento, são importantes para o combate a esta doença.

Assim, dado que a espécie terá maior probabilidade de existir em zonas de orla, onde matos, culturas e pastagens se encontram sobrepostos, as medidas de gestão do meio passam pela disponibilização de áreas de abrigo nas zonas mais expostas e alimentação nas zonas de mato, devendo manter-se a estrutura e a vegetação natural dos ecossistemas mediterrânicos, diminuir as perturbações nas áreas de mato e orlas, abrir pequenas clareiras semeadas de forma a fornecer alimento junto dos locais de abrigo e, ao nível das áreas de cultura, proporcionar abrigo sob a forma, por exemplo, de manchas de vegetação arbustiva e pequenos aglomerados de pedras ou troncos. Por outro lado, deve ser prevista protecção artificial em áreas abertas sem vegetação arbustiva ou matos através da construção de tocas ou a facilitação da sua construção pelos próprios coelhos.
Alguns estudos referem que o coelho desvia grande parte da pressão exercida por predadores que, de outro modo, recairia fortemente sobre as outras espécies de caça menor, especialmente a perdiz vermelha, a lebre e a codorniz. Assim, a recuperação das populações de coelhos em conjunto com a prática de adequadas medidas de gestão, permite fomentar as outras espécies de caça menor.

Uma vez que o coelho-bravo constitui um recurso alimentar básico de várias espécies de predadores, diversas delas ameaçadas, é urgente conhecer os factores que determinam os seus padrões de ocorrência e abundância, bem como as suas preferências alimentares nos ecossistemas mediterrânicos, de modo a ser possível a implementação de medidas de gestão eficazes que visem fomentar as suas populações.

A Comunicação entre os Animais

Numa época em que somos quotidianamente surpreendidos por inovações na área das comunicações, vale a pena olhar com atenção para as formas de comunicação dos outros animais, tecnologicamente mais simples, mas nem sempre menos eficazes.

Alexandre Vaz

A comunicação pressupõe a existência de dois ou mais indivíduos, e acontece sempre que há troca de informação entre eles. A grande supremacia tecnológica do homem face aos outros seres vivos foi conquistada, em grande parte, através da sofisticação da sua comunicação. Com o advento da escrita, a comunicação prolonga-se muito para além do momento em que é proferida e a partir daí a acumulação e o desenvolvimento do conhecimento são feitos com uma eficácia sem precedentes.

Não obstante não existir nenhum outro animal com uma comunicação tão complexa quanto a nossa, há animais que possuem métodos de comunicação sofisticados e que perduram no tempo. Não será muito arriscado dizer que, das cerca de um milhão de espécies de animais descritas, quase todas, numa ou noutra fase da sua vida, necessitam de comunicar.
Existem alguns processos de comunicação tão óbvios que por vezes nos esquecemos deles mas, tal como nós, também muitos animais os utilizam. A simples aparência de um animal desempenha um importante papel na escolha de parceiro para acasalar ou no estabelecimento de hierarquias, em insectos, aves, mamíferos, moluscos e muitos outros animais. Apesar deste ser um assunto bastante estudado, ainda hoje permanecem por explicar alguns dos processos que levam à selecção de um parceiro.

Em muitos animais são os machos que competem para conseguirem uma fêmea para acasalar. Do seu poder de persuasão vai depender a capacidade de dissuadir outros machos de lhe fazerem frente e de seduzir a fêmea pretendida. Neste caminho vai haver, necessariamente, muita comunicação. A aparência de uma animal, como o brilho das suas penas, a cor do seu pêlo ou a dimensão das suas hastes, provavelmente não vai ter uma implicação directa na sua eficácia como progenitor, mas o seu aspecto físico é um reflexo da sua condição fisiológica. Os outros machos evitarão combater um aparentemente mais forte, poupando energias a ambos, e as fêmeas, sejam elas de uma pequena ave, de um veado ou de um primata, estão interessadas em acasalar com o macho mais apto que lhes for possível encontrar. Por isso, mesmo em muitas espécies em que os machos não lutam entre si, demonstrando a sua força, exibem perante a fêmeas a sua perícia a construir ninhos, a conseguir alimentos ou noutra actividade fundamental no decurso da reprodução. No fundo, o que eles de uma ou de outra forma estão a dizer é: “eu serei um bom pai para os teus filhos”.
Para além de depender de factores como a idade ou a condição física, a aparência dos animais varia muitas vezes com a sua vontade. Algumas das adaptações neste campo são surpreendentes; veja-se a cauda de um pavão aberta em leque, o papo de uma fragata, a tromba insuflável de uma foca de capuz, ou a velocidade com que uma lula pode fazer variar a cor da sua pele. A própria máscara facial, assim como a postura, desempenham nalguns animais um papel muito importante. Os lobos, por exemplo, que vivem em sociedades hierarquizadas e complexas, exprimem desta forma ritualizada a sua atitude dominadora ou submissa.

A linguagem gestual não está de forma alguma reservada aos animais superiores. As abelhas, no interior das suas colmeias, executam movimentos complexos, que lhes permitem comunicar pormenorizadamente, por exemplo, a localização de determinada zona onde existe alimento.

A linguagem sonora, que usamos a toda a hora quando falamos, é igualmente utilizada por muito animais. Também aqui a complexidade das mensagens vai variar entre espécies, mas a eficácia da comunicação sonora deve-se, em grande parte, ao facto de permitir a transmissão de uma mensagem a uma longa distância. Algumas baleias fazem-se ouvir a 80 km de distância; muitas aves podem ser ouvidas pelas suas congéneres a vários quilómetros e mesmo alguns insectos, como os grilos e as cigarras, fazem-se ouvir a muitas centenas de metros.
A diversidade de mecanismos utilizados para produzir sons é imensa, desde insectos que fazem vibrar as asas friccionando-as uma na outra, passando pelas cordas vocais de muitos mamíferos, até ao complexo canto das aves ou à percussão de infinitos materiais. Se existem alguns animais com uma comunicação sonora muito simples, que praticamente se limita a assinalar a sua presença, há outros com um vocabulário extensíssimo. Hoje sabemos que os golfinhos possuem uma linguagem extremamente complexa, que lhes permite, por exemplo, chamar um indivíduo em particular. Também alguns primatas e aves têm gritos de alarme que remetem para uma ameaça específica. Para além disso, o canto de muitas aves tem, por exemplo, um “sotaque” da região de onde provêm, e os progenitores sabem reconhecer mutuamente o chamamento dos seus parceiros e o das suas crias.

Uma outra forma de comunicação, a que somos por ventura menos sensíveis, mas que para muitos animais é extremamente importante, é a comunicação química ou por odores. Esta forma de comunicação pode não permitir a troca de uma mensagem a uma distância tão grande quanto as mensagens sonoras, mas tem a vantagem acrescida de permitir que a mensagem se mantenha por um longo período de tempo. Alguns mamíferos possuem territórios tão extensos que seria impossível defenderem as suas fronteiras vocalizando a partir de centro. Neste caso, eles marcam o território recorrendo a substâncias de odor intenso, que podem permanecer durante semanas. Por outro lado, da mesma maneira que muitas aves podem distinguir os membros da sua família ou grupo pelas características do canto, alguns mamíferos, como os texugos, fazem-no através do odor.
Para além de utilizarem o odor das suas fezes e urina para marcar o território, ou para criar um odor corporal característico e diagnóstico de cada indivíduo, muitos animais, incluindo diversas espécies de antílopes, estão dotados de glândulas produtoras de substâncias de odor intenso. Sabe-se que é através do odor que muitos animais reconhecem quando é que o parceiro está receptivo para acasalar e pensa-se que alguns antílopes libertem determinados odores em situações de perigo, lançando um subtil alerta que provavelmente só será entendido pelos seus pares. Alguns antílopes têm também glândulas nas patas, que deixam no terreno o rasto da passagem de cada indivíduo.

Mais uma vez, não são só os animais superiores que recorrem a estas estratégias. As formigas, em caso de ataque ao formigueiro, lançam feromonas como quem soa um alarme, ao qual as demais acorrem imediatamente em socorro.

Curiosamente, apesar de não ostentar os seus odores corporais, como ainda os dissimular, o Homem recorre a substâncias produzidas por outros animais para criar perfumes.

Embora a maior parte das manifestações de comunicação animal ocorram entre indivíduos da mesma espécie, elas também se podem dar entre espécies muito diferentes. Nestes casos, aquilo que acontece frequentemente é que uma espécie em aparente desvantagem tenta enganar outra que a ameaça. Exemplos deste caso acontecem com determinadas espécies de aves, que simulam estar feridas para distrair uma potencial ameaça das suas crias ou ovos. Também algumas aves imitam o canto de um predador para afastar intrusos ou eriçam as penas para parecerem maiores do que na realidade são.
Se prestarmos atenção ao mundo que nos rodeia, ao canto das aves, ao coaxar das rãs, ao odor dos mamíferos e ao zumbir dos insectos, mesmo que não saibamos o significado das mensagens, poder-nos-emos aperceber da quantidade de mensagens e da dimensão da comunicação que permanentemente ocorre no mundo natural. Afinal, aquilo que promove a comunicação entre os animais silvestres não é assim tão diferente do que nos motiva a faze-lo com os nossos pares. Como diz o ditado: “a falar é que a gente se entende…”

Os descobrimentos e a descoberta de novas plantas

Os descobrimentos iniciaram contactos entre a Europa e novos mundos. Através deles trocaram-se numerosas espécies de plantas entre diversas regiões do globo com enormes implicações ecológicas e económicas.

Sara Otero

Um certo purismo cultural europeu leva a criticar o hamburger e a cola, como sinais de uma (indesejada) invasão americana. Mas o português que come a sua sardinha em cima da broa, acompanhada das consabidas batatas cozidas e da salada de tomate e pimentos, enquanto verbera as novas modas alimentares, testemunha, distraído, uma outra invasão americana, que nem quinhentos anos tem: aquela que lhe trouxe o milho para a broa, a batata, o tomate e o pimento. De autóctone, afinal, só a sardinha, o azeite e o vinho." (in "A Viagem dos Sabores" de Rui Rocha)
Os descobrimentos portugueses estabeleceram contactos entre a Europa e novos mundos e aumentaram os conhecimentos existentes. Os portugueses procuraram conhecer e interessar-se pela flora dos países com quem iam contactando, procurando trazer muitas plantas ou propágulos, para adaptarem a novas condições, ou simplesmente para testemunhar o descobrimento de novas terras. Desde modo, estabeleceu-se um intercâmbio fácil de plantas, quando estas apresentavam grande plasticidade ecológica, mas por vezes também difícil quando estas exigiam características particulares de clima e solo.
As condições ecológicas de Portugal e dos territórios que iam sendo descobertos ou conquistados eram diferentes, sendo natural que se levantassem problemas de adaptação das plantas a novos meios.


Nesta troca de plantas, as ilhas de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe (em particular as primeiras) funcionaram como jardins de aclimatação, desempenhando um papel fulcral, e servindo de ponto de encontro ou de passagem de plantas com origens bem diferentes. Embora situadas na região tropical, as ilhas de Cabo Verde têm um clima amenizado pela latitude relativamente elevada, dispondo de condições ecológicas diferentes com o desenvolvimento da altitude. Portanto, as plantas das zonas temperadas adaptaram-se mais facilmente nestas ilhas, tendo se criado possivelmente aí formas que depois puderam ser passadas para outros locais mais quentes com menos riscos.

Os navegadores que vinham da América deverão ter deixado em multiplicação, em Cabo Verde, plantas daquela região, que outra armada que se lhe seguisse levaria para o sul de África ou para a Índia e estas procediam do mesmo modo estabelecendo-se, assim um circuito na troca de plantas.

Presentemente, Cabo Verde tem uma flora muito diversificada, embora as condições climáticas não sejam geralmente muito favoráveis, entrecruzando-se plantas das zonas temperadas e das zonas quentes, tirando proveito do efeito moderador da altitude. O arroz e o coqueiro passaram do Oriente para o Brasil através de Cabo Verde, e inversamente muitas espécies fruteiras brasileiras instalaram-se em Cabo Verde.

São Tomé e Príncipe, com características ecológicas diferentes, também constituiu um ponto de passagem das armadas entre o Brasil, a Costa Africana, particularmente Angola, passando ou instalando-se e prosperando em São Tomé e Príncipe, aproveitando as condições ecológicas muito favoráveis, muitas plantas que passaram de uns continentes para os outros. Exemplo disso são os inhames, as bananeiras e as especiarias vindas do Oriente a caminho do Brasil, sendo estas ilhas posteriormente as portas de introdução da cultura do cacaueiro e do cafeeiro arábica.
Exemplos de plantas que nos são familiares e as quais utilizamos com frequência na nossa alimentação, mas que na realidade tiveram de percorrer uma longa viagem para chegar até nós são: o arroz, o açúcar de cana, a pimenta, a canela, o açafrão, o gengibre, o milho, a batata, o feijão e o tomate, entre outras.

A revolução alimentar induzida pelas novas espécies trazidas da América para a Eurásia a partir de 1492 é bastante interessante, não só pelas consequências demográficas induzidas pela importação de plantas de elevados rendimentos e capacidade nutritiva, como pelo modo como elas se introduziram nos estereótipos culturais, ao ponto de hoje em dia ser difícil, por exemplo, convencer um indiano de que nenhuma espécie de malagueta existia no Oriente antes da chegada dos ocidentais, ou explicar a um italiano que só há menos de duzentos anos é que o spaghetti leva molho de tomate.

O tomate enfeita as hortas mediterrânicas desde o século XVI, e em 1704 já fazia parte das saladas italianas, no entanto, a sua grande expansão a nível mundial teve lugar no fim do século XVIII e princípios do século XIX, com a produção de enlatados.
Espécies completamente novas foram facilmente adoptadas em zonas do globo distintas das de origem, tendo inclusivamente substituído as espécies autóctones, devido às suas vantagens nutritivas e de produtividade. O milho, por exemplo, foi um cereal que se impôs pela sua produtividade. Introduzido em Portugal por volta de 1520, tendo chegado pela mão dos portugueses à Birmânia e à China por 1597, bastando menos de um século para dar a volta ao mundo. Foi Colombo que em 1492 encontra milho, provavelmente devido à sua viagem às Antilhas, e vindo provavelmente do seu vizinho México. Portanto, dez anos depois do regresso de Colombo, já existiam indícios de cultivo de milho em Castela, na Andaluzia.

Outros exemplos se seguirão, revelando a origem de outros produtos e o modo como entraram na nossa alimentação e a modificaram. Além disso, será interessante também reflectir o modo como as nossas paisagem se modificaram com a introdução de novas culturas, com todas as implicações ecológicas inerentes.

Por agora, para despertar ainda mais a sua curiosidade e, talvez o seu apetite, fique com esta receita:

SERICAIA
PORTUGAL - ELVAS
(in "A viagem dos sabores" de Rui Rocha)

1 l de leite
½ de açucar
12 ovos
1 pau de canela
125 g de farinha
1 casca de limão
sal e canela q.b.

Bata as gemas em creme com o açúcar. Ferva o leite com o pau de canela e a casca de limão e sal. Dissolva a farinha e junte a gemada. Mexa e engrosse em lume brando até se ver o fundo do tacho. Tire do lume e deixe arrefecer. Bata as claras em castelo e envolva no preparado. Ponha em colheradas desencontradas num prato de barro. Cubra completamente com canela em pó e leve a forno bem quente. Ao cozer, a massa deve abrir fendas.


Se quiser fazer um pequeno exercício histórico-botânico, conte só quantas espécies de plantas exóticas foram necessárias para preparar esta receita.
Este artigo é baseado em:

Rocha, R. (1998). A Viagem dos Sabores. Edições INAPA, 1998.

Mendes Ferrão, J.E. (1991). Os descobrimentos e as Plantas: A peregrinação de algumas fruteiras tropicais. Agros,Ano LXXIV, nº1: 49-57.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Estágio

Oferta de estágio de Licenciatura, Pós-graduação ou Mestrado

Temas da tese
- Comparação e aperfeiçoamento de métodos de censos de aves de rapina em parques eólicos.

Perfil do candidato
- Finalista ou Licenciado em Biologia, Ecologia, Eng.ª Florestal, Engª Biofísica ou equivalente
- Boa experiência em identificação de aves (visual e cantos)
- Conhecimentos de SIG e de análise estatística
- Carta de condução
- Disponibilidade para deslocações frequentes em todo o país
- Responsável e organizado
- Espírito de equipa

Condições
- Todas as despesas afectas ao estágio são pagas, incluindo viatura para deslocação no campo
- Tutoria especializada com apoio contínuo durante o período de estágio tanto a nível de trabalho de
campo como de tratamento estatístico dos dados
- Oportunidade de estagiar numa equipa de trabalho jovem, multidisciplinar e com grande experiência em
monitorizações ambientais e avaliação de impacte ambiental
- Possibilidade de integrar a equipa da Bio3 no final do estágio

Elementos necessários à candidatura
- Curriculum Vitae
- Carta de motivação
- Carta de recomendação

Prazos
- 20 de Setembro
- Resposta por e-mail para info@bio3.pt

Voluntariado para Projecto da SPEA

SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves


O Projecto Linhas Eléctricas e Aves II da SPEA, retomou a proposta de saídas de campo organizadas com voluntários. Estas saídas têm lugar durante os dias de semana e têm despesas de deslocação e estadia pagas. O trabalho de campo consiste na prospecção, a pé, de troços pré-definidos de linhas eléctricas, procurando localizar e contabilizar cadáveres de aves. As saídas vão decorrer até Dezembro de 2007. As datas e locais ainda disponíveis em Agosto, Setembro e
Outubro são:

- IBAs de Caldeirão e Monchique e P.N. do SW Alentejano e Costa Vicentina. Entre 27 e 31 de Agosto com estadia em São Bartolomeu de Messines e em Almodôvar.

-IBAs de Monforte, Cabeção e Alter do Chão e Parque Natural do Vale do Guadiana. Entre 10 e 14 de Setembro com estadias em Monforte e Mertola.

- P.N. SW Alentejano e Costa Vicentina e IBA de Luzianes. Entre 8-12 Outubro com estadia em Odemira.

- IBAs de Castro Marim e Serra do Caldeirão. Entre 15 e 19 de Outubro com estadia em Loulé.

- IBAs de Caldeirão e Monchique. Entre 22 Outubro e 26 Outubro com estadia em São Bartolomeu de Messines e em Almodôvar.

Pedimos aos interessados que se informem das condições de participação junto do coordenador do projecto (João Neves - joao.neves@spea.pt) ou da responsável de campo (Susana Pereira - voluntarios.campo@spea.pt).

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Análise de estruturação populacional numa escala local de organismos marinhos com elevadas capacidades de dispersão (Delphinus delphis; Tursiops trunc

Análise de estruturação populacional numa escala local de organismos marinhos com elevadas capacidades de dispersão (Delphinus delphis; Tursiops truncatus), através de uma abordagem multilocus

O facto da costa portuguesa se situar num gradiente ambiental e de alguns dos delfinídeos que aqui ocorrem possuírem elevada diversidade genética, tornam-na ideal para o estudo da especiação de organismos marinhos com elevada capacidade de dispersão.

André Moura – CIBIO, Universidade do Porto


Introdução

Em biologia evolutiva, poucos assuntos têm despertado tanta controvérsia como a especiação, ou seja o mecanismo que promove a origem de novas espécies. Existe actualmente um consenso geral em que para haver especiação, o fluxo genético entre duas populações terá que ser impedido por uma barreira externa, para que estas possam então tomar percursos evolutivos distintos. Esta barreira pode ser um obstáculo físico à dispersão ou uma mancha de habitat desfavorável na qual o organismo tem menor probabilidade de sobrevivência. Este mecanismo de especiação é conhecido como alopátrico (Futuyma, 1998). Em alternativa, vários autores têm proposto modelos de especiação que não exigem a existência de uma barreira externa que impeça o fluxo genético entre duas populações, chamados de mecanismos simpátricos (Via, 2001; Schluter, 2001). Apesar de serem possíveis em teoria, existem ainda poucos casos bem estudados na natureza (Schluter, 2001).

Muitos organismos marinhos têm grandes capacidades de dispersão e distribuições geográficas extensas, o que torna bastante difícil o aparecimento de barreiras externas à sua dispersão (Palumbi, 1994; Jackson e Cheetham, 1999). Os cetáceos são, neste sentido, bons modelos de estudo. Dentro dos cetáceos, os golfinhos (família Delphinidae) são o grupo mais diversificado com cerca de 35 espécies diferentes, extremamente variáveis em tamanho (desde o género Cephalorhynchus cujo tamanho ronda os 1,5 m de comprimento até à orca que pode atingir os 9 m) e ocupando tanto regiões polares como tropicais (Folkens et al., 2002; Hoelzel, 2002). Este grupo originou-se a partir de um ancestral comum há cerca de 10 milhões de anos, tendo a sua diversificação sido bastante rápida, o que torna bastante difícil determinar com exactidão as relações filogenéticas dentro do mesmo (LeDuc et al., 1999). Como tal, apesar de serem animais pouco sensíveis a mecanismos de especiação alopátrica, têm sido bastante prolíficos na origem de novas espécies. Como tal, os delfinídeos podem ajudar a perceber se os mecanismos de especiação simpátrica existem e como actuam na natureza.
Espécies de Estudo (Delphinus delphis e Tursiops truncatus)

O golfinho-comum (Delphinus delphis) e o roaz-corvineiro (Tursiops truncatus) são espécies filogeneticamente próximas (LeDuc et al., 1999), e que apresentam características importantes para este estudo. Ambos têm distribuições geográficas amplas (Figura 1 e 2), pelo que conseguem sobreviver numa grande variedade de ambientes. Ao contrário do que seria de esperar numa espécie com grandes capacidades de dispersão, têm uma elevada variabilidade morfológica e genética ao longo da sua distribuição.

A variabilidade morfológica do golfinho-comum é tão grande que alguns autores sugerem a existência de 3 morfotipos diferentes, um de bico-curto e dois de bico-comprido (Figura 1). De forma geral, é aceite que a forma de bico curto e as formas de bico comprido constituem duas espécies diferentes (Delphinus delphis e Delphinus capensis, respectivamente), no entanto análises genéticas têm questionado esta distinção (Natoli et al., 2006). É também considerada a existência de um morfotipo distinto de bico-comprido com uma distribuição mais restrita, e proposto por alguns autores como sendo também uma espécie diferente (Delphinus tropicalis) (Figura 1). Em termos genéticos, é possível identificar diferentes populações no Atlântico Norte cujos níveis de variabilidade genética são elevados, mas que se encontram bem diferenciadas entre si (Natoli et al., 2006).
Figura 1. A) Delphinus delphis fotografado ao largo de Lagos, Algarve; B) Distribuição mundial das três formas de golfinho-comum (Folkens et al., 2002). NOTA: o estatuto taxonómico dos três morfotipos é ainda alvo de discussão. Neste mapa, é-lhes dada a designação específica apenas para facilitar a compreensão das suas distribuições.

A variação genética do roaz-corvineiro no Atlântico Norte está também bastante estruturada, sendo possível diferenciar populações oceânicas de diferentes populações costeiras (Hoelzel et al., 1998). A nível europeu, a costa portuguesa encontra-se na zona onde esta espécie tem maior variabilidade genética (Natoli et al., 2005). São também bastante variáveis em termos morfológicos, sendo algumas populações do Índico e do Pacífico consideradas como uma espécie diferente (Tursiops aduncus) (Figura 2).
Figura 2. A) Tursiops truncatus fotografado ao largo de Ponta Delgada, Açores; B) Distribuição mundial das duas espécies de roaz-corvineiro (Folkens et al., 2002)

Como tal, apesar de estas espécies terem uma grande capacidade de dispersão, parecem não o estar a fazer. Da mesma forma, apesar de não existir nenhuma barreira óbvia que impeça a sua deslocação entre diferentes populações, isso parece ser suficientemente raro, de tal forma que diferentes unidades populacionais se estão a diferenciar.


Investigação Proposta

Este projecto irá analisar padrões de variação genética para as espécies referidas ao longo da nossa costa, comparando-os com populações do resto da Europa, Atlântico Norte e Norte de África. Será feita uma amostragem detalhada ao longo da costa, através de um sistema de recolha de biópsias de animais selvagens desenvolvido especificamente para pequenos cetáceos (Krützen et al., 2002). Consiste na utilização de uma espingarda de ar compirmido modificada para diparar pequenos dardos que, ao embaterem no corpo do animal recolhem um pequeno pedaço de tecido que poderá então ser utilizado para análises genéticas. Este método demonstrou ser seguro para os animais, tendo efeitos minimos tanto a curto como a longo-prazo, e é actualmente utilizado por diversas equipas de investigação em todo o mundo (Krützen et al., 2002; Hoelzel, 2002).
As análises genéticas serão divididas em diferentes abordagens. A utilização de diferentes microsatélites aliada a uma amostragem significativa ao longo da costa, permitirá identificar diferentes unidades populacionais e os níveis de fluxo genético entre elas. Além disso, a comparação entre os padrões de variação genética encontradas em marcadores neutros e em marcadores funcionais (envolvidos, por exemplo, no sistema imunitário ou sucesso reprodutor), permite testar se a variação genética encontrada está de alguma forma a ser condicionada por pressões selectivas do ambiente.

Finalmente, a informação genética será sobreposta com dados relativos a variáveis ambientais, como temperatura da água, profundidade, distribuição de presas e alimentação (através da análise de isótopos estáveis na gordura obtida nas biópsias). Desta forma, será possível perceber se existe alguma relação entre os padrões obtidos pela análise genética, e diferenças locais nas condições ambientais a que os animais estão sujeitos. Dado que a costa portuguesa se encontra numa zona de transição entre o ambiente mediterrânico e o atlântico, os animais estão sujeitos a uma diversidade de ambientes diferentes. Simultaneamente, a nossa costa parece também albergar os maiores níveis de diversidade genética da Europa (Natoli et al., 2005; 2006). Será assim possível testar se esta diversidade é promovida pela existência de ambientes igualmente diversos, e quais os factores ambientais que têm uma influência mais forte. Alternativamente, pode também testar-se a existência de outro tipo de pressões a promover a divergência entre diferentes unidades populacionais, como por exemplo a existência de reprodução preferencial entre indivíduos geneticamente mais semelhantes.
Importância do Projecto para o Conhecimento e Conservação dos Cetáceos da Costa Portuguesa

A costa portuguesa é bastante rica em espécies de cetáceos e de acordo com os resgistos de arrojamentos, e informação disponibilizada pelas empresas de observação de cetáceos e pescadores, o golfinho-comum e o roaz-corvineiro parecem ser particularmente abundantes. No entanto, o conhecimento que temos destas espécies é ainda bastante limitado, principalmente na costa continental. Este estudo fornecerá uma primeira imagem de como a variação genética está distribuída ao longo da nossa costa. Esta informação pode fornecer alguma ideia da distribuição de diferentes unidades populacionais, as áreas preferenciais de ocupação e os níveis de conectividade entre elas. Ao mesmo tempo, pode dar uma ideia dos níveis de diversidade das diferentes unidades populacionais, e assim identificar populações mais vulneráveis, assim como identificar zonas onde se concentre uma maior diversidade genética, que por isso poderão ser identificadas como zonas importantes para a protecção destas espécies.

Os resultados deste projecto poderão, por um lado, contribuir para a compreensão de uma questão biológica interessante, como é a ocorrência de especiação sem a influência de barreiras externas ao fluxo genético. Por outro lado, poderão ajudar o conhecimento da biologia e ecologia dos cetáceos da costa portuguesa, e assim ajudar aos esforços de conservação destes animais.

Bibliografia
Folkens, P. A., Reeves, R. R., Stewart, B. S., Clapham, P. J., e Powell, J. A. (2002). Guide to Marine Mammals of the World. (Chanticleer Press ed). New York: Alfred A. Knopf.
Futuyma, D. J. (1998). Evolutionary Biology. (3ª ed). Sunderland, Massachussets: Sinauer Associates, Inc.
Hoelzel, A. R. (2002). Marine Mammal Biology: an evolutionary approach. Blackwell Science Ltd.
Hoelzel, A. R., Potter, C. W., e Best, P. B. (1998). Genetic differentiation between parapatric `nearshore´ and `offshore´ populations of the bottlenose dolphin. Proceedings of the Royal Society of London 265: 1177-1183.
Jackson, J. B. C. e Cheetham, A. H. (1999). Tempo and mode of speciation in the sea. Trends in Ecology & Evolution 14: 72-77.
Krützen, M., Barré, L. M., Möller, L. M., Heithaus, M. R., Simms, C., e Sherwin, W. B. (2002). A Biopsy System for Small Cetaceans: Darting Success and Wound Healing in Tursiops spp. Marine Mammal Science 18: 863-878.
LeDuc, R. G., Perrin, W. F., e Dizon, A. E. (1999). Phylogenetic Relationships Among the Delphinid Cetaceans Based on Full Cytochrome B Sequences. Marine Mammal Science 15: 619-648.
Natoli, A., Birkun, A., Aguilar, A., Lopez, A., e Hoelzel, A. R. (2005). Habitat structure and the dispersal of male and female bottlenose dolphins (Tursiops truncatus) . Proceedings of the Royal Society of London: Series B, Biological Sciences 272: 1217-1226.
Natoli, A., Cańadas, A., Peddemors, V. M., Aguilar, A., Vaquero, C., Fernández-Piqueras, P., e Hoelzel, A. R. (2006). Phylogeography and alpha taxonomy of the common dolphin (Delphinus sp.). Journal of Evolutionary Biology 19: 943-954.
Palumbi, S. R. (1994). Genetic Divergence, Reproductive Isolation, and Marine Speciation. Annual Review of Ecology and Systematics 25: 547-572.
Schluter, D. (2001). Ecology and the origin of species. Trends in Ecology & Evolution 16: 372-380.
Via, S. (2001). Sympatric speciation in animals: the ugly duckling grows up. Trends in Ecology & Evolution 16: 381-390.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO (M/F)

IBMC - Instituto de Biologia Molecular e Celular

Referência: PTDC/CVT/69086/2006

Título do Projecto: “Creating tools for studying sea bass (Dicentrarchus labrax) immunity”


Código interno: PR 272601


Está aberto concurso para recrutamento de dois bolseiros de Investigação para colaborar na área de Imunologia comparada (peixes), no projecto acima referido, co-financiado pela Fundação para Ciência e a Tecnologia e pelo FEDER através do programa PTDC.
As bolsas, em regime de exclusividade, terão a duração de 12 meses, eventualmente renováveis, com início previsto a 1 de Outubro de 2007 .
O valor mensal da bolsa será de € 745,00 pago por transferência bancária (preferencialmente).

Local de trabalho: IBMC - Instituto de Biologia Molecular e Celular (Grupo de Imunologia e Vacinologia de Peixes), Porto, Portugal

Programa de trabalho: ver anexo.

Perfil pretendido:
Os candidatos devem pelo menos ter o grau de licenciatura nas áreas de Bioquímica, Biologia, Microbiologia ou área afim, dando-se preferência a quem tiver experiência em técnicas relacionadas com Biologia Molecular, Produção de Anticorpos Monoclonais e Culturas Celulares.

O prazo para recepção de candidaturas decorre de 8 de Agosto a 15 de Stembro de 2007.
As propostas deverão incluir uma carta de motivação, CV, e duas cartas de recomendação e ser enviadas para:

Nuno M S dos Santos
FIV - Fish Immunology and Vaccinology
IBMC - Instituto de Biologia Molecular e Celular
R. Campo Alegre 823
4150 Porto
PORTUGAL
tel: 351-22-6074900; fax: 351-22-6099157

A contratação será regida pelo estipulado na legislação em vigor relativamente ao Estatuto de Bolseiro de Investigação Cientifica, nomeadamente a Lei 40/2004, de 18 Agosto, e o Regulamento de Bolsas de Investigação Científica do IBMC (www.ibmc.up.pt/fellowships.php).

Exposição "Energias Renováveis / Mobilidade Sustentável 2007" e "Algarve Green Vehicle Challenge 2007"


19 a 22 de Setembro 2007 (Faro)

APVE

Exposição “Energias Renováveis – Fornos solares – Mobilidade Sustentável 2007” e

“Algarve Green Vehicle Challenge 2007”

Exposição dedicada às energias renováveis, à mobilidade sustentável e ao ambiente em geral. O certame este ano, para além da demonstração de veíulos não poluentes e de fornos solares, terá também palestras/conferências alusivas à temática.
Teremos bancos e outro mobiliário de jardim inteiramente feitos de plástico reciclado, entre muitas outras novidades. Haverá também acções de limpeza da Praia de Faro e da Mata com voluntariado.

No último dia, 22 de Setembro - Dia Europeu Sem Carros - a realizar-se-á o “Algarve Green Vehicle Challenge 2007”, uma prova em que apenas podem participar veículos amigos do ambiente.Todos aqueles que tenham veículos amigos do ambiente, e / ou que tenham desenvolvido protótipos de veículos amigos do ambiente estão convidados a participar nesta prova única a nível nacional.

Mais informações e inscrições: Telf. 964144312 ou em www.algarverenovavel.com ou no site do Clube Automóvel do Algarve www.clubeautomovelalgarve.pt
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PROGRAMA DE ACTIVIDADES / DEMONSTRAÇÕES - 19 A 22 DE SETEMBRO DE 2007:
Dia 19, Quarta
11:00 (Faro-Pontinha) – Inauguração da exposição pela Srª Governadora Civil de Faro e Presidente da C.M de Faro e almoço solar
11:00 - 23:00 - Divulgação de Boas Práticas Ambientais aos Cidadãos e da ECOCASA – QUERCUS
- Divulgação de Boas Práticas de Eficiência Energética em Edifícios e Piscinas – OÁSIS
- Explicação do processo de Recolha, Reciclagem e Reutilização de Resíduos – ALGAR
- Utilização de óleo vegetal em veículos a Diesel e explicação da produção de Biodiesel – Eleutério Martins – RESIVALOR
- Exposição e demonstração de utilização de Veículos Amigos do Ambiente
14:00 - (Auditório da CCDR Algarve) Ciclo de Conferências “ENERGIAS RENOVÁVEIS / FORNOS SOLARES / MOBILIDADE SUSTENTADA”
14:10 - Exemplos Práticos de Alta Eficiência Energética em Edifícios – Prof. Doutor Cândido de Sousa
14:40 - Uma casa-modelo energeticamente independente para o Algarve – Arq. Pedro Dâmaso / Engº Carlos Mendes Nunes
15:20 - Cozinhas solares:Estratégias de disseminação efectiva, experiências vividas e potencialidades - Prof.Doutor Celestino Ruivo EST-ALG
16:00 - 16:15 - Intervalo para café solar com pão de ló solar
16:15 - Veículos Automóveis do Futuro – Que soluções de mobilidade sustentável? – Engº Cláudio Casimiro
16:40 - ECOVIA DO ALGARVE - Dr. Sérgio Inácio / Arq. Jorge Coelho
17:00 - Encerramento dos trabalhos seguido de visita guiada à exposição
Dia 20 e 21, Quinta e Sexta (Faro-Pontinha)
8:00- 11:00 - Acções de limpeza da Praia de Faro e da Mata com voluntariado (Partida do autocarro 8:00 h) – C.M.Faro
10:00-14:00 - Construção e utilização de cozinhas solares - Prof.Celestino Ruivo, EST-UALG
11:00 - 23:00 - Divulgação de Boas Práticas Ambientais aos Cidadãos e da ECOCASA – QUERCUS
- Divulgação de Boas Práticas de Eficiência Energética em Edifícios e Piscinas – OÁSIS
- Explicação do processo de Recolha, Reciclagem e Reutilização de Resíduos – ALGAR
- Utilização de óleo vegetal em veículos a Diesel e explicação da produção de Biodiesel – Eleutério Martins – RESIVALOR
- Exposição e demonstração de utilização de Veículos Amigos do Ambiente
Dia 22 , Sábado (Dia Europeu Sem Carros)
10:00 - 15:00 (Quarteira) - Construção e utilização de cozinhas solares - Prof.Celestino Ruivo, EST-UALG
ALGARVE GREEN VEHICLE CHALLENGE 2007 (PROGRAMA)
10:00-11:00 (Faro-Pontinha)– Recepção dos concorrentes / Verificações Técnicas
11:00 H - 12:00 H Regularidade de Faro
(Percurso de estrada Faro – São Lourenço – Almancil – Quarteira)
12:30 H Chegada a Quarteira (Praça do Mar)
12:45 H - 13:30 H Regularidade de Quarteira
13:30 H Almoço Solar em Quarteira
16:30 H Cerimónia de distribuição dos prémios em Quarteira
11:00 - 23:00 (Faro-Pontinha) - Divulgação de Boas Práticas Ambientais aos Cidadãos e da ECOCASA – QUERCUS
- Divulgação de Boas Práticas de Eficiência Energética em Edifícios e Piscinas – OÁSIS
- Explicação do processo de Recolha, Reciclagem e Reutilização de Resíduos – ALGAR

Pense Amarelo

Pense Amarelo. Ajude o Ambiente, Ajude muita gente – é a nova campanha da Valorsul que associa a vertente ambiental a uma vertente humanitária, através de donativos à fundação AMI por cada garrafa encaminhada para reciclagem.

Fundação AMI (01-08-2007)

“Pense Amarelo. Ajude o Ambiente, Ajude muita gente”, a nova campanha da empresa de tratamento de resíduos Valorsul, junta a vocação ambiental ao carácter humanista. Durante este Verão, a AMI será beneficiária desta campanha. Por cada garrafa de plástico encaminhada para reciclagem nos Municípios de Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, a Valorsul fará um donativo à Fundação AMI.

Uma conta rápida permite perceber o impacto desta iniciativa: Se cada pessoa separar somente uma garrafa por semana, serão doados, num mês, 6.500€ para ajuda social. Consegue-se assim, de modo original, incentivar a separação de resíduos para posterior reciclagem, com todos os benefícios a nível ambiental que este pequeno gesto representa, ao mesmo tempo que se contribui, sem esforço, para ajudar pessoas carenciadas que a AMI apoia todos os dias.

Para esta campanha todas as garrafas de plástico contam: desde a garrafa de água ou sumo, à garrafa de detergente, gel de banho ou iogurte. E as garrafas podem ser de todos os tamanhos. Os valores conseguidos com esta campanha, bem como as pessoas ou instituições apoiadas, serão, ao longo do ano, divulgados em www.valorsul.pt.

Dinamize a participação da sua empresa e divulgue a informação pelos seus colaboradores. Em nome de todos os que beneficiarão com o resultado desta iniciativa, o nosso muito obrigado.


Dê. Vai ver que não dói nada.