Lic de Biologia no ISA

A licenciatura tem um perfil técnico-científico de banda larga, com três anos iniciais seguidos de posterior de formação com carácter aplicado. O ISA é uma das escolas com maior experiência no domínio da Biologia Aplicada e os licenciados terão uma sólida formação científica e oportunidades de emprego generalista em todos os domínios da Biologia, nomeadamente nas áreas do ambiente e ecologia aplicada, genética e biologia molecular, conservação da natureza e utilização e conservação dos recursos biológicos, podendo desempenhar funções na investigação científica, em laboratórios especializados, bem como em tarefas de consultadoria.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Portugueses rumam à Antárctica

Paisagens e investigações esperam investigadores
É apresentada amanhã, em Lisboa, a maior campanha científica portuguesa de sempre na Antárctida. Com financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (do Ministério da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior), a campanha começa em Janeiro e tem a participação de várias universidades portuguesas.
A apresentação decorrerá durante a cerimónia pública do Programa Polar Português (ProPolar) a realizar na Culturgest – Fundação Caixa, que apoiará o projecto através do programa Caixa Carbono Zero. A Caixa e a ProPolar serão as responsáveis pela “Nova Geração de Cientistas Polares” que apoiará seis jovens investigadores a ser integrados em grupos nacionais que fazem investigação na Antárctida.


O Programa Polar, lançado em Dezembro de 2007, consiste num conjunto de medidas, financiadas pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (MCTES), que visam apoiar de forma estruturada o desenvolvimento da ciência polar nacional. Para além de financiamento público, o ProPolar tem contado com importantes fontes de financiamento, nomeadamente com o apoio da Caixa através de programas de bolsas de investigação, do Programa Gulbenkian Ambiente, dos CTT e Agência Ciência Viva.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Câmara de Lisboa aprova Estratégia Energético-Ambiental para a capital

Reduzir o consumo anual de energia em 1,85 por cento no concelho de Lisboa e conseguir uma redução global de 8,9 por cento até 2013 são algumas das principais metas estabelecidas na Estratégia Energético-Ambiental para Lisboa, aprovada pela Câmara na passada quarta-feira.

A Estratégia pretende contribuir para o cumprimento das metas europeias (para 2020) e nacionais (para 2015), mas fixa objectivos «mais ambiciosos» para a capital, referiu José Delgado Domingos, presidente do Conselho de Administração da Lisboa E-Nova, agência municipal de energia.

No debate organizado esta quinta-feira pela agência, que decorreu no Centro de Informação Urbana de Lisboa, no Picoas Plaza, intitulado “Fundamentos Científicos e Técnicos da Estratégia Energético-Ambiental para Lisboa e suas Limitações”, Delgado Domingos sublinhou que a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) depende de uma «política energética centrada nos recursos naturais renováveis e na eficiência energética», que deve estruturar o ordenamento do território e o planeamento urbano.

Estratégia com enfoque nos edifícios e transportes

A Estratégia, elaborada pela Lisboa E-Nova, baseia-se nas matrizes energética, da água e dos materiais, datadas de 2005. Segundo essas referências, Lisboa representa 7 por cento do consumo nacional de energia, sendo que cada lisboeta consome 3,1 tep (tonelada equivalente de petróleo), quando a média nacional é de 2,5 tep per capita.

A redução de consumo energético proposto na estratégia deverá recair principalmente sobre os edifícios residenciais e de serviços, que representam a maior fatia do bolo energético (50,5 por cento do consumo total), e sobre os transportes. Para além de estabelecer metas para a cidade, a estratégia define também objectivos para a Câmara Municipal de Lisboa, que se compromete a reduzir 1,95 por cento do consumo anual de energia nos seus edifícios, chegando aos 9,4 por cento de redução em 2013.

O próximo passo, de acordo com Lívia Tirone, administradora-delegada da Lisboa E-Nova, é a definição de um plano de execução. «Não podíamos avançar com o plano sem a aprovação da estratégia, pelo que só agora estão criadas as condições necessárias», esclareceu ao AmbienteOnline. No entanto, Delgado Domingos adiantou que a agência «dá ênfase aos estudos já feitos pela adene [Agência para a Energia] e deverá seguir a sua metodologia».

Na sessão de aprovação da Estratégia Energético-Ambiental para Lisboa, que teve os votos favoráveis do PS, PSD e do vereador Sá Fernandes, com abstenção dos restantes partidos da oposição, foi ainda aceite a promulgação dos regulamentos municipais adequados à concretização da estratégia. Para além disso, foi determinada a adesão de Lisboa ao Pacto dos Autarcas (iniciativa da Comissão Europeia que junta várias cidades comprometidas com o cumprimento dos objectivos definidos pela União Europeia em termos de redução de emissões de CO2) e a participação activa da capital no Connected Urban Development.

Plano de Segurança de Água do Cávado é exemplo internacional

O Plano de Segurança de Água (PSA) da Águas do Cávado tem suscitado o interesse de diversas entidades nacionais e internacionais e já foi tema de vários artigos científicos, depois da empresa se ter “antecipado” à publicação oficial da 3ª edição das Guidelines for Drinking Water Quality, da Organização Mundial de Saúde e da Bonn Charter for Drinking Water,International Water Association (IWA). publicada pela

Carla Morais, responsável pela Área Funcional da Qualidade Total da empresa, sublinha o desafio colocado pela elaboração do plano, um trabalho que começou em 2003. «O projecto aplica-se a um sistema de importância significativa para uma grande mancha populacional do Norte do País. Além disso, é um trabalho pioneiro em Portugal, que foi mais simplificado devido ao facto da empresa dispor, já na altura, de um Sistema de Gestão da Qualidade segundo a norma EN ISO 9001:2000. Foram elaborados novos documentos e incorporou-se a metodologia nos diversos procedimentos internos e em algumas instruções de trabalho», revela.

Avaliação do risco de todo o sistema

No PSA da Águas do Cávado existe uma avaliação dos riscos em todo o sistema de abastecimento, onde estão identificados os eventos perigosos que podem ocorrer e o perigo que lhe está associado. Com base na avaliação de riscos foram identificadas medidas de controlo e diversos parâmetros que são monitorizados periodicamente, uma garantia do bom funcionamento do sistema. As medições são feitas de diversas formas (telegestão, medições on-line, inspecções visuais) e todas elas são registadas, tendo em conta, por exemplo, os limites de alerta e as frequências de monitorização.

A empresa sublinha o aumento da qualidade de vida e da saúde pública dos consumidores, com água fornecida a várias entidades e empresas da região (Águas de Barcelos, Esposende Ambiente, Indaqua Santo Tirso/Trofa, Câmara Municipal de Vila do Conde, da Póvoa de Varzim, de Vila Nova de Famalicão e da Maia) e defende que o PSA vem diminuir e controlar riscos identificados.

A Águas do Cávado admite que uma das dificuldades do PSA é a falta de um software próprio para a gestão de rotina, um problema que pode ser ultrapassado em breve, depois de terminado a plataforma que a IWA está a desenvolver, em conjunto com a AdC e outras entidades nacionais e internacionais.

domingo, 30 de novembro de 2008

Atlas das Aves Nidificantes em Portugal (1999-2005)




Atlas das Aves Nidificantes em Portugal (1999-2005)
Após seis anos de trabalhos de campo vai ser lançado o novo Atlas das Aves Nidificantes em Portugal. O Altlas será apresentado na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), pelas 15h00, no próximo dia 2 de Dezembro.

Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Parque Natural da Madeira e Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (21-11-2008)


Após a publicação em 1989 do Atlas das Aves que nidificam em Portugal Continental, o Atlas das Aves Nidificantes em Portugal (1999-2005) surge como resultado de um projecto que colige dados recolhidos durante seis anos de trabalho de campo realizado no território continental e, pela primeira vez com estas características, nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Enquadramento

Este livro responde à necessidade de obter-se informação actualizada sobre a avifauna nidificante, indispensável ao cumprimento dos compromissos que Portugal tem assumido, designadamente para a resposta às obrigações Comunitárias impostas pela Directiva Aves e também pela Directiva Habitats (transpostas para a ordem jurídica nacional pelo Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, republicado pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro), e no âmbito da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (Resolução do Conselho de Ministros n.º 152/2001, de 11 de Outubro).

Historial

Este Atlas, que começou a ser planeado em 1997 pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), evoluiu para uma parceria fundamental com três outras entidades: a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), associação não governamental que trabalha para a conservação das aves e dos seus habitats em Portugal, e que reúne inúmeros associados interessados por este grupo faunístico; o Parque Natural da Madeira (PNM) e a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM), entidades com competência em matéria de conservação das aves selvagens respectivamente nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Em 2000, o ICNB, enquanto líder do processo assegurou o financiamento do atlas até à sua conclusão através do Programa Operacional do Ambiente/FEDER.

Objectivos principais

1) actualizar a informação sobre a distribuição das espécies de aves que nidificam em Portugal;

2) descrever o padrão da abundância destas espécies;

3) recolher informação para servir de base a uma análise das alterações ocorridas nos últimos 15 anos nas áreas de distribuição, à escala nacional.

Informação

A publicação disponibiliza informação sobre a distribuição das 235 espécies de aves para as quais se registaram indícios de nidificação em Portugal entre 1999 e 2005. De entre estas, apresentam-se 221 espécies autóctones e 14 não autóctones registadas como nidificantes, constituindo um ponto de situação inédito para Portugal.

Esta informação está organizada em quatro secções:

1) espécies autóctones com nidificação regular;

2) espécies autóctones com nidificação irregular;

3) espécies não autóctones com nidificação regular;

4) espécies não autóctones com nidificação irregular.

A inclusão dos dois últimos grupos resulta do aumento de episódios de nidificação de espécies de aves não autóctones em Portugal, comprovado pelas observações registadas durante a realização dos trabalhos de campo.

Para além de mapas de distribuição, são igualmente apresentados mapas dos padrões de abundância referentes a um grande número de espécies. A publicação inclui ainda capítulos que resumem a metodologia utilizada e os resultados gerais do trabalho, bem como o enquadramento geográfico da área de estudo e temas relacionados com a biogeografia, o uso do território e a conservação das aves nidificantes. Também é apresentada uma análise das principais alterações ocorridas em termos históricos na distribuição das espécies.

Envolvimento

Desde o arranque do projecto esteve sempre subjacente a intenção de envolver o maior número possível de participantes. Por esse motivo, para além de ornitólogos profissionais, parte dos quais contratada para executar tarefas mais específicas, e de elementos das entidades parceiras, foi assegurado um esquema de colaboração aberto a observadores voluntários. A mobilização, empenho e contributo deste numeroso grupo de participantes vieram a revelar-se vitais para o alcance dos principais objectivos do projecto. A SPEA foi a entidade responsável pela organização desta importante frente de trabalho. O recrutamento e a formação de novos observadores de aves, resultado de toda a dinâmica criada pelo Atlas, contribuíram de forma efectiva para o enriquecimento da ornitologia nacional.

Para além de uma equipa de coordenação que envolveu especialistas na área da ornitologia, este livro contou com a participação de uma equipa de cerca de 100 autores convidados para a elaboração dos textos e mais de 500 colaboradores nos trabalhos de campo, na sua grande maioria voluntários.

Com 592 páginas a cores, esta publicação, que inclui mais de 200 desenhos originais da autoria de alguns dos melhores artistas portugueses de ilustração científica, só foi possível através da parceria realizada entre o ICNB e a prestigiada editora Assírio & Alvim.

A apresentação do Livro “Atlas das Aves Nidificantes em Portugal” terá lugar no auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), pelas 15.00 h, no próximo dia 2 de Dezembro.

Para além de representantes das 4 entidades parceiras do Projecto (ICNB, SPEA, PNM e SRAM) e da editora Assírio & Alvim, a apresentação irá contar com a presença e intervenção dos Exmos. Srs. Secretário de Estado do Ambiente e Presidente do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

No local da apresentação, o "Atlas das Aves Nidificantes em Portugal 1999-2005" estará à venda com o preço de lançamento de 55,00 Euros.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Transplante de traqueia com tecido do paciente

Possibilidade de rejeição afastada, cinco meses após operação


Paolo Macchiarini e Cláudia Castillo em Barcelona
Um transplante de traqueia com tecido do próprio para conseguir que o sistema imunitário aceitasse o órgão, hibrido, sem necessidade de recorrer a medicação imunosupressora foi o resultado de um trabalho de médicos do Hospital Clínic de Barcelona e do Politécnico de Milão e das universidades de Bristol e de Pádua que ajudaram a paciente a ter uma vida normal.

Cláudia Castillo, uma mulher colombiana de 30 anos a residir em Espanha, sofria de tuberculose há vários anos e dependia de internamentos hospitalares regulares para desobstruir as suas vias respiratórias, depois de ter sofrido um colapso agudo do pulmão esquerdo, em Março. Inicialmente, os médicos pensaram que a única possibilidade era a remoção de todo o pulmão esquerdo mas o chefe de cirurgia de um hospital de Barcelona propôs que fosse realizado, em vez disso, um transplante de traqueia.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Vamos votar na cortiça portuguesa (cork)



Uma conhecida revista australiana (Gourmet traveller) tem em curso um processo de votação online sobre as preferências dos consumidores para o tipo de vedante nos vinhos tintos.

Esta é uma boa oportunidade para expressarmos a nossa opinião!

Sugere-se por isso a máxima divulgação e respectiva votação, o que pode ser feito através do seguinte link:

http://gourmettraveller.com.au/wine_polls.htm

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Peixes de água doce e dunas são os mais mal conservados da Rede Natura

Último relatório de implementação da Directiva Habitats
Peixes de água doce e dunas são os mais mal conservados da Rede Natura

Os peixes de água doce e as dunas apresentam o pior estado de conservação na avaliação dos sítios Rede Natura 2000 do último relatório nacional de implementação da Directiva Habitats (2001-2006), hoje divulgado.

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, à margem da apresentação do relatório, defendeu não constituir "surpresa" o estado de conservação daquelas espécies e daquele habitat: "Os habitats costeiros e os dunares são em todo o mundo os que sofrem mais intervenção humana. Não nos devemos surpreender".

O objectivo daquele relatório é o de avaliar, de seis em seis anos, o resultado da aplicação da directiva, nomeadamente no que respeita ao contributo dos sítios classificados como Rede Natura 2000 na conservação dos habitats naturais e das espécies de flora e fauna. Cerca de "metade dos habitats" avaliados revelaram uma avaliação global "desfavorável e inadequada", explicou Manuela Nunes, do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), entidade responsável pela elaboração do relatório.

Apesar disso, 30 por cento dos habitats tiveram uma avaliação global favorável (habitats rochosos, formações herbáceas, charnecas e matos), assim como quase 80 por cento dos habitats da Macaronésia (região que abarca os Açores e a Madeira). Manuela Nunes defendeu que uma cartografia actualizada da distribuição de habitats no Continente permitiria uma melhor avaliação do seu estado de conservação.

O grupo da flora foi, naquela avaliação, um dos que apresentou mais lacunas ao nível da informação de base, não tendo sido sequer realizada uma avaliação global da flora no Continente. Mas nos Açores e Madeira mais de 40 por cento das espécies da flora tiveram uma avaliação global favorável. "Na fauna, a maior parte das espécies apresentou um estado de conservação desfavorável ou inadequado. Os anfíbios e répteis foram os grupos com maior percentagem de avaliações favoráveis", adiantou aquela responsável do ICNB.

Mas também para a fauna a informação disponibilizada não é muita, assumindo o ICNB que para "algumas" espécies das regiões Mediterrânica e Atlântica o "conhecimento existente não permitiu efectuar a avaliação global". O relatório revela que também o grupo da fauna apresenta lacunas na informação de base, em particular nos invertebrados, morcegos não cavernícolas e vertebrados marinhos. Portugal acaba de enviar o relatório para a Comissão Europeia, cumprindo uma obrigação imposta pela própria directiva Habitats.

Último relatório de implementação da Directiva Habitats - Peixes de água doce e dunas são os mais mal conservados da Rede Natura

Último relatório de implementação da Directiva Habitats
Peixes de água doce e dunas são os mais mal conservados da Rede Natura

Lusa

Os peixes de água doce e as dunas apresentam o pior estado de conservação na avaliação dos sítios Rede Natura 2000 do último relatório nacional de implementação da Directiva Habitats (2001-2006), hoje divulgado.

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, à margem da apresentação do relatório, defendeu não constituir "surpresa" o estado de conservação daquelas espécies e daquele habitat: "Os habitats costeiros e os dunares são em todo o mundo os que sofrem mais intervenção humana. Não nos devemos surpreender".

O objectivo daquele relatório é o de avaliar, de seis em seis anos, o resultado da aplicação da directiva, nomeadamente no que respeita ao contributo dos sítios classificados como Rede Natura 2000 na conservação dos habitats naturais e das espécies de flora e fauna. Cerca de "metade dos habitats" avaliados revelaram uma avaliação global "desfavorável e inadequada", explicou Manuela Nunes, do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), entidade responsável pela elaboração do relatório.

Apesar disso, 30 por cento dos habitats tiveram uma avaliação global favorável (habitats rochosos, formações herbáceas, charnecas e matos), assim como quase 80 por cento dos habitats da Macaronésia (região que abarca os Açores e a Madeira). Manuela Nunes defendeu que uma cartografia actualizada da distribuição de habitats no Continente permitiria uma melhor avaliação do seu estado de conservação.

O grupo da flora foi, naquela avaliação, um dos que apresentou mais lacunas ao nível da informação de base, não tendo sido sequer realizada uma avaliação global da flora no Continente. Mas nos Açores e Madeira mais de 40 por cento das espécies da flora tiveram uma avaliação global favorável. "Na fauna, a maior parte das espécies apresentou um estado de conservação desfavorável ou inadequado. Os anfíbios e répteis foram os grupos com maior percentagem de avaliações favoráveis", adiantou aquela responsável do ICNB.

Mas também para a fauna a informação disponibilizada não é muita, assumindo o ICNB que para "algumas" espécies das regiões Mediterrânica e Atlântica o "conhecimento existente não permitiu efectuar a avaliação global". O relatório revela que também o grupo da fauna apresenta lacunas na informação de base, em particular nos invertebrados, morcegos não cavernícolas e vertebrados marinhos. Portugal acaba de enviar o relatório para a Comissão Europeia, cumprindo uma obrigação imposta pela própria directiva Habitats.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Fêmea de tubarão dá à luz por partenogénese

Fêmea de tubarão dá à luz por partenogénese

Artigo publicado no Journal of Fish Biology

Um tubarão fêmea virgem vai dar à luz uma cria, naquele que se assume já como o segundo caso de reprodução de tubarões por partenogénese, anunciam investigadores norte-americanos, num artigo publicado no Journal of Fish Biology.

A reprodução por partenogénese não exige a fecundação por um macho. A situação foi estudada por um biólogo perito em tubarões que provou com um teste de ADN que uma cria que nasceu anteriormente nesta situação não tinha material genético de um pai.

A fêmea virgem que vai dar a luz é da espécie Carcharhinus limbatus, vulgarmente designada por tubarão-de-pontas-negras, e vive há oito anos no aquário de Norfolk Canyon, na Virgínia, noticia o Jornal de Notícias.

Este é já o segundo caso de partenogénese em tubarões, tendo o primeiro acontecido em Maio de 2007 no aquário do zoo de Omaha (Nebraska) com uma fêmea de tubarão-martelo.

Este caso vem mostrar que a partenogénese pode tornar-se mais frequente entre os tubarões «se a densidade da sua população baixar demasiado, fazendo com que as fêmeas tenham mais dificuldade em encontrar machos», explicou o biólogo da Universidade Nova Southeastern, na Florida.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Bióloga portuguesa em organização europeia

Cecília Arraiano eleita
Bióloga portuguesa em organização europeia

A bióloga portuguesa Cecília Arraiano foi eleita esta quarta-feira membro vitalício da Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO).

Cecília Arraiano mostrou-se muito satisfeita com a eleição, considerando que traz “um sabor especial” por ser um reconhecimento internacional da carreira que tem desenvolvido no Instituo de Tecnologia Química e Biologia, na Universidade Nova de Lisboa.

Licenciada em Biologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa e doutorada em Genética pela Universidade da Geórgia, Cecília Arraiano é responsável por um grupo de investigação que estuda o papel da maturação e degradação do ARN (ácido ribonucleico) na regulação da expressão génica.

Cecília Arraiano torna-se o sétimo português a integrar a Organização, que conta entre os seus membros com 45 prémios Nobel.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mais de metade dos habitats em Portugal mal tratados

Perto de 51 por cento dos habitats das regiões biogeográficas de Portugal têm um estado de conservação «desfavorável inadequado», de acordo com o Relatório de Implantação da Directiva Habitats na União Europeia, entre 2001 e 2006, que esteve em consulta pública entre os dias 28 de Julho e 15 de Setembro deste ano. Já no que toca às espécies, 22 por cento estão nas mesma situação de conservação, apesar de ainda existir um grande desconhecimento quanto ao seu estado, uma vez que 36 por cento não foi reportada.

Dentro das regiões biogeográficas abrangidas, a que apresenta maior taxa de conservação «desfavorável inadequada» nos habitats é a região Atlântica, com 63 por cento, seguida da região Mediterrânea, com 56 por cento. A região Macaronésica apresenta 38 por cento dos seus habitats no mesmo estado.

Em situação «desfavorável má» estão 18 por cento dos habitats da zona Macaronésica, 8 por cento da zona Atlântica e 7 por cento da zona Mediterrânica. A região com maior percentagem de habitats com estado de conservação «favorável» é a Marinha Macaronésica, com 75 por cento, seguida da região Macaronésica, com 36 por cento, da Mediterrânica com 31 por cento e da Atlântica com 21 por cento.

De referir que o estado de conservação dos habitats é completamente desconhecido na região Marinha Atlântica. No total, o desconhecimento soma 9 por cento das regiões biogeográficas portuguesas.

22 por cento das espécies em estado desfavorável inadequado

Em relação às espécies, cerca de 22 por cento está num estado de conservação considerado «desfavorável inadequado», enquanto que em relação a 36 por cento das espécies não foram reportadas informações. A região mais favorável é a Macaronésica, com 38 por cento, seguida da marinha Atlântica com 18 por cento, da Atlântica com 6 por cento e da Mediterrânica com 5 por cento.

Em situação «desfavorável má» estão 21 por cento das espécies da macaronésia, 12 por cento da Mediterrânica e 6 por cento da Atlântica. No topo do estado considerado «desfavorável inadequado» está a região Macaronésica, com 30 por cento, seguida da Atlântica, com 29 por cento e da marinha Macaronésica, com 27 por cento. A região mais «desconhecida» é a Marinha Macaronésica, com 69 por cento.

Em termos da categoria habitats, o que apresenta maior nível de conservação é o habitat rochoso, com cerca de 65 por cento de áreas com conservação favorável, enquanto o mais desfavorável são as dunas, com cerca de 75 por cento de áreas com conservação «desfavorável inadequada», e cerca de 25 por cento com conservação «desfavorável má».

Nos grupos de espécies, o que se encontra com maiores problemas são os peixes, com 35 por cento das espécies com conservação «desfavorável inadequada». Os reptéis são o grupo que se encontra em melhor estado de conservação, com cerca de 25 por cento das espécies com estado favorável de conservação. No entanto, o desconhecimento em relação às espécies ainda é grande. Nos mamíferos, por exemplo, essa percentagem ascende a 55 por cento das espécies.

Autor
Sofia Vasconcelos

Museu mais ecológico do mundo inaugurado em São Francisco

A Academia das Ciências da Califórnia inaugurou hoje a nova sede em São Francisco, um edifício revolucionário desenhado pelo arquitecto italiano Renzo Piano onde abriu as suas portas o museu mais ecológico do mundo. "Este museu é um presente para os nossos filhos e para as próximas gerações", disse o arquitecto na cerimónia de abertura. "Uma ferramenta para que a geração se aperceba do problema de que a Terra precisa de ajuda".


Renzo Piano confessou ter-se apaixonado pelo projecto e que passou longas horas sentado no local onde o museu seria construído, no parque Golden Gate, a reflectir sobre a melhor maneira de o incorporar naquele ambiente. O resultado é um elegante edifício de vidro e de telhado ondulado que parece ter crescido de forma natural no terreno do parque, sendo por isso já considerado o museu mais ecológico do mundo.

Na realidade, essa era a intenção do arquitecto. "Levantei o parque Golden Gate, coloquei o edifício por baixo e voltei a por a vegetação em cima", explicou. Todo o telhado do edifício - uma superfície ondulada de 10.000 metros quadrados em homenagem às colinas de São Francisco - está coberto de plantas e flores autóctones.

Esse "tecto vivo" cumpre a função de manter fresco o interior do edifício com os 13 milhões de litros de água usados por ano na rega das plantas e que são em grande parte reutilizados para outros fins no museu. A temperatura é fresca no interior, apesar do calor do exterior e só em poucas zonas do edifício existe ar condicionado.

No telhado de vidro, comportas e cortinas controladas por computadores abrem-se e fecham-se para manter a temperatura adequada dentro do recinto e facilitar a passagem da brisa do Pacífico. A reciclagem foi prioritária no desenho do edifício, sendo por exemplo utilizadas calças "jeans" velhas no isolamento das paredes. Além disso, o museu está rodeado por uma vedação envidraçada em que foram integradas células fotovoltáicas, através das quais o edifício gera 15 por cento da energia eléctrica que consome.


Renzo diz tratar-se de um prémio para as próximas gerações
O vidro é aliás um dos materiais principais da estrutura deste museu, muito luminoso, de onde se pode observar o parque circundante de quase todo os cantos. Este novo museu de história natural, orçado em quase 500 milhões de dólares, foi desenhado para responder a perguntas como "como evoluiu a vida?" ou "como sobreviveremos?" e apresenta exposições sobre os efeitos das alterações climáticas e a evolução das espécies em Madagáscar e nas ilhas Galápagos.

Descoberto mecanismo da formação de metásteses no pulmão

Cientistas japoneses descobriram o mecanismo que leva um tumor primário a gerar metástases no pulmão, indica um estudo hoje publicado pela revista científica britânica Nature Cell Biology.

O tumor primário prepara o pulmão para a sua invasão através de quemoquinas, substâncias inflamatórias que invadem o tecido pulmonar e guiam a migração das células cancerígenas para esse órgão, onde se agrupam em metástases.



Além disso, a equipa de investigadores japoneses da Tokyo Women's Medical University School of Medicine descobriu que os tumores primários também fazem com que as células do pulmão produzam um factor químico adicional, o serum amilóide A3 (SAA3).

Este factor acelera o recrutamento de células tumorais primárias ao activar os genes implicados na inflamação e ao estimular a produção de quemoquinas.

Numa experiência com ratinhos de laboratório, os investigadores conseguiram reduzir "significativamente" as metástases do pulmão através do bloqueio do SAA3 e dos seus receptores.

Neste sentido, consideraram que a descoberta poderá contribuir para o desenvolvimento de fármacos que impeçam a expansão do cancro.

Por outro lado, acrescentaram, abre pistas para entender como é que as células cancerígenas podem estabelecer novos tumores em lugares distantes do tumor inicial.

SAVE MIGUEL!!!!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Portugal vai ser pioneiro a nível mundial no aproveitamento da energia das ondas


"Portugal é, a partir de hoje, o primeiro país do mundo a produzir, a sério, electricidade a partir das ondas. Há muitos protótipos em teste em vários pontos do globo. Mas o parque das ondas da Aguçadoura, que é hoje inaugurado ao largo da Póvoa do Varzim, é pioneiro na produção eléctrica numa escala pré-comercial, a partir de equipamentos produzidos industrialmente.


São três máquinas com tecnologia britânica, que oscilarão ao sabor das ondas, gerando electricidade que o fabricante diz ser suficiente para alimentar 1500 habitações (ver infografia na página ao lado).

O projecto da Aguçadoura arranca com uma pequena capacidade - 2,25 megawatts (MW), equivalente à de um único aerogerador de um parque eólico. É uma migalha no bolo energético nacional.

Mas sair na frente pode ser decisivo para o país. "É claramente um projecto pioneiro", afirma António Sarmento, do Centro de Energia das Ondas, uma associação privada que estuda e promove esta forma alternativa de produzir electricidade."

Tipo de Fonte: Jornal On-line
+ Info: Público

quinta-feira, 19 de junho de 2008

“Desafios na Conservação das Zonas Marinhas – Que Futuro?”

Liga para a Protecção da Natureza

Seminário: “Desafios na Conservação das Zonas Marinhas – Que Futuro?”

1 de Julho, pelas 14:15h, no Auditório da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, em Lisboa

Será uma oportunidade para abordar problemas ambientais, como a depleção dos recursos marinhos, a poluição e os desafios de uma gestão sustentável. Tendo em conta que Portugal é um dos países da União Europeia com a maior Zona Económica Exclusiva, este privilégio deve ser aproveitado, maximizando a sua conservação e implementando uma estratégio que optimize o desenvolvimento sustentado.

A esta iniciativa, integrada na celebração dos 60 anos da Liga para a Protecção da Natureza, seguir-se-á o lançamento da Publicação “60 anos pela Natureza em Portugal”.

A participação no Seminário é gratuita, mas dado que o número de participantes é limitado pela capacidade do auditório, solicitamos a sua inscrição prévia, até às 14h do dia 30 de Junho, para o e-mail lpn.natureza@lpn.pt.

Programa Detalhado

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Comece já hoje a juntar as suas rolhas de cortiça!

Reciclagem de rolhas de cortiça

A partir de dia 22 de Abril (Dia da Terra) será iniciada a recolha nos restaurantes.

No Dia 5 de Junho (Dia Mundial do Ambiente) já poderá colocar as suas rolhas nos "Rolhinhas" dos Hipermercados Continente

Posteriormente iremos alargar a outros locais.

Programa de Reciclagem de Rolhas de Cortiça

Assiste-se, actualmente, a uma grande pressão sobre as rolhas de cortiça, produto vital na cadeia de valor acrescentado que beneficia as comunidades rurais e que garante igualmente a sustentabilidade económica de todas as aplicações de cortiça. Esta pressão provém de produtos alternativos (vedantes sintéticos e cápsulas de alumínio), que são derivados do petróleo e do alumínio, indústrias ambientalmente nocivas.

Há, pois, que defender a rolha de cortiça como produto que garantiu e deverá continuar a garantir a manutenção do montado de sobreiros, um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade do continente europeu e que se estima absorver, por ano, 4,8 milhões de toneladas de CO2, um dos principais gases causadores do efeito estufa e do consequente aquecimento global. Como a cortiça é a própria casca da árvore, também retém CO2 e ao ser reciclada, evitam-se emissões deste gás para a atmosfera, contrariamente ao que acontece quando se decompõe ou é incinerada.

O GREEN CORK é um Programa de Reciclagem de Rolhas de Cortiça desenvolvido pela Quercus, em parceria com a Corticeira Amorim, a Modelo/Continente e a Biological. Tem como objectivo não só a transformação das rolhas usadas noutros produtos, mas, também, com o seu esforço de reciclagem, permitir o financiamento de parte do Programa "CRIAR BOSQUES, CONSERVAR A BIODIVERSIDADE", que utilizará exclusivamente árvores que constituem a nossa floresta autóctone, entre os quais o Sobreiro, Quercus suber.

O projecto foi construído tendo por base a utilização de circuitos de distribuição já existentes, o que permite obtermos um sistema de recolha sem custos adicionais, que possibilita que todas as verbas sejam destinadas à plantação de árvores. Tudo isto sem aumentar as emissões de CO2!

As rolhas de cortiça recicladas nunca são utilizadas para produzir novas rolhas, mas têm muitas outras aplicações, que vão desde a indústria automóvel, à construção civil ou aeroespacial.

A internacionalização do projecto está já a ser negociada. Em breve, as rolhas usadas de outros países europeus começarão a ser recicladas em Portugal, dentro de um esquema montado a partir daqui, resultando num contributo adicional para o esforço de reflorestações e conservação de florestas autóctones portuguesas. Este exemplo único de exploração de uma floresta autóctone, que conseguiu ao longo dos tempos conciliar criação de riqueza, serviço ambiental e impacto social positivo, irá agora completar este ciclo, renovando a própria floresta que esteve na sua origem.



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terça-feira, 22 de abril de 2008

Cientistas prevêem subida de mais de um metro do nível do mar até ao final do século

Jornal on-line

"O nível médio do mar pode subir 1,5 metros até ao final deste século. A estimativa vem de Inglaterra e foi feita pelo Laboratório Oceanográfico de Proudman com base num novo modelo. O valor é três vezes superior ao do Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC) e, se estiver correcto, pode desalojar dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo. O estudo foi apresentado ontem na conferência da União de Geociências Europeia, em Viena.


O nível médio do mar subiu dois centímetros no século XVIII, seis centímetros no século XIX e 19 centímetros no século XX, a informação foi adiantada por Svetlana Jevrejeva, investigadora no Laboratório inglês. Segundo a cientista, o novo modelo aplicado permitiu uma reconstrução cuidada do nível médio das águas dos últimos 2000 anos."

DIA MUNDIAL DO LIVRO - TERREIRO DO PAÇO

DE 23 A 27 DE ABRIL


Para celebrar o Dia Mundial do Livro ( e englobando nas datas o 25 de Abril e no Domingo dia 27, o Terreiro do Paço Sem Carros) será instalada uma Tenda de 200m2 no Terreiro do Paço para uma Feira do Livro.


A preços que serão praticados apenas nestes quatro dias, serão disponibilizados dezenas de milhares de livros desde 1 € de todas as temáticas e de diversas editoras.


Estará também uma oferta de livros do Plano Nacional de Leitura com descontos de Feira.


HORÁRIO


Dias 23, a 26/ 4 - 12HOO – 20H00

Dias 27/04 - 10HOO – 20H00

Apoio: Câmara Municipal de Lisboa

Org: Sodilivros

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Novo bastonário da Ordem dos Biólogos é da Madeira

António Domingos Abreu é o novo Bastonário da Ordem dos Biólogos. O biólogo madeirense toma posse hoje, pelas 17h30, na Sala Polivalente do Fórum Tecnológico do Lispolis, em Telheira, Lisboa.


No dia em que toma posse, Domingos Abreu, aponta para o facto de a Ordem dos Biólogos não compreender "como é que um país como Portugal prescinde do envolvimento e das capacidades das suas organizações públicas profissionais na definição dos modelos de gestão pública dos interesses nacionais nas áreas em que estas, enquanto entidades públicas, por definição, devem estar

envolvidas", dando como exemplo a definição da política nacional em sede da conservação da natureza e biodiversidade.

"No ordenamento do território e na conservação da natureza, grassa um clima de conflito permanente que afasta não só os promotores e os investimentos como também atemoriza os próprios eleitos, algumas vezes reféns de caprichos de análise subjectiva e variável conforme a pluma técnica que a realiza. Isto não é sadio nem contribui para uma boa governança nem para o desenvolvimento do país", afirma.

sábado, 29 de março de 2008

Valor Ambiente prepara venda de composto

Entre 2005 e 2007, a instalação de compostagem de resíduos sólidos urbanos, localizada a Região Autónoma da Madeira, produziu cerca de 1437 toneladas de composto. A Valor Ambiente – Gestão e Administração de Resíduos da Madeira, responsável pela gestão da unidade, prepara-se para comercializar todo o composto produzido, adiantou a empresa ao AmbienteOnline.

«O início da comercialização do composto orgânico deverá ocorrer até ao final do ano, tendo em consideração que está a ser ultimado o processo de obtenção de licença para a sua comercialização», frisa fonte da empresa, que está, no entanto, expectante quanto à quantidade de material que conseguirá vender. «Apesar da adesão positiva por parte dos consumidores ao composto, é difícil prever a quantidade que será comercializada uma vez que este passará a ser cobrado», ao contrário do que tem sucedido até à data, refere fonte da empresa.

De qualquer modo, adianta, foram já realizados os testes necessários à verificação da respectiva qualidade para se avançar com o processo. Desde 2005, altura em que a unidade entrou em operação, depois de ter sido realizado um investimento da ordem dos 16,5 milhões de euros, o composto produzido tem sido utilizado para a correcção de solos na agricultura ou silvicultura. A Valor Ambiente vai apostar, este ano, na divulgação da qualidade do composto e das vantagens da sua aplicação como correctivo orgânico dos solos.

Tânia Nascimento

Exposição - Anfibios de Portugal, rãs e companhia

II Jornadas de Biologia da Conservação

Decorrem, a 5 e 6 de Abril, as II Jornadas de Biologia da Conservação, em Macedo de Cavaleiros.

Através destas jornadas, a ALDEIA "pretende reunir especialistas portugueses e estrangeiros e todos os interessados nesta temática, para fomentar a partilha de informação e conhecimentos, lançando novas metas e propostas de trabalho futuro".
Em cima da mesa estarão temas como "Espécies ameaçadas do Nordeste - Planos de acção e recuperação", "O Abutre do Egipto: Bases Ecológicas para a gestão e conservação de uma espécie ameaçada", "Estabelecimento de acordos de colaboração para espécies ameaçadas. O Lince-ibérico como exemplo de gestão", "Conservação da Águia de Bonelli: O projecto Life no sul de Portugal", "Compatibilização da Caça e Conservação" e "Recuperação das populações de Coelho-bravo na Peninsula Ibérica".

Contactos:
Telem: 96.419.88.56 e 96.225.58.27
Email: aldeia.eventos@gmail.com

Congresso "Água: desafios de hoje, exigências de amanhã"

A Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos organiza, nos dias 2 a 4 de Abril, o 9º congresso da Água, com o tema "Água: desafios de hoje, exigências de amanhã", no Centro de Congressos do Estoril.

"Nunca, como no início deste século XXI, a humanidade teve tanta consciência da escassez de água, da degradação da qualidade do ambiente e dos riscos que estão associados às, já inquestionáveis, alterações climáticas. É hoje aceite que existe uma crise mundial da água", segundo os organizadores.

O congresso inclui quatro mesas redondas: Requalificação Fluvial em Ambiente Urbano (Maria da Graça Saraiva como moderadora), Evolução das Cidades e Serviços da Água (Luisa Schmidt), Gestão da Água em Portugal no Novo Quadro Institucional (António Brito) e Água e Alterações Climáticas (Luís Veiga da Cunha)

Durante o congresso haverá uma exposição de equipamentos, produtos e serviços relacionados com a água. A Câmara Municipal de Cascais dará a conhecer o Sistema Centralizado de Gestão de Rega da Quinta da Alagoa, em Carcavelos. Este sistema permite que a correcção das dotações de rega seja feita diariamente e sem intervenção humana. O sistema "só irá regar quando a tecnologia detectar o momento em que exista essa necessidade, permitindo uma poupança substancial da água utilizada para rega", segundo a autarquia que não põe de parte usar o sistema em outras zonas do concelho.

Está prevista uma visita técnica à ETAR (estação de tratamento de águas residuais) da Guia.

Contactos:

Telef: 21.844.34.28

Fax: 21.844.30.17

Email: aprh@aprh.pt

Oficina “As plantas do Lagartagis”

O Lagartagis promove, nos dias 29 e 30 de Março, a oficina "As Plantas do Lagartagis", no Jardim Botânico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, na Rua da Escola Politécnica.

"Com o início da Primavera as borboletas começam a acordar e vão aparecendo mais espécies a voar no Lagartagis!

As plantas são o ponto de partida na vida destes insectos. Todos os dias, é preciso flores bonitas para as borboletas se alimentarem, e para as lagartas folhas e caules saudáveis em grandes quantidades", explicam os organizadores.

Haverá uma visita guiada ao Lagartagis e depois serão contadas "curiosidades sobre as plantas hospedeiras das borboletas e como propagá-las numa oficina práctica de jardinagem para borboletas".



Contactos:

Telef: 21.396.53.88

Email: info@tagis.org

Acção de formação "Faça Agricultura Biológica no seu Quintal"

O núcleo da Quercus de Braga organiza a acção de formação "Faça Agricultura Biológica no seu Quintal", em cinco sessões, na Quinta Pedagógica de Real. A primeira começa já a 29 de Março.

As sessões realizam-se a 29 de Março, 5 de Abril, 12 de Abril, 24 de Maio e 28 de Junho, das 14h30 às 17h30.

"A Agricultura Biológica é um modo de produção amigo do ambiente e da saúde do consumidor. Contudo, para obter produtos de boa qualidade é necessário conhecer um conjunto de técnicas que permitem melhorar o solo, controlar as pragas e as doenças e promover a sustentabilidade, sem recorrer ao uso de produtos químicos", explicam os organizadores.



Contactos:

Telef: 253.276.412 (só às quintas à partir das 21h00)

Telem: 93.846.43.78 (Ana Cristina Costa).

Email: braga@quercus.pt

"Sábado aromático - agricultura, gastronomia e ambiente"

O núcleo da Quercus do Porto organiza, a 12 de Abril, o "Sábado aromático - agricultura, gastronomia e ambiente" na quinta Cantinho das Aromáticas, Vila Nova de Gaia.

Neste sábado, a partir das 10h00, vai-se falar "sobre agricultura biológica, transgénicos, soluções agro-ecológicas e outros assuntos relacionados". Os convidados são Margarida Silva, da Plataforma Transgénicos Fora, André Silva, da Soluções Agro-Ecológicas, e Luís Alves, da Cantinho das Aromáticas.

Além disso vão-se "provar, sentir, cheirar e ver diversas plantas aromáticas", segundo os organizadores.

O Cantinho das Aromáticas é uma pequena empresa agrícola fundada em 2002, cuja "principal vocação é produzir e comercializar plantas aromáticas, medicinais, condimentares, bem como outras espécies espontâneas da Flora Ibérica, aliando os princípios da agricultura biológica aos métodos de produção".



Contactos:

Telef: 22.201.10.65

Telem: 93.162.02.12

Email: porto@quercus.pt

Comissão Europeia cria o Fundo para a Eficiência Energética e Energias Renováveis

PÚBLICO

A Comissão Europeia lançou hoje um novo instrumento financeiro, o Fundo Mundial para a Eficiência Energética e Energias Renováveis para ajudar os países mais pobres. Para começar, a União Europeia vai investir, nos próximos quatro anos, 80 milhões de euros.

O objectivo é “mobilizar investimentos privados em projectos de pequena dimensão relacionados com a eficiência energética e as energias renováveis nos países em desenvolvimento e nas economias em transição”, explica a Comissão em comunicado.

Bruxelas lembra que os promotores de energias renováveis ou de projectos de eficiência energética ainda enfrentam “dificuldades significativas” para encontrar financiamento. O fundo - que vai investir em sub-fundos regionais em África, nas Caraíbas, Pacífico Europa de Leste, América Latina e Ásia - quer ajudar a ultrapassar as barreiras ao investimento ao fornecer novas possibilidades de co-financiamento.

“Será dada atenção aos investimentos inferiores a dez milhões de euros, porque são estes os mais ignorados pelos investidores comerciais e instituições financeiras internacionais”.

Hoje, vários Estados membros da União Europeia e da Área Económica Europeia mostraram interesse em participar no fundo.

A Comissão espera que, com este fundo, se consiga acelerar a transferência e desenvolvimento de tecnologias que ajudem a fornecer energia às regiões mais pobres do planeta.

“Este fundo pode promover os investimentos privados e tornar-se numa verdadeira fonte de desenvolvimento sustentável, especialmente em África”, dizem os comissários do Ambiente, Stavros Dimas, e da Ajuda Humanitária, Louis Michel.

A iniciativa está a ser implementada com o apoio do Banco Europeu de Investimento.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Golfinho salva baleias encalhadas na Nova Zelândia

(Associated Press, em Wellington (Nova Zelândia)

Moko, um golfinho que costuma nadar com humanos em uma praia de Nova Zelândia, ajudou duas baleias que estavam encalhadas em um banco de areia a escaparem da morte. Segundo afirmaram testemunhas nesta quarta-feira, o golfinho teria guiado as baleias para um local seguro no mar, longe de onde elas tinham encalhado.

A ação do golfinho surpreendeu as pessoas no local e também especialistas, que afirmaram que esta é mais uma evidência de que os golfinhos são amigáveis por natureza.

Vincent Yu/AP
Especialistas afirmam que golfinhos são amigáveis por natureza
Especialistas afirmam que golfinhos são amigáveis por natureza

As duas baleias --uma espécie de cachalotes-- eram uma mãe e seu filhote e foram encontradas em Mahia Beach, a cerca de 500 km da capital Wellington, na manhã de segunda-feira (10), disse Malcolm Smith, do Departamento de Conservação.

Segundo ele, a equipe de resgate tentava por mais de uma hora fazer com que as baleias voltassem para a água, mas por quatro vezes elas ficaram encalhadas em um banco de areia.

"Elas continuavam desorientadas e se encalhavam de novo", disse Smith, que fez parte da equipe de resgate. "As baleias não conseguiam passar o banco de areia para encontrar o caminho de volta para o mar".

Segundo conta Smith, o golfinho Moko então se aproximou das baleias e as guiou por cerca de 200 metros por um canal, levando-as para o mar aberto.

"Moko simplesmente veio 'voando' pela água e levou as baleias de volta", disse Juanita Symes, que também ajudava nos trabalhos de resgate das baleias. "Ele mostrou a elas por onde ir. Foi uma experiência incrível. O melhor dia da minha vida", disse.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Quercus entrega mega-postal ao Governo para pedir fim das lâmpadas incandescentes em 2011

Lusa

A Quercus entregou hoje um postal com quatro metros ao Ministério da Economia e Inovação a pedir que sejam banidas em 2011 as lâmpadas incandescentes, por serem pouco eficientes face a alternativas como as lâmpadas economizadoras.

"Apesar de uma lâmpada fluorescente compacta ter um custo superior ao das lâmpadas incandescentes, a longo prazo é um investimento que compensa porque existe uma redução no consumo de electricidade de cerca de 80 por cento e porque tem um tempo de vida dez vezes superior", disse Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus.

Segundo Francisco Ferreira, "as lâmpadas incandescentes são as que têm maior prevalência na utilização doméstica", vendendo-se no país cerca de 30 milhões de lâmpadas.

A Quercus lembra que outros países já decidiram o fim das lâmpadas incandescentes, como a Irlanda, Reino Unido, Itália e Austrália. Esta medida significa "a poupança de 1400 megawatts (MWh) por ano, ou seja, três por cento do consumo de electricidade, e mais de 680 mil toneladas de redução nas emissões de dióxido de carbono por ano".

Para a associação, esta proposta é "uma alternativa mais eficiente do que a taxa ambiental" que vai ser aplicada sobre as lâmpadas incandescentes a partir de dia 1 de Março.

O fim da venda de lâmpadas incandescentes em 2011 pode representar, em 2020, a poupança de cerca de 25 por cento do consumo de electricidade.

"Os 41 cêntimos cobrados por lâmpada vão representar 12 milhões de euros para o Estado aplicar em medidas de eficiência energética e para o Fundo de Carbono - destinado a pagar o excesso de emissões de gases de efeito de estufa para cumprimento do Protocolo de Quioto - enquanto que a substituição por lâmpadas económicas proposta pela Quercus representa uma poupança para o Estado de 13 milhões de euros por ano", explicou a associação ambiental.

Em emissões de gases de efeito de estufa representa seis milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, ou dez por cento do ano base do cumprimento do Protocolo de Quioto.

A Quercus alerta, contudo, para alguns cuidados a ter com as lâmpadas economizadoras por conterem mercúrio: quando se fundem devem ser entregues na loja onde foram compradas ou num ecocentro em vez de serem colocadas no lixo, no caso de se partirem, deve abrir-se uma janela durante 15 minutos, devendo os resíduos ser apanhados com luvas de borracha e toalhas de papel e colocados num saco, lavando as mãos no fim do processo.

No entanto, "não constitui perigo para a saúde pública, pois a concentração de mercúrio em cada lâmpada é tão baixa que teriam que se partir várias lâmpadas em simultâneo para poder haver perigo para a saúde no curto prazo", explicou a associação ambiental.

A acção da Quercus surge na véspera de um apagão de cinco minutos, previsto para pouco antes das 20h00 de amanhã, que está a ser divulgado pela Internet e por sms em vários países.

Francisco Ferreira aprova o efeito de alerta desta iniciativa, mas deixa o apelo. "Amanhã, mais do que participar no apagão, que apenas fará poupar electricidade durante cinco minutos, troque uma lâmpada incandescente por uma lâmpada fluorescente."

GNR fiscaliza pesca ilegal de meixão no rio Sado e apreende pescado

Lusa

A GNR fiscalizou ontem a pesca ilegal de meixão (pequenas enguias) no rio Sado, apreendendo 1,5 quilos daqueles peixes e uma dezena de redes com malha inferior à permitida por lei, foi hoje anunciado.

Segundo a GNR, a acção de fiscalização envolveu militares do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) dos destacamentos de Grândola e de Santiago do Cacém.

A operação decorreu, entre as 07h00 e as 15h00, no troço do rio Sado entre as localidades de Alcácer do Sal e Vale do Guiso.

Os militares apreenderam uma dezena de redes de pesca com malha inferior à permitida por lei, assim como 1,5 quilos de meixão, 3,5 quilos de peixe de diversas espécies, cordas para suporte das redes, bóias de sinalização e uma âncora.

Todo o pescado apreendido, acrescenta a GNR, na sua página na Internet, foi devolvido ao seu habitat natural.

Seminário "Wildlife Conservation and Management in a Changing Climate" (6 Março)


Organização: Ciclo de Seminários DEF / CEABN

Data: 6 de Março / 13h00 - 14h00

Orador: David Klein (Professor Emeritus, University of Fairbanks, Alaska, USA)

Local: Auditório do Departamento de Engenharia Florestal

Mais informações:
Instituto Superior de Agronomia
DEF/CEABN
Tel: 21 365 31 00
Fax: 21 365 32 38
E-mail: ceabn@isa.utl.pt

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A utilização de culturas para a fauna na gestão de vertebrados terrestres

A gestão do habitat de espécies animais de elevada importância de conservação e económica, é um instrumento fundamental de ordenamento. Nesta apresentação das culturas para a fauna, encontrará um conjunto de medidas e sugestões práticas importantes.

Luís Miguel Reino

Uma gestão activa da fauna é frequentemente necessária para o fomento e conservação de muitas populações animais. A utilização de culturas para a fauna, que visem precisamente o incremento de espécies-alvo através de melhoria do habitat, tem sido uma prática frequentemente utilizada em muitos países. Todavia, os efeitos reais destas medidas de gestão na demografia e ecologia das populações são muitas vezes pouco conhecidos, ainda que seja normalmente aceite que a utilização deste tipo de medidas é largamente benéfica para a fauna em geral e para a actividade cinegética em particular, a qual é normalmente quem proporciona o incentivo económico para a implementação deste tipo de acções de ordenamento.
A instalação de culturas para a fauna pretende ser uma medida de gestão e de manipulação do habitat com vista à melhoria das seguintes características:

i) harmonização dos diferentes usos do solo com os requisitos ecológicos das espécies que se pretende gerir;

ii) aumento da qualidade e quantidade dos recursos de abrigo e alimento;

iii) melhoria do habitat de reprodução, com o objectivo de aumentar a densidade de casais reprodutores, a natalidade e o êxito reprodutor.

Por exemplo, ao nível da disponibilidade alimentar as culturas para a fauna actuam normalmente de duas maneiras distintas:

- Fornecendo directamente alimento através das partes verdes, grãos, frutos, raízes e sementes nas épocas mais críticas do ano que, no caso dos ecossistemas mediterrânicos, são sobretudo a Primavera e o Verão.

- Proporcionando indirectamente alimento através dos invertebrados (sobretudo para a alimentação dos juvenis) e plantas infestantes associadas às culturas.
Regras básicas para instalação das parcelas

A superfície a ocupar pelas culturas para a fauna é variável. Por exemplo, para a perdiz-vermelha Alectoris rufa, a área a ocupar pelas culturas para a fauna pode ir até aos 20% da área total gerida. Deverá proporcionar recursos adicionais às espécies que se pretendem gerir, recursos esses que são limitantes.

A sua repartição é fundamental e, porventura, mais importante que a sua área total. Sempre que possível, as culturas para a fauna devem ser rectangulares ou lineares por forma, a maximizar o efeito de orla entre diferentes meios (na orla os animais têm acesso a recursos disponíveis nos diferentes meios que esta separa), devendo também ser intercaladas. A largura das parcelas não deve exceder os 100 metros para os ungulados e os 50 m para as aves e os demais mamíferos. Regra geral, quanto menor for a dimensão da espécie a gerir, mais estreitas devem ser as parcelas de culturas. A forma como são dispostas no terreno também deve ter em consideração a densidade e o tamanho médio dos territórios.

Tendo em conta a utilidade que podem constituir, por exemplo, para as espécies cinegéticas, aconselha-se a utilização de diferentes culturas, por forma a fornecerem diferentes tipos de recursos durante o ciclo anual, uma vez que a cultura de uma única espécie dificilmente pode facultar alimento e diferentes tipos de coberto durante todo o ano.
As culturas para a fauna podem ser instaladas de diversas maneiras, dependendo da zona e espécie(s) animal a considerar. Destacamos as seguintes formas ou meios de instalação:

i) manchas: por exemplo através da constituição de parcelas, devidamente espaçadas;

ii) meios lineares: utilizando-se para o efeito, caminhos, estradas, orlas, etc.

De uma forma geral, a escolha das culturas a utilizar deve obedecer às seguintes regras básicas:

i) dever-se-á, em primeiro lugar, estabelecer as insuficiências de recursos alimentares e de abrigo da área e espécie(s) a beneficiar, analisando em que medida as culturas a utilizar podem colmatar essas insuficiências;

ii) as plantas a utilizar deverão estar bem adaptadas às condições ambientais do local de instalação;
iii) deve ser sempre ponderada qual a melhor forma de instalação: por exemplo, se através de parcelas distribuídas ao longo de toda a área; se na forma de meios lineares (e.g., utilizando faixas ao longo de caminhos, estradas, ecótonos, etc.);

iv) deve-se ponderar a possibilidade de utilização de misturas de diferentes espécies, as quais se poderão revelar mais interessantes do que as culturas monoespecíficas;

v) se os coelhos ou outros herbívoros que não sejam objecto prioritário de gestão forem muito abundantes, devem ser eliminadas as culturas mais apreciadas por estes ou, em alternativa, proteger as parcelas a instalar.

Pensamos que a utilização de culturas para a fauna pode ser um instrumento importante de ordenamento em meios florestais e agro-florestais. Estes sistemas caracterizam-se muitas vezes por apresentarem baixas disponibilidades alimentares e um deficiente coberto herbáceo para a nidificação das aves que criam no solo, tornando-os pouco atractivos para espécies com elevado valor económico como a perdiz-vermelha.
Deste modo, a implementação de parcelas com culturas para a fauna poderá contribuir para uma gestão mais adequada da fauna bravia, podendo a sua utilização ser aplicada em espécies de elevado valor de conservação, como por exemplo as espécies de aves estepárias (como a abetarda e o sisão), e a espécies cinegéticas de elevado valor económico (como a perdiz-vermelha e o veado)

Responsável de projectos na área da ecologia

Bio3

Descrição da empresa
A Bio3 é uma empresa de consultoria, investigação e sistemas de informação em biologia. Para mais informações, consulte por favor o site www.bio3.pt.

Descrição da função
-Responsável de projectos na área da ecologia

Requisitos de candidatura
-Licenciado em Biologia, Ecologia, Eng.ª Florestal, Eng.ª Biofísica ou Eng.ª do Ambiente
-Experiência igual ou superior a 3 anos em Avaliação de Impacte Ambiental
-Conhecimentos na área de ecologia
-Conhecimentos de SIG e conceitos de cartografia
-Carta de condução
-Disponibilidade para deslocações frequentes em todo o país
-Não serão consideradas as candidaturas que não preencham os requisitos mencionados.

Perfil do candidato
-Disponibilidade para iniciar actividade profissional na Bio3 já no início de Abril.
-Ser responsável e organizado
-Possuir espírito de equipa

Oferta
-Sistema de recompensa total (salário e programas de benefícios e de desenvolvimento profissional)
-Integração na empresa nacional de referência do sector

Elementos necessários à candidatura
-Curriculum Vitae
-Carta de motivação
-Carta de recomendação

Prazos de candidatura
-15 de Março
-Resposta por e-mail para candidaturas@bio3.pt

Grupo energético alemão alerta para risco de cortes de electricidade na Europa este Verão

AFP, PÚBLICO

A Europa poderá sofrer este Verão cortes de electricidade com a duração de vários dias devido à insuficiência das centrais eléctricas, alertou hoje o grupo energético alemão RWE, horas depois do “apagão” afectou quatro milhões de pessoas na Florida, no Sul dos EUA.

“A electricidade torna-se rara na Europa. Chegámos a um ponto em que basta uma combinação de um Verão quente e seco com a suspensão das centrais, por razões de manutenção, para que o abastecimento esteja ameaçado”, disse Jürgen Grossmann, presidente da RWE ao jornal diário “Bild”.

Um Verão quente faz baixar o nível dos cursos de água e pode forçar as centrais a parar, devido à falta de alimentação para os seus sistemas de arrefecimento. A isto junta-se o crescente consumo dos sistemas de aclimatização.

“Os políticos e os cidadãos devem abandonar a sua resistência contra a construção de novas centrais, sem as quais a penúria será mais sentida”, disse Grossmann.

Na Florida, a central nuclear de Turkey Point já está a funcionar, depois de ter parado devido a uma falha eléctrica.

No final de Janeiro, a agência Associated Press analisou os 104 reactores nucleares nos Estados Unidos e concluiu que 24 estão em zonas com graves problemas de seca, o que poderá pôr em risco o seu funcionamento.

Maior eficiência energética poderá evitar a emissão de 700 mil toneladas de dióxido de carbono

Lusa

A prática de hábitos mais eficientes na utilização da energia eléctrica poderá evitar a emissão para a atmosfera de 700 mil toneladas de dióxido de carbono por ano a partir do território nacional, conclui um estudo de eficiência energética realizado pela Union Fenosa.

Para se atingir esse valor o estudo defende a utilização de lâmpadas de baixo consumo e o uso de panelas de pressão em alternativa às panelas tradicionais. Os casais mais novos e sem filhos, ou com filhos com idades inferiores aos 10 anos, são os que mais se preocupam com a eficiência na utilização da electricidade e na redução do consumo energético de aparelhos domésticos.

A Union Fenosa realizou este estudo a pedido da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica.

Lisboa e Vila Real são os distritos que apresentam lares mais eficientes (6,2 pontos, num máximo de 10) e Leiria é o que tem lares menos eficientes com uma pontuação de 5,6 pontos, abaixo da média nacional, que é de seis pontos.

A Union Fenosa elaborou este índice com base em 1800 entrevistas telefónicas nos 18 distritos de Portugal continental.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

RTPN estreia programa de debate sobre Ambiente em parceria com a Gulbenkian

Lusa

A RTPN vai estrear, no final do mês, um programa de debate e reportagem, denominado "Futuro Comum", que pretende alertar a opinião pública para a dimensão e urgência da crise global do ambiente.

Este novo programa, que resulta de uma parceria celebrada hoje entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a RTPN, vai abordar diferentes temas relacionados com o ambiente. O primeiro episódio será dedicado às alterações climáticas e aos seus principais impactos físicos.

O nome escolhido, "Futuro Comum", é "uma homenagem ao Relatório Brundtland e insere-se no âmbito do bem público e do serviço público", explicou Viriato Soromenho-Marques, coordenador do Programa Gulbenkian Ambiente, e que será presença permanente no debate.

"O programa consiste essencialmente em debate, mas também tem uma pequena reportagem inicial de cinco minutos sobre o tema. Em estúdio vão estar ainda a apresentadora, Fernanda Freitas, e mais dois convidados", explicou aquele responsável.

A organização pretende sensibilizar a opinião pública para a crise global do ambiente, fornecer informações rigorosas e actualizadas sobre o assunto, recorrendo aos melhores especialistas, e ilustrar diferentes tipos de resposta, de escala e natureza diversas, nomeadamente iniciativas financiadas pela Gulbenkian.

Programa com cenografia virtual
“O programa será feito em cenografia virtual, o que constitui por si só um contributo para o ambiente, uma vez que não há desgaste de materiais", sublinhou o director da RTPN, José Alberto Lemos.

Quanto aos outros temas, estão já em preparação "energia em Portugal: situação e perspectivas", "transportes de desenvolvimento sustentável", “alterações climáticas e saúde pública", "mar e biodiversidade marinha", “biodiversidade e áreas protegidas", "agricultura e solos", "o impacte ambiental das cidades", "florestas, incêndios e ordenamento do território", "resíduos, crescimento e consumo", "água e qualidade de vida" e "crise ambiental e sua representação pelos meios de comunicação social".

Para Guilherme Costa, da administração da RTP, este programa representa um "duplo compromisso" do canal - tratar temas de interesse público e cidadania, formando e informando as pessoas sobre questões climáticas e crise ambiental, e continuar a celebração de parcerias que acrescentam valor à programação.

José Alberto Lemos, director do canal, destacou a possibilidade da pareceria com a Gulbenkian se poder prolongar para além de 2008 e manifestou abertura para acordos do género com outras instituições "que tragam prestígio e cujos objectivos se coadunem com os da RTPN".

"Futuro comum" é um programa mensal de 50 minutos, exibido na última quarta-feira de cada mês, após as 23h00, e com estreia marcada para dia 27 de Fevereiro.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Portugal começa a tratar resíduos industriais perigosos na Chamusca em Junho

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Foto: PÚBLICO (Arquivo)

Os dois CIRVER (Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos) vão ser inaugurados a 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente, na Chamusca.

Cada um dos centros vai tratar entre 80 mil a 150 mil toneladas de resíduos industriais por ano, embora a capacidade máxima de cada complexo ultrapasse as 200 mil toneladas.

"As obras vão estar concluídas em Março. Depois falta o licenciamento [da Agência Portuguesa para o Ambiente], que deve demorar cerca de um mês, e vamos inaugurar no início de Junho", afirmou Frederico Macedo Santos da Ecodeal, consórcio que detém um dos dois centros.

Além de um aterro, cada centro vai ter unidades de descontaminação de solos, de solidificação-estabilização, de classificação e transferência (onde são analisados os resíduos que chegam e encaminhados para os vários tratamentos), de tratamento de embalagens (que contêm os resíduos), tratamento físico-químico orgânico e inorgânico, tratamento biológico, de evapo-oxidação, de desidratação de lamas e de tratamento de óleos usados.

Perto de Constância, o Ecoparque da Chamusca alberga já o aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos da RESITEJO e o aterro de resíduos industriais banais de Santarém (RIBTEJO).

O concurso dos CIRVER foi lançado em Junho de 2004, tendo-se candidatado nove concorrentes dos quais oito propuseram construir centros de tratamento na Chamusca.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Governo alarga duas Zonas de Protecção Especial no Alentejo

O Governo alargou as Zonas de Protecção Especial (ZPE) de Castro Verde para compensar a construção da Auto-estrada do Sul (A2) que a atravessa, e de Moura/Mourão/Barrancos, para repor hectares desafectados e criar uma nova zona.

O diploma que alarga as duas ZPE alentejanas foi aprovado, quinta-feira, em Conselho de Ministros, uma semana após a Comissão Europeia ter decidido enviar uma advertência final a Portugal para alterar as medidas negativas que afectaram aquelas áreas.

O executivo comunitário preparava-se para pedir a aplicação de uma sanção pecuniária ao Governo português se este não desse cumprimento, dentro de dois meses, às sentenças de 2006 do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias (TJCE) por violação de normas ambientais aplicáveis às ZPE.

O decreto-lei vem proceder a ajustamentos técnicos das áreas abrangidas pelas duas ZPE alentejanas à luz dos conhecimentos científicos, agora, disponíveis e dos critérios fixados nas directivas Aves e Habitats, explica a resolução do Conselho de Ministros.

O alargamento a sul da ZPE de Castro Verde inclui 6.420 novos hectares (ha), distribuídos pelas zonas de Almeirim (2.034 ha) e de Lombador/Figueirinha (4.386 ha), segundo dados prestados hoje à agência Lusa por fonte do Ministério do Ambiente.

Desta forma, o Governo concretiza as conclusões do parecer da Comissão de Avaliação do processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) do projecto da A2 e do acórdão do TJCE, segundo os quais Portugal deveria aumentar a área da ZPE de Castro Verde para compensar a construção, em 2000, daquela via rodoviária.

Em Outubro de 2006, o TJCE condenou Portugal por violação das directivas de conservação da natureza Aves e Habitats na escolha do traçado da A2, entre os nós de Aljustrel e Castro Verde.

O Tribunal considerou que o Estado português não cumpriu as obrigações relativas à preservação dos habitats naturais, da fauna e da flora selvagens, ao executar o projecto da A2, cujo traçado atravessa a ZPE de Castro Verde, apesar de um estudo de impacto ambiental negativo.

O caso foi apresentado a tribunal pela Comissão Europeia, na sequência de uma queixa, em 2000, das associações ambientalistas Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Quercus e Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (Geota).

A ZPE de Castro Verde alberga, em particular, espécies como o peneireiro-das-torres, a abetarda-comum e o sisão, aves consideradas em vias de extinção.

Em Julho de 2006, o TJCE condenou Portugal por violação da Directiva Aves, por ter desafectado 2.692 hectares da ZPE de Mourão/Moura/Barrancos, «sem qualquer justificação técnica ou científica».

Com o diploma aprovado quinta-feira, o Governo, além de repor os hectares desafectados naquela ZPE, cria uma nova zona de alargamento, a da Granja, com 4.795 ha.

De acordo com a resolução do Conselho de Ministros, os novos conhecimentos técnicos permitem confirmar que a ZPE de Moura/Mourão/Barrancos «assume uma importância relevante» para espécies de aves rupícolas e estepárias, entre outras, «proporcionando habitat favorável em várias fases do ciclo de vida anual destas espécies».

A ZPE de Moura/Mourão/Barrancos alberga espécies que incluem o abutre-preto, classificado pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) como quase ameaçado, a águia-calçada e o grifo comum.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Estudo do novo aeroporto de Lisboa disponível para consulta pública


A NAER – Novo Aeroporto já colocou em consulta pública a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) com base no “Estudo para a Análise Técnica Comparada das Alternativas de Localização do Novo Aeroporto de Lisboa, na zona da Ota e na zona do Campo de Tiro de Alcochete”. É nesta fase, iniciada a 1 de Fevereiro e por um período de 30 dias úteis, que podem ser enviadas à NAER observações e sugestões por parte de entidades públicas, associações, organizações, grupos não governamentais e do público em geral, informa a empresa em comunicado.

«Os procedimentos definidos na AAE encontram-se numa fase bastante adiantada, estando já concluída a fase de consulta às instituições para definição dos factores críticos de decisão, constando os respectivos pareceres junto do resumo não técnico», acrescenta a mesma fonte.

Toda a documentação do processo está disponível no sítio da entidade promotora da AAE, a NAER, e nas 22 câmaras municipais abrangidas – Alcochete, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente, Cadaval, Cartaxo, Coruche, Loures, Mafra, Moita, Montemor-o-Novo, Montijo, Palmela, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Setúbal, Sobral do Monte Agraço, Torres Vedras, Vendas Novas e Vila Franca de Xira.

Sociedade Ponto Verde e Microsoft juntos pela inovação ambiental

Degelo, deflorestação, extinção acelerada de diversas espécies, alterações climáticas. Num mundo que necessita de soluções, a Sociedade Ponto Verde uniu-se à multinacional Microsoft na iniciativa Imagine Cup, uma competição de abrangência internacional.

Sociedade Ponto Verde

Na sua quinta edição, a Imagine Cup 2008 elegeu o Ambiente como tema para a promoção e desenvolvimento de projectos inovadores e criativos junto das camadas mais jovens.

Sob o tema que serve de mote ao Imagine Cup deste ano - «Imagina um mundo onde a tecnologia possibilita o desenvolvimento de um Ambiente sustentável» - , a SPV junta-se a esta iniciativa em que os jovens estudantes de todo o mundo são desafiados a utilizarem a tecnologia para melhorar o ambiente.

«Consideramos este projecto uma excelente forma de sensibilizar os jovens para a temática ambiental com a qual eles, mais do que nenhuma geração até aqui, terão que aprender a lidar», afirma Luís Veiga Martins, Director-Geral da SPV. «Está nas mãos destes jovens estudantes de áreas tecnológicas criar mecanismos que permitem a promoção de um planeta sustentável. A SPV vê neste projecto mais uma oportunidade de estimular cada vez mais as empresas e a indústria para a necessidade de se adaptarem rapidamente aos desafios ambientais», acrescenta.

No âmbito da iniciativa podem ser desenvolvidas ideias criativas desde relativas a projectos para ajudar a lidar com as alterações climáticas a projectos relacionados com energias alternativas. Os projectos deverão enquadrar-se, porém, em nove categorias: Design de Software, Desenvolvimento Integrado, Desenvolvimento de Jogos, Projecto Hoshimi – Batalhada Programação; Desafio de TI, Algoritmos, Fotografia, Curtas Metragem e Design de Interface.

A parceria estabelecida entre a SPV e a Microsoft permite fazer chegar aos estudantes informação relativa à separação de embalagens e sua reciclagem com o objectivo, não só de passar a informação, como também promover o interesse pelo desenvolvimento de projectos nesta área.

Os vencedores do concurso marcarão presença em Paris, a cidade que em 2008 será a anfitriã daquela que é considerada a maior competição criativa para estudantes de todo o mundo. A “cidade luz” sucede assim a Seul (Coreia do Sul), onde no ano passado mais de 100 equipas, num total de mais de 800 participantes, desafiaram a sua imaginação em prol do tema Educação.
A SPV estará também presente, juntamente com a Microsoft, na Techdays 2008 com um espaço onde estará disponível informação sobre o processo de separação e reciclagem de embalagens para distribuição junto dos diferentes públicos.
A Techdays, reconhecida como um dos maiores eventos tecnológicos a nível nacional, estará de volta ao Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL), para mais uma edição de conhecimento, inovação e entretenimento, dedicada a profissionais de tecnologias de informação, programadores e académicos desta área. Durante os três dias da conferência, prevista para os dias 12, 13 e 14 de Março, entre as 8h30 e as 18h30, haverá espaço para diversas iniciativas de demonstração e partilha de novas formas de utilizar, rentabilizar, gerir sistemas de informação. Os participantes poderão contar com cerca de 80 sessões, entre sessões técnicas e laboratórios, realizadas por oradores, nacionais e internacionais, mas também com uma área de exposição de soluções inovadoras e uma área de actividades. O evento será ainda precedido, no dia 11 entre as 14h30 e as 18h00, de um lançamento pela Microsoft de três novos produtos: Windows Server 2008, Visual Studio 2008 e Microsoft SQL Server 2008.

Sobre o Imagine Cup 2008:

Para mais informações sobre o Imagine Cup 2008 consulte:
http://www.microsoft.com/portugal/imaginecup/default.mspx


Sobre a Sociedade Ponto Verde

A Sociedade Ponto Verde é uma instituição privada sem fins lucrativos que tem por missão organizar e gerir a retoma e valorização de resíduos de embalagens, através da implementação do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE), mais conhecido como "Sistema Ponto Verde". Promover a sensibilização e educação ambiental junto dos portugueses é um dos grandes objectivos da Sociedade Ponto Verde.