Lic de Biologia no ISA

A licenciatura tem um perfil técnico-científico de banda larga, com três anos iniciais seguidos de posterior de formação com carácter aplicado. O ISA é uma das escolas com maior experiência no domínio da Biologia Aplicada e os licenciados terão uma sólida formação científica e oportunidades de emprego generalista em todos os domínios da Biologia, nomeadamente nas áreas do ambiente e ecologia aplicada, genética e biologia molecular, conservação da natureza e utilização e conservação dos recursos biológicos, podendo desempenhar funções na investigação científica, em laboratórios especializados, bem como em tarefas de consultadoria.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Portugueses rumam à Antárctica

Paisagens e investigações esperam investigadores
É apresentada amanhã, em Lisboa, a maior campanha científica portuguesa de sempre na Antárctida. Com financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (do Ministério da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior), a campanha começa em Janeiro e tem a participação de várias universidades portuguesas.
A apresentação decorrerá durante a cerimónia pública do Programa Polar Português (ProPolar) a realizar na Culturgest – Fundação Caixa, que apoiará o projecto através do programa Caixa Carbono Zero. A Caixa e a ProPolar serão as responsáveis pela “Nova Geração de Cientistas Polares” que apoiará seis jovens investigadores a ser integrados em grupos nacionais que fazem investigação na Antárctida.


O Programa Polar, lançado em Dezembro de 2007, consiste num conjunto de medidas, financiadas pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (MCTES), que visam apoiar de forma estruturada o desenvolvimento da ciência polar nacional. Para além de financiamento público, o ProPolar tem contado com importantes fontes de financiamento, nomeadamente com o apoio da Caixa através de programas de bolsas de investigação, do Programa Gulbenkian Ambiente, dos CTT e Agência Ciência Viva.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Câmara de Lisboa aprova Estratégia Energético-Ambiental para a capital

Reduzir o consumo anual de energia em 1,85 por cento no concelho de Lisboa e conseguir uma redução global de 8,9 por cento até 2013 são algumas das principais metas estabelecidas na Estratégia Energético-Ambiental para Lisboa, aprovada pela Câmara na passada quarta-feira.

A Estratégia pretende contribuir para o cumprimento das metas europeias (para 2020) e nacionais (para 2015), mas fixa objectivos «mais ambiciosos» para a capital, referiu José Delgado Domingos, presidente do Conselho de Administração da Lisboa E-Nova, agência municipal de energia.

No debate organizado esta quinta-feira pela agência, que decorreu no Centro de Informação Urbana de Lisboa, no Picoas Plaza, intitulado “Fundamentos Científicos e Técnicos da Estratégia Energético-Ambiental para Lisboa e suas Limitações”, Delgado Domingos sublinhou que a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) depende de uma «política energética centrada nos recursos naturais renováveis e na eficiência energética», que deve estruturar o ordenamento do território e o planeamento urbano.

Estratégia com enfoque nos edifícios e transportes

A Estratégia, elaborada pela Lisboa E-Nova, baseia-se nas matrizes energética, da água e dos materiais, datadas de 2005. Segundo essas referências, Lisboa representa 7 por cento do consumo nacional de energia, sendo que cada lisboeta consome 3,1 tep (tonelada equivalente de petróleo), quando a média nacional é de 2,5 tep per capita.

A redução de consumo energético proposto na estratégia deverá recair principalmente sobre os edifícios residenciais e de serviços, que representam a maior fatia do bolo energético (50,5 por cento do consumo total), e sobre os transportes. Para além de estabelecer metas para a cidade, a estratégia define também objectivos para a Câmara Municipal de Lisboa, que se compromete a reduzir 1,95 por cento do consumo anual de energia nos seus edifícios, chegando aos 9,4 por cento de redução em 2013.

O próximo passo, de acordo com Lívia Tirone, administradora-delegada da Lisboa E-Nova, é a definição de um plano de execução. «Não podíamos avançar com o plano sem a aprovação da estratégia, pelo que só agora estão criadas as condições necessárias», esclareceu ao AmbienteOnline. No entanto, Delgado Domingos adiantou que a agência «dá ênfase aos estudos já feitos pela adene [Agência para a Energia] e deverá seguir a sua metodologia».

Na sessão de aprovação da Estratégia Energético-Ambiental para Lisboa, que teve os votos favoráveis do PS, PSD e do vereador Sá Fernandes, com abstenção dos restantes partidos da oposição, foi ainda aceite a promulgação dos regulamentos municipais adequados à concretização da estratégia. Para além disso, foi determinada a adesão de Lisboa ao Pacto dos Autarcas (iniciativa da Comissão Europeia que junta várias cidades comprometidas com o cumprimento dos objectivos definidos pela União Europeia em termos de redução de emissões de CO2) e a participação activa da capital no Connected Urban Development.

Plano de Segurança de Água do Cávado é exemplo internacional

O Plano de Segurança de Água (PSA) da Águas do Cávado tem suscitado o interesse de diversas entidades nacionais e internacionais e já foi tema de vários artigos científicos, depois da empresa se ter “antecipado” à publicação oficial da 3ª edição das Guidelines for Drinking Water Quality, da Organização Mundial de Saúde e da Bonn Charter for Drinking Water,International Water Association (IWA). publicada pela

Carla Morais, responsável pela Área Funcional da Qualidade Total da empresa, sublinha o desafio colocado pela elaboração do plano, um trabalho que começou em 2003. «O projecto aplica-se a um sistema de importância significativa para uma grande mancha populacional do Norte do País. Além disso, é um trabalho pioneiro em Portugal, que foi mais simplificado devido ao facto da empresa dispor, já na altura, de um Sistema de Gestão da Qualidade segundo a norma EN ISO 9001:2000. Foram elaborados novos documentos e incorporou-se a metodologia nos diversos procedimentos internos e em algumas instruções de trabalho», revela.

Avaliação do risco de todo o sistema

No PSA da Águas do Cávado existe uma avaliação dos riscos em todo o sistema de abastecimento, onde estão identificados os eventos perigosos que podem ocorrer e o perigo que lhe está associado. Com base na avaliação de riscos foram identificadas medidas de controlo e diversos parâmetros que são monitorizados periodicamente, uma garantia do bom funcionamento do sistema. As medições são feitas de diversas formas (telegestão, medições on-line, inspecções visuais) e todas elas são registadas, tendo em conta, por exemplo, os limites de alerta e as frequências de monitorização.

A empresa sublinha o aumento da qualidade de vida e da saúde pública dos consumidores, com água fornecida a várias entidades e empresas da região (Águas de Barcelos, Esposende Ambiente, Indaqua Santo Tirso/Trofa, Câmara Municipal de Vila do Conde, da Póvoa de Varzim, de Vila Nova de Famalicão e da Maia) e defende que o PSA vem diminuir e controlar riscos identificados.

A Águas do Cávado admite que uma das dificuldades do PSA é a falta de um software próprio para a gestão de rotina, um problema que pode ser ultrapassado em breve, depois de terminado a plataforma que a IWA está a desenvolver, em conjunto com a AdC e outras entidades nacionais e internacionais.