Lic de Biologia no ISA

A licenciatura tem um perfil técnico-científico de banda larga, com três anos iniciais seguidos de posterior de formação com carácter aplicado. O ISA é uma das escolas com maior experiência no domínio da Biologia Aplicada e os licenciados terão uma sólida formação científica e oportunidades de emprego generalista em todos os domínios da Biologia, nomeadamente nas áreas do ambiente e ecologia aplicada, genética e biologia molecular, conservação da natureza e utilização e conservação dos recursos biológicos, podendo desempenhar funções na investigação científica, em laboratórios especializados, bem como em tarefas de consultadoria.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mais de metade dos habitats em Portugal mal tratados

Perto de 51 por cento dos habitats das regiões biogeográficas de Portugal têm um estado de conservação «desfavorável inadequado», de acordo com o Relatório de Implantação da Directiva Habitats na União Europeia, entre 2001 e 2006, que esteve em consulta pública entre os dias 28 de Julho e 15 de Setembro deste ano. Já no que toca às espécies, 22 por cento estão nas mesma situação de conservação, apesar de ainda existir um grande desconhecimento quanto ao seu estado, uma vez que 36 por cento não foi reportada.

Dentro das regiões biogeográficas abrangidas, a que apresenta maior taxa de conservação «desfavorável inadequada» nos habitats é a região Atlântica, com 63 por cento, seguida da região Mediterrânea, com 56 por cento. A região Macaronésica apresenta 38 por cento dos seus habitats no mesmo estado.

Em situação «desfavorável má» estão 18 por cento dos habitats da zona Macaronésica, 8 por cento da zona Atlântica e 7 por cento da zona Mediterrânica. A região com maior percentagem de habitats com estado de conservação «favorável» é a Marinha Macaronésica, com 75 por cento, seguida da região Macaronésica, com 36 por cento, da Mediterrânica com 31 por cento e da Atlântica com 21 por cento.

De referir que o estado de conservação dos habitats é completamente desconhecido na região Marinha Atlântica. No total, o desconhecimento soma 9 por cento das regiões biogeográficas portuguesas.

22 por cento das espécies em estado desfavorável inadequado

Em relação às espécies, cerca de 22 por cento está num estado de conservação considerado «desfavorável inadequado», enquanto que em relação a 36 por cento das espécies não foram reportadas informações. A região mais favorável é a Macaronésica, com 38 por cento, seguida da marinha Atlântica com 18 por cento, da Atlântica com 6 por cento e da Mediterrânica com 5 por cento.

Em situação «desfavorável má» estão 21 por cento das espécies da macaronésia, 12 por cento da Mediterrânica e 6 por cento da Atlântica. No topo do estado considerado «desfavorável inadequado» está a região Macaronésica, com 30 por cento, seguida da Atlântica, com 29 por cento e da marinha Macaronésica, com 27 por cento. A região mais «desconhecida» é a Marinha Macaronésica, com 69 por cento.

Em termos da categoria habitats, o que apresenta maior nível de conservação é o habitat rochoso, com cerca de 65 por cento de áreas com conservação favorável, enquanto o mais desfavorável são as dunas, com cerca de 75 por cento de áreas com conservação «desfavorável inadequada», e cerca de 25 por cento com conservação «desfavorável má».

Nos grupos de espécies, o que se encontra com maiores problemas são os peixes, com 35 por cento das espécies com conservação «desfavorável inadequada». Os reptéis são o grupo que se encontra em melhor estado de conservação, com cerca de 25 por cento das espécies com estado favorável de conservação. No entanto, o desconhecimento em relação às espécies ainda é grande. Nos mamíferos, por exemplo, essa percentagem ascende a 55 por cento das espécies.

Autor
Sofia Vasconcelos

Museu mais ecológico do mundo inaugurado em São Francisco

A Academia das Ciências da Califórnia inaugurou hoje a nova sede em São Francisco, um edifício revolucionário desenhado pelo arquitecto italiano Renzo Piano onde abriu as suas portas o museu mais ecológico do mundo. "Este museu é um presente para os nossos filhos e para as próximas gerações", disse o arquitecto na cerimónia de abertura. "Uma ferramenta para que a geração se aperceba do problema de que a Terra precisa de ajuda".


Renzo Piano confessou ter-se apaixonado pelo projecto e que passou longas horas sentado no local onde o museu seria construído, no parque Golden Gate, a reflectir sobre a melhor maneira de o incorporar naquele ambiente. O resultado é um elegante edifício de vidro e de telhado ondulado que parece ter crescido de forma natural no terreno do parque, sendo por isso já considerado o museu mais ecológico do mundo.

Na realidade, essa era a intenção do arquitecto. "Levantei o parque Golden Gate, coloquei o edifício por baixo e voltei a por a vegetação em cima", explicou. Todo o telhado do edifício - uma superfície ondulada de 10.000 metros quadrados em homenagem às colinas de São Francisco - está coberto de plantas e flores autóctones.

Esse "tecto vivo" cumpre a função de manter fresco o interior do edifício com os 13 milhões de litros de água usados por ano na rega das plantas e que são em grande parte reutilizados para outros fins no museu. A temperatura é fresca no interior, apesar do calor do exterior e só em poucas zonas do edifício existe ar condicionado.

No telhado de vidro, comportas e cortinas controladas por computadores abrem-se e fecham-se para manter a temperatura adequada dentro do recinto e facilitar a passagem da brisa do Pacífico. A reciclagem foi prioritária no desenho do edifício, sendo por exemplo utilizadas calças "jeans" velhas no isolamento das paredes. Além disso, o museu está rodeado por uma vedação envidraçada em que foram integradas células fotovoltáicas, através das quais o edifício gera 15 por cento da energia eléctrica que consome.


Renzo diz tratar-se de um prémio para as próximas gerações
O vidro é aliás um dos materiais principais da estrutura deste museu, muito luminoso, de onde se pode observar o parque circundante de quase todo os cantos. Este novo museu de história natural, orçado em quase 500 milhões de dólares, foi desenhado para responder a perguntas como "como evoluiu a vida?" ou "como sobreviveremos?" e apresenta exposições sobre os efeitos das alterações climáticas e a evolução das espécies em Madagáscar e nas ilhas Galápagos.

Descoberto mecanismo da formação de metásteses no pulmão

Cientistas japoneses descobriram o mecanismo que leva um tumor primário a gerar metástases no pulmão, indica um estudo hoje publicado pela revista científica britânica Nature Cell Biology.

O tumor primário prepara o pulmão para a sua invasão através de quemoquinas, substâncias inflamatórias que invadem o tecido pulmonar e guiam a migração das células cancerígenas para esse órgão, onde se agrupam em metástases.



Além disso, a equipa de investigadores japoneses da Tokyo Women's Medical University School of Medicine descobriu que os tumores primários também fazem com que as células do pulmão produzam um factor químico adicional, o serum amilóide A3 (SAA3).

Este factor acelera o recrutamento de células tumorais primárias ao activar os genes implicados na inflamação e ao estimular a produção de quemoquinas.

Numa experiência com ratinhos de laboratório, os investigadores conseguiram reduzir "significativamente" as metástases do pulmão através do bloqueio do SAA3 e dos seus receptores.

Neste sentido, consideraram que a descoberta poderá contribuir para o desenvolvimento de fármacos que impeçam a expansão do cancro.

Por outro lado, acrescentaram, abre pistas para entender como é que as células cancerígenas podem estabelecer novos tumores em lugares distantes do tumor inicial.

SAVE MIGUEL!!!!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Portugal vai ser pioneiro a nível mundial no aproveitamento da energia das ondas


"Portugal é, a partir de hoje, o primeiro país do mundo a produzir, a sério, electricidade a partir das ondas. Há muitos protótipos em teste em vários pontos do globo. Mas o parque das ondas da Aguçadoura, que é hoje inaugurado ao largo da Póvoa do Varzim, é pioneiro na produção eléctrica numa escala pré-comercial, a partir de equipamentos produzidos industrialmente.


São três máquinas com tecnologia britânica, que oscilarão ao sabor das ondas, gerando electricidade que o fabricante diz ser suficiente para alimentar 1500 habitações (ver infografia na página ao lado).

O projecto da Aguçadoura arranca com uma pequena capacidade - 2,25 megawatts (MW), equivalente à de um único aerogerador de um parque eólico. É uma migalha no bolo energético nacional.

Mas sair na frente pode ser decisivo para o país. "É claramente um projecto pioneiro", afirma António Sarmento, do Centro de Energia das Ondas, uma associação privada que estuda e promove esta forma alternativa de produzir electricidade."

Tipo de Fonte: Jornal On-line
+ Info: Público