Lic de Biologia no ISA

A licenciatura tem um perfil técnico-científico de banda larga, com três anos iniciais seguidos de posterior de formação com carácter aplicado. O ISA é uma das escolas com maior experiência no domínio da Biologia Aplicada e os licenciados terão uma sólida formação científica e oportunidades de emprego generalista em todos os domínios da Biologia, nomeadamente nas áreas do ambiente e ecologia aplicada, genética e biologia molecular, conservação da natureza e utilização e conservação dos recursos biológicos, podendo desempenhar funções na investigação científica, em laboratórios especializados, bem como em tarefas de consultadoria.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Nova descoberta no sistema imunitário pode ajudar a combater alergias

Lusa

Uma equipa internacional de cientistas descobriu um mecanismo que pode ser responsável por doenças como a febre dos fenos ou outras reacções alérgicas, visto que impede a auto-regulação normal do sistema imunitário.

A investigação mostrou que um gene conhecido por GATA-3 pode bloquear o desenvolvimento de células T reguladoras no sistema imunitário ao isolar outro gene. Este, o FOXP3, é fundamental para as células T reguladoras, já que, se for bloqueado, deixam de ser produzidas aquelas células.

Os investigadores do Imperial College de Londres, do Instituto Suíço de Investigação sobre Alergia e Asma e de outras instituições internacionais, esperam que a descoberta, hoje divulgada pela revista PLoS Biology, abra caminho ao desenvolvimento de terapias que tratem as alergias através do bloqueio daquele mecanismo.

Sendo capazes de desenvolver terapias que impeçam o bloqueio do FOXP3, os cientistas esperam conseguir que as células T reguladoras voltem a trabalhar normalmente.

As células T reguladoras têm uma importância vital para evitar reacções alérgicas em pessoas saudáveis, por manterem as outras células sob controlo, suprimirem células pró-alérgicas conhecidas por células Th2 e impedirem o sistema imunitário de atacar o corpo sem razão para isso.

Em pessoas com alergias, alguns tipos de células do sistema imunitário, nomeadamente as Th2, podem identificar por engano como perigoso determinado alergeno, como o pólen. Neste caso, sempre que a pessoa volta a encontrar aquele alergeno, essas células promovem a produção de anticorpos para o atacar, provocando uma reacção alérgica.

"A descoberta vai ajudar-nos a compreender como é que as pessoas saudáveis são capazes de tolerar alergenos e o que precisamos de fazer para reinduzir tolerância no sistema imunitário de pacientes com alergias", afirmou Carsten Schmidt, principal autor do estudo e investigador do National Heart and Lung Institute do Imperial College.

Os cientistas chegaram às suas conclusões depois de analisarem genes relacionados com as células T reguladoras e a forma como eles interagem, e confirmaram-nas com modelos de ratinhos, mostrando que os geneticamente alterados para exprimirem o gene GATA-3 em todas as células T revelaram enormes defeitos na produção de células T reguladoras.

Bioenergy: Challenges and Opportunities


Bioenergy: Challenges and Opportunities
Data: 2008-04-06
Hora: 09:00
Local: Campus de Azurém da Universidade do Minho

A Conferência Internacional Bioenergy: Challenges and Opportunities decorrerá em paralelo com um Brokerage Event (coordenado em parceria com o centro Português de Inovação) e a Exposição Técnica proporcionando deste modo uma interacção entre a comunidade científica e o tecido económico.

Este evento, que representa o primeiro congresso em Bioenergia em Portugal enquadra-se nas actividades da rede de Competência CEBio, financiada pela AdI.

Para obter mais detalhes deste importante evento, visite

http://www.cebio.net/bioenergy_challenges_2008

ou contacte:

secretariat@cebio.net

253 510 236

9.º Congresso da Água

9.º Congresso da Água
Data: 2008-04-02
Hora: 09:00
Local: Centro de Congressos do Estoril

2 a 4 de Abril 2008

http://www.aprh.pt/congressoagua2008/index.html

10.ª Expo Jardim

10.ª Expo Jardim
Data: 2008-03-27
Hora: 09:00
Local: Batalha – ExpoSalão

Feira de Plantas, Flores, Mobiliário Urbano e de Jardim, Piscinas e Acessórios, Equipamentos, Máquinas e Acessórios para Jardinagem
27 a 30 de Março


WorkShops: Ciclo «Economia e Ambiente»

WorkShops: Ciclo «Economia e Ambiente»
Data: 2008-02-02
Hora: 00:00
Local: Lisboa
Download Ficheiro
Lisboa – 2 de Fevereiro de 2008
WorkShops: Ciclo «Economia e Ambiente»
Sábado – 2 de Fevereiro de 2008
«Gestão integrada de resíduos»
Inscreva-se:
213862122 ou 91809365

Conferência Gestão de Riscos Ambientais nas Empresas

Conferência Gestão de Riscos Ambientais nas Empresas
Data: 2008-02-20
Hora: 09:00
Local: Hotel Tivoli Tejo, Lisboa
Download Ficheiro

Sistema que usa algas para renovar água testado no Zoomarine do Algarve

Lusa

O parque Zoomarine está a testar um sistema pioneiro que usa algas para reciclar a água salgada dos aquários com animais marinhos, um projecto realizado em parceria com o Centro de Ciências do Mar do Algarve.

A técnica está por enquanto apenas a ser utilizada no tanque dos tubarões, mas o objectivo é estendê-la a todo o parque e exportar a ideia para outras estruturas do género, explicou o director de Ciência e Educação do Zoomarine, Élio Vicente.

Além de evitar o desperdício de água e reduzir as despesas de transporte de água bombeada do mar, as algas que a filtram podem também servir de alimento ao manatim (mamífero aquático) e de fertilizante para os jardins.

Em vez de ser devolvida ao meio ambiente, a água é reciclada com a ajuda das algas e reutilizada, através do projecto-piloto que já tinha sido usado em aquacultura mas nunca aplicado a parques.

O arranque do projecto "Filtralgae" representou um investimento de 100 mil euros e resulta de uma parceria entre o Zoomarine, o Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR) e a Agência de Inovação.

A despesa mensal de transporte de água salgada para o tanque dos tubarões é de cerca de 500 euros, gasto que poderá desaparecer quando o sistema for implementado a 100 por cento, segundo Leonardo Mata, investigador do CCMAR.

Por mês, é possível renovar cerca de 50 metros cúbicos de água através das alfaces-do-mar - algas que estão a ser usadas neste momento embora haja outras com a mesma aplicação -, de acordo com Pedro Barroso, técnico do parque.

O objectivo é que no futuro todas as massas de água do Zoomarine - só o Delfinário (onde estão os golfinhos) tem 3,5 milhões de litros de água - sejam parcial ou totalmente filtradas por algas.

"É uma técnica natural, que usa pouca energia e permite não estragar água", resume Élio Vicente, que realça ainda o facto do sistema servir como exemplo de boas práticas ambientais.

Ribeira dos Milagres alvo de nova descarga de efluentes suinícolas

Lusa

Uma descarga de efluentes suinícolas foi hoje detectada na Ribeira dos Milagres, concelho de Leiria, de acordo com a comissão de ambiente e defesa daquele curso de água, que já apresentou queixa na GNR.

Segundo José Carlos Faria, porta-voz da Comissão de Ambiente e Defesa da Ribeira dos Milagres, a descarga terá acontecido esta madrugada e foi descoberta cerca das 08h00. Por volta da hora do almoço ainda havia vestígios, com a água da ribeira muito escura e com espuma e cheiro nauseabundo.

"É mais do mesmo, já começamos a estar habituados a isto. É a poluição autorizada pelos nossos governantes e ignorada pelas nossas associações ambientalistas", lamenta José Carlos Faria, para quem a surpresa é a descarga ter acontecido "num dia como o de hoje, em que está um sol maravilhoso". "Normalmente as suiniculturas quando despejam na ribeira é quando está a chover ou há nuvens escuras. Como não tem chovido e têm os tanques cheios, despejam a porcaria na mesma e hoje foi em grande quantidade", explicou.

Ao longo do ano, a Comissão de Ambiente e Defesa da Ribeira dos Milagres registou diversas descargas na linha de água: "Ainda não fizemos um balanço completo, mas de cabeça apresentámos queixas à GNR pelo menos uma vez por semana. Mas houve muito mais descargas durante todo o ano, mais pequenas, que nem sequer denunciámos".

José Carlos Faria diz que "só no Verão, durante dois meses, as suiniculturas respeitaram a Ribeira dos Milagres. Assim que houve chuva, voltou tudo ao mesmo", apontou o responsável da comissão.

A última denúncia de descarga poluente na Ribeira dos Milagres aconteceu a 6 de Dezembro.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

União Europeia reduz possibilidades de pesca ao bacalhau no Atlântico

AFP, Lusa

Os ministros europeus da Pesca chegaram esta manhã a acordo sobre a repartição das quotas de pesca para 2008 na União Europeia. No próximo ano vai baixar entre nove e 18 por cento a captura de bacalhau no Atlântico, percentagens inferiores aos 25 por cento de redução que pedia a Comissão Europeia.

A decisão foi tomada depois de uma maratona de negociações que durou mais de 20 horas em Bruxelas.

O número de dias de saída para o mar autorizados vai ser diminuído em dez por cento. E serão feitos esforços para limitar as “rejeições”, ou seja, as capturas involuntárias.

A redução entre os nove e os 18 por cento para o bacalhau apenas diz respeito ao Atlântico, ficando de fora o Mar do Norte, com um aumento de capturas de onze por cento.

“A Europa não pode permitir que se repitam os erros do passado e autorizar a pesca ao bacalhau ao primeiro sinal de melhoria”, comentou Carol Phua, da organização ecologista WWF.

Há vários anos que as populações de bacalhau no Atlântico estão a rarear, obrigando a planos de protecção.

Em 30 anos, a industrialização da pesca ameaçou esta espécie, levando-a até à beira da extinção. O bacalhau surge no lugar da frente das espécies mais consumidas mas também das mais ameaçadas.

No entanto, estudos recentes mostram que os stocks começaram a recuperar no Mar do Norte depois das medidas de protecção impostas pela União Europeia.

Foram decididas outras reduções de captura para peixes como o verdinho, arenque e solha.

De acordo com a presidência portuguesa da UE, quase todas as reduções previstas nas capturas em águas portuguesas foram revistas em alta. Os pescadores portugueses ficam sem redução no tamboril - em vez do corte previsto de 25 por cento - e ao biqueirão, que inicialmente deveria sofrer uma redução de 15 por cento.

As capturas do lagostim, que deverem reduzir-se em 15 por cento, acabam por sofrer um corte de apenas 5 por cento.

A maruca e a sarda mantêm os cortes previstos por Bruxelas de 13 e nove por cento.

A quota de pescada, que estava previsto subir 10 por cento, aumentou para 15 por cento e os pescadores portugueses podem ainda capturar mais 5,4 por cento, valor resultante de uma negociação directa com a Noruega.

Os ministros da Agricultura e das Pescas dos 27 retomam hoje de manhã outra negociação que promete ser longa, a da reforma da organização comum do mercado do vinho, uma das prioridades traçadas por Jaime Silva.

Reciclagem: entrega de equipamento eléctrico e electrónico vai ser possível em centros comerciais

Lusa

Uma das associações que gerem a reciclagem de equipamentos eléctricos está a colocar em cinco centros comerciais portugueses contentores para recolher torradeiras, secadores, batedeiras ou telemóveis velhos, com o objectivo de aproximar os cidadãos da reciclagem destes equipamentos.

No "ponto electrão" poderão ser colocados os equipamentos eléctricos e electrónicos em fim de vida que não tenham mais de 55 centímetros, excluindo fonte da Amb3E.

Assim, poderão ser colocados nestes contentores torradeiras, secadores, escovas de dentes eléctricas, rádios, telemóveis, varinhas mágicas ou pequenos televisores.

"Para facilitar a procura pela recolha destes equipamentos faz sentido colocar estes pontos próximo dos cidadãos", defende a Amb3E.

Nesta fase, os "ponto electrão" estarão disponíveis nos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama, em Lisboa, no Cascasishopping, no Norteshopping, no Porto e no Gaiashopping.

"Ao longo do próximo ano, iremos intensificar esta iniciativa em várias grandes superfícies e outras de média dimensão, com a frequência compatível com a adesão dos consumidores", disse Vítor Sousa Uva, responsável da associação Amb3E.

Além da Amb3E, também a associação ERP está licenciada para gerir os resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos em Portugal.

Clima: Suécia ultrapassa objectivos de redução de emissões impostos por Quioto

A Suécia reduziu cerca de nove por cento as suas emissões de gases com efeito de estufa entre 1990 e 2006, ultrapassando os objectivos fixados pelo Protocolo de Quioto, anunciou hoje o Ministério sueco do Ambiente em comunicado.

“A Suécia foi autorizada a aumentar quatro por cento as suas emissões. Mas elas baixaram nove por cento, o que significa que a Suécia reduziu as suas emissões em 12,7 por cento em relação ao que ficou acordado no âmbito do Protocolo de Quioto”, explicou Hannes Borg, conselheiro político no ministério.

Este país da Escandinávia, caracterizado pelo seu compromisso em matéria de protecção ambiental, regsitou, no mesmo período, um forte crescimento económico.

“Estas evoluções na Suécia dão-nos uma hipótese de provar aos países cépticos que é possível conciliar crescimento económico e redução de emissões”, disse o ministro do Ambiente Andreas Carlgren, citado no comunicado.

“Isto significa que podemos encorajar os países industrializados que ainda não fazem o suficiente e convencer os países em desenvolvimento que o desenvolvimento sustentável da sociedade é possível”, acrescentou.

O Ministério sueco do Ambiente acrescenta que as emissões originadas no sector habitacional e de serviços foram reduzidas em mais de 50 por cento desde 1990, graças à utilização de energias menos poluentes para aquecer as casas.

Quanto às emissões lançadas pelo sector dos transportes, elas baixaram “pela primeira vez desde há vários anos”, acrescentou o ministério.

A Suécia pôs em circulação autocarros com “energia limpa” para garantir o transporte público nas principais cidades.

Desde o Verão passado, Estocolmo – onde os autocarros funcionam a etanol – dotou-se de uma portagem urbana para desencorajar a circulação rodoviária.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Bolsa de Investigação

IBMC

1. Descrição do cargo/posição/bolsa

Cargo/posição/bolsa:
Bolsa de Investigação/Research Fellowship (M/F)

Referência: 017474-BIOTETHED

Área científica genérica: Biological sciences
Área científica específica: Laboratory animal science

Resumo do anúncio:
Financiado por “European Commission - Sixth Framework Programme “

Referência do projecto: 017474-BIOTETHED

"Biotechnology Ethics: deepening by research, broadening to future applications and new EU members, permeating education to young scientists."

Código interno: PR 527703

Está aberto concurso para recrutamento de um(a) bolseiro(a) de Investigação para colaborar no projecto acima referido. A bolsa, em regime de exclusividade, terá a duração de 3meses (eventualmente prorrogável até um total de 7 meses) com início previsto a 1 de Janeiro de 2008. O valor mensal da bolsa será de € 745,00, pago por transferência bancária (preferencialmente).

Local de trabalho: IBMC/INEB

Perfil pretendido: Licenciado/a em biologia ou áreas afins com aptidão para a investigação e bons conhecimentos de inglês. Procuram-se candidatos motivados, pró-activos e com capacidade de tomar iniciativa. São características preferenciais possuir experiência interdisciplinar, bem como experiência de escrita cientifica.

O período para recepção de candidaturas decorre de 14 a 28 de Dezembro de 2007. As candidaturas, que deverão incluir um curriculum vitae, carta de motivação em inglês explicando o interesse do candidato neste projecto e indicação de duas pessoas que possam dar referências, devem ser enviados por correio electrónico para labanimal@sapo.pt. Para mais informações, por favor contactar Anna Olsson (olsson@ibmc.up.pt).

A contratação será regida pelo estipulado na legislação em vigor relativamente ao Estatuto de Bolseiro de Investigação Cientifica, nomeadamente a Lei 40/2004, de 18 Agosto, e o Regulamento de Bolsas de Investigação Científica do IBMC (www.ibmc.up.pt/fellowships.php).

Texto do anúncio
"Biotechnology Ethics: deepening by research, broadening to future applications and new EU members, permeating education to young scientists.”

Equipa de Supervisão

Professor Alexandre Quintanilha / Dr.ª Anna Olsson
Instituto de Biologia Molecular e Celular -IBMC
Rua do Campo Alegre, 823
4150-180 Porto

Ana Pêgo
Instituto Nacional de Engenharia Biomédica - INEB
Rua do Campo Alegre, 823
4150-180 Porto

Plano de actividades:

As actividades propostas serão realizadas no âmbito do projecto BIOTETHED - “Biotechnology Ethics: deepening by research, broadening to future applications and new EU members, permeating education to young scientists”, cujo objectivo é o desenvolvimento de plataformas de formação avançada na área da ética aplicada à biotecnologia. O/a bolseiro/a deve prestar apoio à investigação em curso no IBMC-INEB, bem como à organização de eventos de divulgação e formação. Será inserido/a no grupo de investigação em Ciências de Animais de Laboratório e através do trabalho desenvolverá conhecimentos na área de ética e percepção pública das novas biotecnologias, como nanotecnologia e engenharia genética.

Número de vagas: 1
Tipo de contracto: Outro
País: Portugal
Localidade: Porto

Instituição de acolhimento: IBMC/INEB

Data limite de candidatura: 28 December 2007

2. Dados de contactos da organização

Instituição de contacto: Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC)

Endereço:
Rua do Campo Alegre, 823
Porto - 4150-180
Portugal

Email: ibmcdir@ibmc.up.pt
Website: http://www.ibmc.up.pt/

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Siemens resolve escassez de água potável

Soluções para o tratamento de águas residuais é a nova aposta da Siemens, que desenvolveu um sistema de bioreactor de membranas. A tecnologia reduz os poluentes presentes na água a produtos inócuos e utiliza membranas de ultrafiltração Memcor.

A central de tratamento de águas residuais de Bei Xiaohe, concluída em finais de 2007, é o maior exemplo da aplicação desta tecnologia, refere a Siemens em comunicado. A central terá uma capacidade de processamento de águas residuais de 60 mil metros cúbicos por dia, incluindo 50 mil metros cúbicos para uso municipal e 10 mil metros cúbicos para utilização recreativa no Parque Olímpico de Pequim. A Siemens assegurará ainda a manutenção da unidade, fornecendo todas as soluções mecânicas, eléctricas e de automação.

Outro projecto está a ser desenvolvido com a Fundação SkyJuice, uma organização australiana sem fins lucrativos que se dedica ao desenvolvimento de soluções de água potável. A Siemens já forneceu tecnologia de membrana de baixa pressão para as unidades de filtração SkyHydrant, «uma solução da SkyJuice para filtragem de água com reduzida manutenção, muito eficiente e de simples utilização», sublinha a empresa. «A SkyHydrant é capaz de processar água limpa e potável, ultrapassando assim os requisitos da Organização Mundial de Saúde», acrescenta. Até à data, foram instalados mais de 300 sistemas em todo o mundo, incluindo uma instalação recente nas aldeias rurais de Obambo-Kadenge, no Quénia (África).

Olá promove reciclagem nas praias portuguesas

A marca de gelados Olá irá fornecer a várias praias portuguesas equipamentos destinados à recolha selectiva de papel/cartão, vidro, plástico/metal. Junto desses locais, serão colocadas placas informativas sobre como se deve processar a melhor gestão dos resíduos, bem como informação sobre as quantidades recolhidas e respectiva poupança em consumo de matérias-primas e em emissões de dióxido de carbono.

A iniciativa resulta de um protocolo celebrado com a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), durante a cerimónia de apresentação da Campanha Bandeira Azul 2008.

Com este protocolo, a Olá reforça a componente ambiental da sua política de responsabilidade social no seu território natural – as praias - contribuindo para a implantação de boas práticas ambientais, por parte dos frequentadores das praias, e para o cumprimento do mais recente critério, introduzido pela ABAE, para a atribuição da Bandeira Azul, a cumprir já na campanha de 2008: a prática de recolha selectiva de resíduos nas praias.

EPAL investe três milhões em eficiência energética e renováveis

Assegurar a implantação de um conjunto de actividades e de intervenções para uma contínua racionalização de energia foi o mote para a assinatura de um protocolo de colaboração entre a EPAL – Empresa Portuguesa de Águas Livres e a Adene – Agência para a Energia.

«Para a EPAL esta é uma questão importante ou os consumos de energia não representassem cerca de nove milhões de euros anuais, o equivalente a sete por cento do valor da facturação», salientou o presidente do conselho de administração da empresa, durante a assinatura do protocolo, que decorreu hoje na sede da EPAL, em Lisboa. E a tendência para os consumos energéticos é para subir. «Aumentámos a capacidade de produção da ETA [estação de tratamento de água] da Asseiceira para 625 mil metros cúbicos dia, mais 125 mil do que tinha, prevendo-se um aumento em cinco vezes do consumo de energia. Perante a subida do conteúdo energético de cada metro cúbico de água vendido decidimos tomar medidas de eficiência energética e de produção de energia para compensar os consumos energéticos crescentes que a nossa actividade comporta», explicou.

Assim, juntamente com a Adene, a empresa irá identificar oportunidades de eficiência energética nas suas instalações e de produção de energias alternativas. Do protocolo destaca-se, nomeadamente, a emissão de um certificado energético e da qualidade do ar interior do edifício sede da EPAL, bem como a identificação de locais adequados para a implantação de dois projectos de centrais de produção de energia mini-hídrica, dois projectos fotovoltaicos e dois projectos a partir de eólica. Estão ainda previstos estudos que permitam a elaboração de um projecto-piloto de produção e venda de água quente num sector da rede pública de distribuição de água.

O protocolo terá a duração de três anos, período durante o qual «esperamos realizar investimentos de três milhões de euros para melhorar a performance ambiental da empresa», ressaltou João Fidalgo.

Tânia Nascimento

Valongo termina primeira fase de despoluição do rio Leça

Recuperar a qualidade da água do rio Leça, requalificando as suas margens, é um dos principais objectivos do projecto que está a ter lugar no município de Valongo. A primeira fase da iniciativa já está terminada.

A requalificação de infra-estruturas, a melhoraria das condições de utilização das redes separativas do parque habitacional (águas pluviais e águas residuais) e de drenagem dos efluentes industriais são algumas das iniciativas a desenvolver.

Esta tarde deverão ser apresentados os resultados do trabalho efectuado nos últimos oito meses no âmbito do projecto Corrente Rio Leça, que contou com a intervenção de parceiros como a Câmara Municipal de Valongo, Águas de Valongo, DECO e Faculdades de Engenharia e Ciências da Universidade do Porto. Esta cerimónia servirá ainda para divulgar o protocolo de cooperação entre a autarquia, a Águas de Valongo, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Fundação Vodafone Portugal, para o desenvolvimento de um inovador sistema de monitorização da qualidade das águas do Rio Leça, nos oito quilómetros em que atravessa o concelho de Valongo.

Dentro de dois anos a gestão preventiva dos sistemas de saneamento em tempo real pode ser uma realidade. A Águas do Valongo apresentou, durante a 2ª Conferência Nacional da Água, organizada em Outubro pelo jornal Água&Ambiente, um sistema que permitirá intervir à distância no colapso das condutas, antes mesmo de acontecer. Nuno Matos Silva, director da Águas do Valongo, explicou que se insere «um limite máximo de pressão nas sondas nessa base de dados, e se esse limite for ultrapassado, o alarme dispara, permitindo evitar o colapso nos clientes».

BTI - Bolsa Tecnico de Investigação

ICETA - Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-Alimentares


1. Descrição do cargo/posição/bolsa

Cargo/posição/bolsa: BTI - Bolsa Tecnico de Investigação

Referência: CIBIO CTM 2008

Área científica genérica: Biological sciences
Área científica específica: Biology

Resumo do anúncio:

Informa-se que estão abertas candidaturas para a atribuição de uma Bolsa de Técnico de Investigação (BTI) no Centro de Testagem Molecular (CTM) do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) do Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-Alimentares da Universidade do Porto, na área das Ciências Biológicas. Esta Bolsa é renovável anualmente e poderá, eventualmente, conduzir à realização de um contrato de trabalho no caso de um candidato de elevada competência.

A contratação será regida pelo estipulado na legislação em vigor relativamente ao Estatuto de Bolseiro de Investigação (Lei nº 40/2004 de 18 de Agosto). O valor mensal da bolsa será atribuído de acordo com as tabelas em vigor de subsídios de bolsa da Fundação da Ciência e Tecnologia (FCT), e será pago por transferência bancária. A Bolsa tem início previsto para 01 de Janeiro de 2008, em regime de exclusividade, conforme regulamento de formação avançada de recursos humanos da FCT (http:/www.fct.mctes.pt/formação) e regulamento de bolsas do ICETA/UP.

Serão admitidos a concurso licenciados ou bacharéis na área da Ciências Biológicas. Dá-se preferência a candidatos com formação em Biologia Molecular, especialmente com experiência anterior relevante na genotipagem e leitura de microssatélites, e serão apreciadas a capacidade de organização e a facilidade de comunicação.

O candidato escolhido irá trabalhar no CTM (que tem a sua sede no Laboratório Nacional de Investigação Veterinária) na genotipagem de microssatélites de diversas espécies, bem como ficará responsável pela gestão de encomendas e contacto com clientes.

A ordenação dos candidatos admitidos ao concurso resultará de uma apreciação global baseada na média de licenciatura, curriculum vitae e, eventualmente, na realização de uma entrevista.

As candidaturas serão formalizadas mediante uma carta de apresentação e curriculum vitae dirigidas a:

Sara Lemos Ferreira
Gestora de Ciência e Tecnologia
BTI CTM
CIBIO - Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos
ICETA- Universidade do Porto
Campus Agrário de Vairão

Texto do anúncio

Informa-se que estão abertas candidaturas para a atribuição de uma Bolsa de Técnico de Investigação (BTI) no Centro de Testagem Molecular (CTM) do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) do Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-Alimentares da Universidade do Porto, na área das Ciências Biológicas. Esta Bolsa é renovável anualmente e poderá, eventualmente, conduzir à realização de um contrato de trabalho no caso de um candidato de elevada competência.

A contratação será regida pelo estipulado na legislação em vigor relativamente ao Estatuto de Bolseiro de Investigação (Lei nº 40/2004 de 18 de Agosto). O valor mensal da bolsa será atribuído de acordo com as tabelas em vigor de subsídios de bolsa da Fundação da Ciência e Tecnologia (FCT), e será pago por transferência bancária. A Bolsa tem início previsto para 01 de Janeiro de 2008, em regime de exclusividade, conforme regulamento de formação avançada de recursos humanos da FCT (http:/www.fct.mctes.pt/formação) e regulamento de bolsas do ICETA/UP.

Serão admitidos a concurso licenciados ou bacharéis na área da Ciências Biológicas. Dá-se preferência a candidatos com formação em Biologia Molecular, especialmente com experiência anterior relevante na genotipagem e leitura de microssatélites, e serão apreciadas a capacidade de organização e a facilidade de comunicação.

O candidato escolhido irá trabalhar no CTM (que tem a sua sede no Laboratório Nacional de Investigação Veterinária) na genotipagem de microssatélites de diversas espécies, bem como ficará responsável pela gestão de encomendas e contacto com clientes.

A ordenação dos candidatos admitidos ao concurso resultará de uma apreciação global baseada na média de licenciatura, curriculum vitae e, eventualmente, na realização de uma entrevista.

Número de vagas: 1
Tipo de contracto: Outro
País: Portugal
Localidade: Vairão - Vila do Conde
Instituição de acolhimento: ICETA - Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-Alimentares

Data limite de candidatura: 24 December 2007
(A data limite de candidatura deve ser confirmada no texto do anúncio)

2. Dados de contactos da organização

Instituição de contacto: ICETA - Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-Alimentares

Endereço:
Rua D. Manuel II, Apartado 55142
Porto - 4051-401
Portugal

Email: mpcunha@fc.up.pt

3. Habilitações académicas

4. Línguas exigidas

5. Experiência exigida em investigação

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Conferência - "Construção do Perfil Biológico em Antropologia Forense"

Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa / Centro de Biologia Ambiental

Conferência

"Construção do Perfil Biológico em Antropologia Forense"

(Hugo Cardoso - Post-doc Dep. Antropologia, Universidade de Coimbra / Prof. Aux. Convidado, Fac. de Medicina da Univ. do Porto / Colaborador do Instituto Nacional de Medicina Legal, Delegação do Porto)

Conferência no âmbito do Mestrado em Biologia Humana e Ambiente e dos Encontros Scientia.

11 Dezembro 2007 | 14h30
Anfiteatro Aurélio Quintanilha
Museu Nacional de História Natural
Rua da Escola Politécnica, 58 Lisboa

Resumo
A Antropologia Forense constitui a aplicação de conhecimentos de Antropologia Física às questões de Direito, sobretudo no que concerne à identificação de restos humanos esqueletizados. A identificação baseia-se na análise dos ossos e dos dentes, uma vez que estes conservam aspectos da vida do indivíduo, que podem persistir muito para além da sua morte. Esta análise visa a obtenção de um perfil biológico do indivíduo com base em métodos reconstrutivos, que permitem determinar o sexo, e estimar a idade e a estatura aproximadas; e métodos comparativos, que reconhecem e identificam aspectos morfológicos característicos de cada indivíduo, como sejam calos de fracturas antigas.



E-mail: cdambiental@fc.ul.pt

Três jovens cientistas recebem prémio de 20 mil euros de incentivo à investigação feita por mulheres em Portugal


Anabela Rolo (clique para ampliar)
Anabela Rolo
Eliana Souto (clique para ampliar)
Eliana Souto
Iola Duarte (clique para ampliar)
Iola Duarte
Um projecto que procura uma forma mais eficaz de aplicação de fármacos, contribuindo para diminuir os seus efeitos secundários no organismo, foi um dos três contemplados por um prémio de incentivo à investigação desenvolvida por mulheres em Portugal.


"Tentamos preparar nanopartículas, que são pequenas esferas, com materiais lipidicos muito parecidos com os lípidos presentes no organismo humano, para que levem uma determinada droga ou substância para um determinado local de acção", explicou à Agência Lusa Eliana Souto, de 31 anos, doutorada em Nanotecnologia, Biofarmácia e Biotecnologia Farmacêutica pela Universidade Livre de Berlim e actualmente investigadora na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa.

A possibilidade de a droga ser dirigida para o local onde deve actuar faz diminuir a quantidade de medicamento necessária, reduzindo os seus efeitos secundários no organismo humano e o custo das terapêuticas, disse Eliana Souto, realçando que este trabalho pode demorar ainda dois anos a concretizar.

Além de Eliana Souto, foram contempladas com o prémio de apoio à investigação "Medalhas de Honra L'Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência", no valor individual de 20 mil euros, duas outras jovens investigadoras em projectos dedicados ao estudo do cancro do pulmão e do síndrome metabólico (pré-diabetes).

Iola Duarte, de 32 anos, investigadora do Laboratório Associado CICECO da Universidade de Aveiro, foi contemplada por estudos para compreender o comportamento metabólico dos tumores e chegar a modelos de classificação capazes de distinguir tecido tumoral de tecido normal. Este projecto, que desenvolve em colaboração com os Hospitais e a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, poderá resultar num novo meio de diagnóstico precoce destes tumores complementar à análise convencional.

A investigadora Anabela Rolo, 30 anos, do Centro de Neurociências e Biologia Celular do Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra, foi a terceira premiada, por um projecto que pretende identificar quais são as alterações metabólicas e moleculares que ocorrem nos doentes com o síndrome metabólico, também conhecido como pré-diabetes. O objectivo da investigadora é chegar a uma terapêutica que interrompa o ciclo de alterações metabólicas destes pacientes, ajudando, deste modo, a prevenir o desenvolvimento da diabetes tipo 2.

O prémio, no valor individual de 20 mil euros, é atribuído pela quarta vez em Portugal numa parceria entre a L'Oréal Portugal, Comissão Nacional da UNESCO e Fundação para a Ciência e a Tecnologia, inspirado no programa internacional L'ORÉAL-UNESCO For Women in Science, que desde 1999 tem atribuído prémios a investigadoras de todo o mundo.

Iola Duarte – 32 anos
Doutorada em Química, na Universidade de Aveiro
Investigadora do Laboratório Associado CICECO, Universidade de Aveiro

Quais as diferenças ao nível de composição química e metabolismo entre o tecido pulmonar saudável e tumoral? Como identificá-las mais precocemente?
E que técnicas menos invasivas do que a colheita de biópsias poderão ser desenvolvidas?


Estas são algumas das questões a que Iola Duarte quer responder com o projecto que desenvolve em colaboração com os Hospitais e a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Neste sentido, estuda o tecido normal e neoplásico do pulmão, fluidos biológicos e linhas celulares, para compreender o comportamento metabólico dos tumores e, no futuro, apoiar novos meios de diagnóstico e tratamento do cancro do pulmão.

Através da análise de centenas de fragmentos de pulmão, de plasma sanguíneo, urina e condensado do ar exalado, realizada por espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) pretende, recorrendo a estatística multivariada, identificar biomarcadores da doença e construir modelos de classificação capazes de distinguir tecido tumoral de tecido normal e de discriminar diferentes tipos de tumores. Estes modelos poderão estar na base de um novo meio de diagnóstico precoce, complementar à análise histológica convencional.

Noutra vertente, visa estabelecer e caracterizar a bioquímica de linhas celulares de cancro de pulmão, estudando a resposta metabólica destas células a agentes de quimioterapia administrados por nanosistemas de transporte e libertação controlada, com vista ao desenvolvimento de novos meios de tratamento localizado dos tumores, mais eficazes e com menos efeitos secundários adversos.

Eliana Souto - 31 anos
Doutorada em Nanotecnologia, Biofarmácia e Biotecnologia Farmacêutica pela Universidade Livre de Berlim
Investigadora na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa


De que forma os mais recentes avanços nos campos da nanotecnologia e da biofarmácia se podem conjugar para melhorar a biodisponibilidade dos fármacos para administração tópica, dérmica e transdérmica que até aqui apresentam algumas limitações terapêuticas?

É esta a área de pesquisa de Eliana Souto, que visa conceber, desenvolver e avaliar novos sistemas terapêuticos para administração de fármacos por via tópica, dérmica e transdérmica, recorrendo à utilização de partículas de natureza lipídica e de dimensões nanométricas (coloidais), que transportarão os fármacos aplicados na superfície da pele, através da epiderme e derme.

Estes vectores coloidais - intitulados Nanopartículas de Lípidos Sólidos (SLN) e Vectores Lipídicos Nanoestruturados (NLC) - são constituídos por materiais lipídicos estrutural e funcionalmente semelhantes aos existentes nos tecidos humanos, sendo, por isso, biocompatíveis, biodegradáveis, biotoleráveis e de reduzida toxicidade e antigenicidade.

Neste sentido, quer avaliar se estes SLN e NLC podem aumentar a biodisponibilidade dos fármacos que têm manifestado limitações terapêuticas e farmacológicas (antifúngicos e antibióticos), dérmica (anti-inflamatórios não esteróides) ou transdérmica (corticosteróides e hormonas lipossolúveis). A provar-se esta superioridade, poder-se-ia diminuir a quantidade de fármaco e a exposição do doente aos efeitos tóxicos e secundários associados a maiores quantidades de medicamento, diminuindo igualmente o custo das terapêuticas.

Anabela Rolo - 30 anos
Doutorada em Biologia Celular pela Universidade de Coimbra
Investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular, Departamento de Zoologia, Universidade de Coimbra

Quais as alterações metabólicas e moleculares que estão associadas ao síndrome metabólico, uma doença que, face ao número crescente de casos de obesidade e diabetes, é já considerada um problema de saúde pública mundial?

Os estilos de vida sedentários e a alimentação demasiado centrada nos hidratos de carbono e gorduras têm levado a um aumento significativo dos casos de obesidade, tornando o síndrome metabólico, também conhecido como pré-diabetes, num problema de abrangência mundial e sem solução à vista.

Por isso mesmo, Anabela Rolo quer identificar quais são as alterações metabólicas e moleculares que ocorrem nos doentes com este síndrome, focando-se em especial na função mitocondrial.

Sabendo que em situações de obesidade e de resistência à insulina as vias do metabolismo oxidativo são alteradas, o facto de se conhecerem os mecanismos moleculares que estão na origem destas alterações poderá permitir interromper o ciclo vicioso de alterações metabólicas, ajudando, deste modo, a prevenir o desenvolvimento da diabetes tipo 2.

Da mesma forma, a clarificação destes processos poderá indicar novos caminhos a seguir no campo da terapêutica, de modo a prevenir e tratar o síndrome metabólico e as patologias a ele associadas.

Origem da biodiversidade ligada ao ciclo do carbono

Peltier fala da solubilidade do oxigénio na água do mar
Peltier fala da solubilidade do oxigénio na água do mar
Antes da multiplicação do número de espécies na Terra, há 550 milhões de anos, esta conheceu um período de gelo, mas segundo um novo estudo teórico, o “Big-Bang” explica-se por um ciclo do carbono e não pela actividade dos vulcões.

Segundo a teoria mais conhecida, as erupções vulcânicas teriam permitido, através da libertação de grandes quantidades de CO2, o aquecimento necessário para que a Terra saísse do estado de gelo intenso durante o qual a fotossíntese cessou.

No entanto, segundo um novo estudo de três investigadores da universidade de Toronto, no Canadá, publicado esta semana na revista Nature, “uma zona significativa da superfície oceânica não atingida pelo gelo pôde subsistir no Equador”, durante as glaciações que ocorreram há 850 - 635 milhões de anos.

Se o oceano não gelou, com a queda das temperaturas, grandes quantidades de oxigénio chegaram ao fundo dos oceanos, provocando a oxidação do carbono orgânico formado pela fotossíntese nas águas de superfície. Uma parte deste CO2 pôde depois ser libertado para a atmosfera, contribuindo para o seu aquecimento.

“A solubilidade do oxigénio na água do mar controla a remineralização do carbono orgânico de tal forma que o nível de CO2 não pode cair abaixo de um nível onde se produziria um estado de arrefecimento permanente” da Terra, afirmam Richard Peltier, Yonggang Liu e John Crowley.

Assim, o fim do período glaciar não estaria forçosamente ligado a um súbito surgimento de níveis muito elevados de CO2 na atmosfera (causado pelas erupções vulcânicas). Segundo a teoria em voga até hoje, a calote glaciar e de neve que cobria o planeta impediu o aquecimento ao reflectir a luz solar, até que as erupções vulcânicas libertaram CO2 suficiente para permitir o aparecimento da maioria das espécies animais e vegetais.

Terapia celular pode evitar morte súbida após enfarte

Transplantes experimentais de células geneticamente modificadas podem reduzir o risco de morte súbita após um ataque cardíaco, segundo um novo estudo efectuado em ratos, que pode um dia ter aplicação nos humanos.

Quinze por cento dos pacientes que sofreram um enfarte morrem nos três anos seguintes, maioritariamente devido ao ritmo cardíaco irregular e rápido, chamado de "taquicardia ventricular", segundo Bernd Fleischmann, da Universidade de Bona, responsável pelo estudo publicado na revista Nature.


Segundo Fleischmann, na Alemanha morrem, anualmente, entre 60 mil e 80 mil pessoas vítimas de taquicardia. Os investigadores mostram que os transplantes de células cardíacas embrionárias no coração dos ratos que sofreram um enfarte, permite reduzir as taxas de morte, causadas por esta perturbação do ritmo cardíaco.

Em contrapartida, os ratos que não receberam transplantes não sobreviveram aos testes que despoletavam artificialmente as anomalias do ritmo cardíaco. Os especialistas realizaram já várias tentativas de tratar os tecidos cardíacos com células, nomeadamente com mioblastos derivados do músculo da perna provenientes do mesmo paciente mas encontraram perturbações do ritmo.

Estas células dos músculos não possuem a mesma actividade eléctrica específicas do coração, que tem ele próprio um estimulador eléctrico natural para manter e adaptar o ritmo dos seus batimentos às necessidades do corpo. A diferença reside na presença de uma proteína, a conexina 43, existente em larga quantidade nas células cardíacas.

Os investigadores modificaram geneticamente células de músculos, para que estas produzissem a proteína em questão. Injectadas nos roedores, as células modificadas demonstraram resultados tão bons quanto os das células cardíacas embrionárias. No entanto, antes de haver uma aplicação humana, é necessário provar a inocuidade do processo de modificação genética.

Ratinhos curados com células da pele 'reprogramadas' com genes saudáveis


Jacob Hanna, do Whitehead Institute for Biomedical Research
Jacob Hanna, do Whitehead Institute for Biomedical Research
Cientistas norte-americanos conseguiram pela primeira vez tratar uma doença em seres vivos através da 'reprogramação' de células retiradas da pele de ratos doentes com genes saudáveis, revela amanhã o principal artigo da Science.

O trabalho, liderado por Jacob Hanna, do Whitehead Institute for Biomedical Research, em Cambridge, Massachusetts, EUA, abre a esperança de que a técnica possa ser usada no futuro no tratamento de doenças nos seres humanos.


Investigadores já tinham anunciado recentemente que introduzir quatro genes específicos em células da pele pode fazer reverter estas células até um estado embrionário pluripotente, em que cada uma tem o potencial de evoluir para qualquer tipo de célula, possibilitando assim a criação ou 'remendo' de qualquer órgão do corpo.

No entanto, ficou então em aberto se estas células, chamadas 'iPS' (acrónimo em inglês para 'induced pluripotent stem cells', ou células estaminais pluripotentes), poderiam ser usadas para curar tecidos doentes em animais vivos.

A equipa de Hanna revela agora em "Treatment of Sickle Cell Anemia Mouse Model with iPS Cells Generated from Autologous Skin", o principal artigo da revista Science de sexta-feira, que produziu células 'iPS' a partir de células da pele retiradas das caudas dos ratinhos doentes. Os cientistas substituíram então o gene envolvido na doença das células com anemia falciforme por uma versão saudável.

Sintomas da doença melhoraram

Assim que algumas das células 'iPS' se desenvolveram em células estaminais hematopoiéticas (que formam glóbulos vermelhos do sangue), os investigadores transferiram-nas para os ratos, onde começaram a gerar células sanguíneas saudáveis. Os autores relatam que os sintomas da doença melhoraram então substancialmente nos animais, mas advertem que o uso de células 'iPS' em tratamentos de humanos ainda tem de superar alguns "obstáculos críticos".

Acrescentar quatro genes "reprogramados" ou substituir genes defeituosos em células doentes, por exemplo, pode ter efeitos secundários que conduzam ao cancro. Os investigadores alertam ainda que é preciso primeiro desenvolver métodos seguros para resolver estas e outras preocupações antes que as células 'iPS' possam ser usadas em terapias humanas.

A equipa inclui cientistas do Whitehead Institute for Biomedical Research, em Cambridge, Massachusetts, EUA, do Departamento de Bioquímica e Genética Molecular da Escola de Medicina e Cirurgia Dentária da Universidade de Alabama e do Departamento de Biologia do MIT (Massachusetts Institute of Technology), em Cambridge.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Portugal e Reino Unido discutem agricultura sustentável e bioenergias

«Estamos num novo século em que o potencial vai estar nas plantas e na biologia, por oposição ao último século, cujo potencial esteve nos químicos», referiu ontem David Clayton, do Centro para Novos Produtos Agrícolas, da Universidade de York.

Para o especialista, num futuro próximo, teremos «zero resíduos e múltiplos produtos derivados dos cereais, como produtos bioquímicos e biocombustíveis, em que os pilares essenciais serão as bio-refinarias». As declarações tiveram ontem lugar no seminário internacional «Sobre a agricultura sustentável e as bioenergias», promovido pela Embaixada Britânica, em colaboração com o Instituto Superior Técnico. No evento, foram apresentadas e debatidas algumas das soluções tecnológicas mais recentes tanto na agricultura, como nas bioenergias, e identificadas as tendências internacionais de evolução da agricultura, num quadro de crescentes exigências ambientais e de procura de alternativas aos combustíveis fósseis.

«Promover o debate sobre as tecnologias, o conhecimento e a experiência de Portugal e do Reino Unido, e evidenciar as vantagens de uma estreita cooperação entre os dois países, com o objectivo de desenvolver uma utilização sustentável dos recursos agrícolas e bioenergéticos», foram, segundo Alex Ellis, embaixador do Reino Unido, os objectivos do seminário. A iniciativa representa ainda «o esforço do Reino Unido para melhorar as políticas e reformar a Política Agrícola Comum, no sentido se assegurar uma agricultura mais sustentável e mais próspera», acrescentou.

David Crespo, director científico da Fertiprado, empresa de sementes e nutrientes, relevou o papel dos pastos ricos em leguminosas biodiversas, no desenvolvimento sustentável da agricultura portuguesa, afirmando que «os sistemas portugueses de agricultura extensiva não são sustentáveis, e os agricultores culpam a política e o clima». O especialista lembrou ainda que, em Portugal, «há um milhão de hectares de cultivo estão abandonados, o que eleva os riscos de incêndio e se reflecte na baixa criação de gado».


Sofia Vasconcelos

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Investigadores norte-americanos criam rato resistente ao cancro

Vivek Rangnekar diz que o Par-4 não se limita à próstata
Vivek Rangnekar diz que o Par-4 não se limita à próstata
Investigadores da Universidade de Kentucky, EUA, criaram uma estirpe de ratinhos resistentes a vários tipos de cancro e acreditam que a descoberta pode contribuir para terapias menos agressivas contra a doença.

O investigador Vivek Rangnekar, do Colégio de Medicina da Universidade de Kentucky, em Lexington, explicou hoje que a ideia de criar este modelo animal partiu da descoberta anterior de um gene supressor de tumores chamado Par-4, na próstata. "Descobrimos originalmente o Par-4 na próstata, mas ele não está limitado à próstata", explicou Rangnekar.


"O gene é expresso em todos os tipos de células que verificámos e induz a morte de um largo espectro de células cancerígenas, incluindo, claro, as células cancerígenas na próstata", acrescentou. Apesar de matar as células cancerígenas, os investigadores descobriram que o gene Par-4 não danifica as células que funcionam normalmente e salientam que este facto faz com que ele tenha potenciais aplicações terapêuticas.

Para investigar mais os potenciais efeitos terapêuticos deste gene, Rangnekar introduziu-o num ovo de rato, que foi introduzido numa cobaia-mãe substituta. "A cobaia por si própria não expressava um largo número de cópias deste gene, mas as crias sim e as crias destas começaram a expressar o gene", disse Rangnekar, salientando que conseguiram desta forma transferir a actividade do gene para as futuras gerações de ratinhos com esta origem.

Sobreviver mais tempo

A investigação, financiada pelos Institutos Nacionais da Saúde norte-americanos, indica que os ratos manipulados que nascem com este gene não desenvolvem tumores e crescem normalmente. Os ratos com Par-4 conseguem, aliás, sobreviver mais alguns meses quando comparados com os animais não-manipulados que integram um grupo de controlo, indicando que a introdução do gene não tem efeitos tóxicos colaterais.

Rangnekar admite que há muito trabalho a fazer antes de aplicar esta pesquisa a humanos, mas refere que é o próximo passo. Os investigadores vão usar a descoberta para chegar a eventuais terapias que usem o Par-4 para combater células cancerígenas em pacientes que sofreram, por exemplo, transplantação de medula óssea ou alguns tipos de cancro.

Vivek Rangnekar, que afirmou ter passado pela agonia de ver um familiar sofrer com as actuais terapias contra o cancro, considera que os seus ratinhos resistentes à doença podem ser o primeiro passo para evitar os efeitos secundários tóxicos e destruidores da quimio e radioterapias.

A descoberta foi descrita no estudo "Cancer Resistance in Transgenic Mice Expressing the SAC Module of Par-4", da autoria da equipa constituída por Yanming Zhao, Ravshan Burikhanov, Shirley Qiu, Subodh M. Lele, C. Darrell Jennings, Subbarao Bondada, Brett Spear, e Vivek M. Rangnekar, publicado em Outubro no jornal Cancer Research.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Médicos britânicos salvam recém-nascidos de lesões cerebrais com capacete refrigerador

Marianne Thoresen
Marianne Thoresen
Médicos britânicos salvaram uma recém-nascida de possíveis lesões cerebrais irreversíveis através de uma técnica pioneira de arrefecimento, que impediu o cérebro de inchar depois de estar privado de oxigénio durante o parto.

Os médicos do Hospital de Saint Michael, em Bristol, ajustaram a cabeça da bebé Olivia Templar num capacete refrigerador, depois de ela ter estado privada de oxigénio por dez minutos durante um nascimento traumático, em Julho último.


Técnica tem alguns anos
Técnica tem alguns anos
O capacete, de design norte-americano, é bombeado com líquido de refrigeração para reduzir o inchaço que ocorre quando o tecido é privado de oxigénio. É este inchaço o que causa danos cerebrais, que podem ser irreversíveis. Dias mais tarde, quando um scanner analisou as funções do cérebro da pequena Olívia - que foi sedada durante o tratamento de arrefecimento -, foi verificado que as suas funções cerebrais estavam normais, de forma que a bebé teve alta.

A pesquisa para chegar a este feito foi liderada pela pediatra Marianne Thoresen, que durante 10 anos foi desenvolvendo a cápsula em programas que envolveram mais de 800 bebés de todo o mundo. Thoresen começou esta investigação em 1992 e tem aplicado como projecto-piloto o capacete em bebés no Saint Michael desde 1998. Neste hospital, o capacete foi testado em 40 bebés e na maioria dos casos resultou.

Marianne Thoresen afirmou ter já dados suficientes para considerar que a descoberta é um grande avanço para salvar de lesões cerebrais muitos dos bebés que sofrem complicações durante o parto, embora saliente que não resulta sempre.

Agora, a mãe da bebé, Nichola Templar, de 31 anos, lançou uma campanha para angariar dinheiro para que a técnica possa estar disponível em todo o mundo. "Acreditamos que o capacete refrigerador salvou a nossa filha de danos cerebrais. Queremos fazer o possível para que todas as crianças tenham esta ajuda", afirmou.

"Olivia tem apenas três meses de idade e, apesar de o tratamento ter resultado bem, ainda é cedo para dizer que está totalmente salva", acrescentou Thoresen, realçando que só é possível dizer com certeza que um bebé não tem lesões cerebrais quando este atinge cerca de dois anos.

Estado do Ambiente em Portugal ainda não é satisfatório

O Relatório do Estado do Ambiente (REA) de 2006 faz uma análise pouco positiva do cenário nacional. Entre os 26 parâmetros analisados, 12 são considerados insuficientes, sete desfavoráveis e apenas sete positivos.

De acordo com o documento divulgado recentemente pela Agência Portuguesa do Ambiente, em 2005 cerca de 73 por cento da população do Continente era servida por sistemas públicos de drenagem, mas apenas 66 por cento tinha sistemas de tratamento de águas residuais.

O panorama dos gases com efeito de estufa (GEE) também não apresenta uma avaliação favorável. Portugal encontra-se entre os países da UE-25 com capitações de emissões de GEE mais reduzidas, mas em 2005 a quantidade de emissões destes gases situava-se cerca de 45 por cento acima do valor de 1990, afastando-se aproximadamente 18 por cento da meta estabelecida para 2008-2012 no Protocolo de Quioto. As principais fontes de emissão de GEE estão associadas ao sector da produção e transformação de energia (28 por cento das emissões totais em 2005) e ao sector dos transportes (23 por cento das emissões totais em 2005).

A correlação das emissões de GEE de origem antropogénica com a ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos tem vindo a ser reconhecida pela comunidade científica internacional. O ano de 2006 foi o quinto mais quente em Portugal continental desde 1931, e a onda de calor registada em Julho de 2006, quer pela sua extensão espacial, quer temporal, foi a mais significativa observada desde 1941.

O combate à poluição atmosférica teve também um desempenho fraco, ao nível das emissões de substâncias precursoras do ozono troposférico. Isto apesar das concentrações anuais terem-se mantido ou apresentarem uma tendência de diminuição. Estes são os poluentes que mais contribuem para a deterioração da qualidade do ar no País, e os mais preocupantes em termos de saúde pública. Os episódios de poluição por ozono troposférico também mancharam este capítulo. Em 2006 registaram-se 45 dias com ultrapassagens do limiar de informação ao público para o ozono troposférico, menos 24 do que no ano anterior. No mesmo ano, das 22 áreas monitorizadas, dez ultrapassaram os valores limites diários de partículas inaláveis.

No sector da água o cenário é mais satisfatório. Em 2005 a percentagem de incumprimento dos valores paramétricos foi de 2,5 por cento, registando-se uma ligeira melhoria relativamente a 2004 (2,7 por cento). Apesar da situação de seca generalizada observada em 2005, a percentagem de incumprimento dos valores paramétricos relativos à qualidade da água para consumo humano registou uma ligeira melhoria relativamente ao ano anterior. A qualidade das águas balneares também tem vindo a melhorar gradualmente, quer as águas balneares costeiras e estuarinas, quer as águas balneares interiores. Na época balnear de 2006 a percentagem de águas balneares costeiras e estuarinas com boa qualidade atingiu mais de 90 por cento, e a das água balneares interiores mais de 58 por cento.

Tânia Nascimento

domingo, 25 de novembro de 2007

GEOTA promove acção de limpeza no Portinho da Arrábida

O GEOTA a LPN e o Clube Montanhismo da Arrábida, com o apoio do Parque Natural da Arrábida, da Câmara Municipal de Setúbal e da Fundação Oriente, associaram-se nesta iniciativa para uma acção de limpeza.

GEOTA - Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente


A acção de limpeza da praia (Portinho e Creiro), vegetação envolvente e estradas de acesso, terá lugar no dia 24 de Novembro, sábado, pelas 09h00.

Por muito estranho que pareça, em pleno século XXI muitos dos que se deslocam à Serra da Arrábida propositadamente para usufruir do ambiente ímpar deste espaço acabam por lá deixar lixo, geralmente em sacos de plástico com os resíduos resultantes da sua permanência no local.

A responsabilidade da limpeza desta área é da autarquia, contudo, reconhece-se que é muito difícil manter a área limpa tendo em conta os meios existentes, a complexidade da limpeza na Serra, a grande afluência de público na época balnear e a pouca sensibilidade e consciencialização para estes problemas do público em geral.

Também o Parque Natural da Arrábida já organizou campanhas de limpeza na Serra da Arrábida com jovens de escolas, escuteiros e o próprio pessoal, destacando-se as campanhas "Arrábida Limpa". A recolha tem incidido nas zonas de maior acumulação de lixos, nomeadamente, nos miradouros, na entrada da Mata do Solitário, nos caminhos de acesso ás praias de Alpertuche e Galapos, nas zonas envolventes às praias de Creiro e Figueirinha e nas bermas da estrada de Setúbal à praia da Figueirinha. No entanto tais campanhas revelaram-se manifestamente insuficientes para manter a Serra limpa. Na prática é tudo uma questão de (falta de) cidadania.

A presente campanha, inserida nas actividades do Projecto Coastwatch, pretende sensibilizar, agir e pôr em prática a cidadania e o voluntariado. Por outro lado, é indispensável a colocação de mais recipientes de recolha de resíduos (não apenas junto à estrada), placas de sensibilização, avisos de coima, entre outros.

• Encontro às 9h. Portinho da Arrábida, estacionamento junto aos restaurantes. Tempo previsto: 4 / 6 horas (+- 3 km).
• Contactar (Lurdes Soares) 963 990 265 – coastwatch@netcabo.pt, lurdesmariasoares@gmail.com (Filipe Neves) 919 637 076, flyp@netcabo.pt

Mais informações em www.geota.pt ou através de Lurdes Soares (963 990 265)

XXI Feira Internacional de Minerais, Gemas e Fósseis

Quatro concelhos ultrapassam limites de arsénio na água - Câmara de Évora nega que água do concelho seja perigosa para consumo

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Foto: Eva Carasol/PÚBLICO
O autarca de Évora sublinha que os níveis mais elevados de arsénio "não foram detectados na água da rede"

Lusa, PÚBLICO

O presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, garantiu hoje que a água distribuída no concelho não é perigosa e que o limite legal de arsénio ultrapassado em 2006 foi "pontual" e já está resolvido, reagindo assim a um relatório do Regulador da Água e Resíduos (IRAR) divulgado hoje.

"A água da rede distribuída no concelho não tem qualquer parâmetro de perigosidade e é de qualidade aceitável, estando submetida a um rigoroso controlo por parte das entidades competentes", garantiu o autarca à Lusa.

Um relatório do Instituto Regulador da Água e Resíduos (IRAR), divulgado hoje pela Lusa, refere que quatro dos 51 concelhos analisados no ano passado ultrapassaram o limite máximo de arsénio na água permitido por lei. Segundo o mesmo estudo, entre os concelhos está o de Évora, com um incumprimento de 7,50 por cento nos níveis máximos permitidos de arsénio na água, seguido de Barcelos (cinco por cento), Vila Franca de Xira (2,86 por cento) e Pombal (1,75 por cento).

O autarca de Évora argumenta que a interpretação do relatório do IRAR não pode ser "distorcida", já que os níveis mais elevados de arsénio "não foram detectados na água da rede". José Ernesto Oliveira explica que os dados dizem apenas respeito a uma captação de água existente em São Brás do Regedouro, na freguesia de Nossa Senhora da Tourega, sendo que, das 48 análises efectuadas em 2006, "duas é que mostraram parâmetros de arsénio superiores à taxa máxima permitida por lei". "Trata-se de um furo, em funcionamento há mais de 30 anos, cuja água, depois de tratada, abastece essa população. Uma das análises revelou um miligrama e a outra dois miligramas acima dos dez miligramas por litro permitidos por lei", acrescentou.

Segundo o autarca, na altura foram "de imediato tomadas medidas" e a captação em causa foi "suspensa enquanto os valores de arsénio não foram regularizados", tendo os cerca de 80 habitantes sido abastecidos através de outra origem de água.

Há vários pontos do país com níveis de arsénio na água acima dos limites legais. Das 4771 zonas de abastecimento avaliadas no último relatório da qualidade da água, divulgado em Outubro pelo Instituto Regulador de Águas e Resíduos, 125 revelaram excesso de arsénio em todas as análises realizadas em 2006.

Na esmagadora maioria, só era necessário fazer uma análise anual àquele poluente. No total, estas zonas – normalmente pequenos sistemas de abastecimento, baseados num único furo – englobam cerca de 49 mil portugueses.

Mais onze zonas de abastecimento tiveram metade das análises a revalarem excesso de arsénio. Em seis outras, um terço das análises mostraram o mesmo resultado. É nesse último grupo que estão duas pequenas zonas de abastecimento do concelho de Évora: São Braz do Regedouro (76 habitantes) e Torre de Coelheiros (688 habitantes). Em nenhum outro ponto do concelho houve problemas, segundo os dados do IRAR.

Os números do IRAR não especificam as concentrações de arsénio encontradas nas análises. A ingestão prolongada, durante anos, de água com concentrações elevadas de arsénio pode provocar determinadas doenças na pele e aumentar o risco de alguns tipos de cancro.

Um estudo do Massachussets Institute of Technology (MIT), divulgado esta semana, sugere possíveis efeitos de saúde a longo prazo em pessoas cujas mães beberam água com muito arsénio durante a gravidez. O estudo envolveu 32 mulheres de um zona fortemente contaminada com arsénio na Tailândia.

Parque Nacional da Peneda-Gerês candidato à rede PAN Parks


A candidatura de adesão do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) à rede PAN Parks permitirá que esta área protegida se insira numa rede de excelência, onde apenas constam os melhores Parques da Europa, sendo o único Parque Nacional da Península Ibérica a integrar esta rede.

Com a certificação PAN Parks é de esperar um incremento substancial do afluxo de turistas estrangeiros (nomeadamente do norte da Europa), pois irá permitir integrar o PNPG no roteiro dos grandes operadores turísticos especializados em turismo de natureza. Resulta, ainda, outro aspecto verdadeiramente importante que é a possibilidade de consolidar a estratégia deste Parque Nacional de se manter uma zona de Ambiente Natural sem qualquer intervenção humana, a qual poderá ser um verdadeiro banco de ensaio para se testar a sucessão ecológica, implementando o conceito de wilderness em Portugal. Acresce que a certificação PAN Parks é também uma certificação da gestão da área protegida. Como tal, pretende-se estabelecer uma bitola que idealmente se poderá estender a toda a Rede Nacional de Áreas Protegidas, servindo de benchmarking para a gestão que o ICNB leva a cabo nessa rede.



PAN Parks

O sistema de certificação PAN Parks é uma iniciativa levada a cabo pela Fundação PAN Parks e visa a criação de uma rede das melhores áreas naturais da Europa.


O PAN Parks defende que a combinação da conservação da natureza e do desenvolvimento económico através da promoção do turismo sustentável propicia uma metodologia de promoção das melhores práticas na gestão das áreas protegidas.


As áreas protegidas candidatas à certificação PAN Parks são sujeitas a um rigoroso processo de auditoria independente, onde são considerados vários critérios, tais como a qualidade do ambiente e dos valores naturais, a gestão da conservação da natureza e da biodiversidade, a gestão dos visitantes e o desenvolvimento do turismo sustentável.


Entre os requisitos de adesão das áreas protegidas à certificação PAN Parks destacam-se:

- Possuir uma extensa área, não inferior a 20.000 ha;

- Integrar uma wilderness zone (zona sem intervenção humana) com uma área mínima de 10.000 ha;

- Desenvolver uma política de gestão da visitação (plano de gestão de visitantes); e

- Programar, implementar e monitorizar uma estratégia de desenvolvimento do turismo sustentável, de forma participada.

Sá da Costa: «Zona piloto das ondas é muito restritiva»


Cerca de 80 por cento do consumo eléctrico nacional está concentrado na faixa litoral, o que representa um «enorme potencial» para a exploração da energia das ondas. Essa potencialidade, no entanto, não pode ser aproveitada, visto que a zona piloto definida pelo decreto-lei que estabelece o regime jurídico de acesso e exercício das actividades de produção de energia eléctrica a partir da energia das ondas é «muito restritiva», lamenta António Sá da Costa, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren). «A capacidade de recepção por parte da EDP e da REN poderia ser melhor aproveitada se houvesse possibilidade de alargamento da zona», acrescenta a mesma fonte.

A solução poderia passar por definir duas áreas mais pequenas com uma faixa de 1 a 2 km de largura, que fosse desde a terra à zona piloto. Também não se previu, alerta António Sá da Costa, a definição de uma zona de ensaios para permitir aos promotores a experimentação de modelos de escala reduzida, sem necessidade de ligação à rede.

Limita-se também, com este regulamento, a possibilidade de se promover projectos fora da zona piloto. Até à data de 31 de Dezembro de 2006, qualquer projecto em licenciamento tinha essa possibilidade, mas, segundo o presidente da Apren, «nenhum projecto nessa data estava na fase de licenciamento», lembra.

Aguarda-se agora pela constituição da comissão instaladora da zona piloto, prevista para Janeiro de 2008. «A infra-estruturação vai demorar algum tempo e dependerá o seu sucesso da gestão da zona piloto, que poderá passar pela REN. O ideal seria daqui a dois anos conseguirmos ligar 80 megawatts, e em 2010/2011 mais 250 MW», sublinha o presidente da Apren.

Mas os constrangimentos também se fazem sentir na implantação de tecnologias. A zona piloto situa-se entre as 3 e as 6 milhas náuticas (o equivalente entre 50 e 100 metros), pelo que «todas as tecnologias que usem águas menos profundas ficam de fora», alerta António Sá da Costa. Pelamis, AWF e Wave Dragon são as tecnologias possíveis mas dentro de dois anos, elucida a mesma fonte, só uma sobressairá sobre todas as outras. «Neste momento a tecnologia com mais condições para isso é a Pelamis», acrescenta.

O também presidente da Enersis alerta ainda que «para se criar um verdadeiro cluster industrial das ondas o Governo tem de lançar já um concurso, tal como fez para a eólica».

Ana Cristina Ferreira

Exposição - "Arribas - Paisagens, Geologia, Fauna e Flora"

30 Novembro a 28 Dezembro 2007
Museus da Politécnica
R. da Escola Politécnica, 58 Lisboa


Horário
Terça-feira a Sexta - das 10h00 às 17h00
Sábado e Domingo - das 11h00 às 18h00
Encerra às Segundas e Feriados

Inauguração
30 Novembro 2007 | 18h30

URL: www.mnhn.ul.pt

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Novadelta e Portucel elevam para 20 as empresas no Business&Biodiversity

A Novadelta e o grupo Portucel Soporcel são as duas últimas aquisições do projecto Business&Biodiversity (B&B), elevando para 20 o número de empresas nacionais participantes na iniciativa realizada no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia.

O desenvolvimento de actividades comerciais e industriais com impacto zero na biodiversidade e de serviços ecológicos da paisagem e ecossistemas são os compromissos assumidos pelas duas empresas, como contributo para o objectivo europeu de travar a perda de biodiversidade até 2010.

A importância da biodiversidade será divulgada, no caso da Novadelta, nos lotes de café “Origens”, que incluem café certificado como “Rainforest Alliance”, “Agricultura Biológica” e “Comércio Justo”.

O grupo Portucel Soporcel vai defender a causa apoiando os mais jovens, através da promoção de inciativas que os levem «a compreenderem a importância do equilíbrio ecológico para uma floresta saudável e a serem mais exigentes com o que compram e o que consomem», sublinha a empresa em comunicado.

A AmBioDiv – Valor Natural é a consultora que tem apoiado ambas as empresas no processo de adesão e de implantação das medidas protocoladas com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

A mesma consultora irá apoiar em breve a adesão da Associação para a Defesa do Património de Mértola e da Quinta do Valle do Riacho a esta iniciativa.