Lic de Biologia no ISA

A licenciatura tem um perfil técnico-científico de banda larga, com três anos iniciais seguidos de posterior de formação com carácter aplicado. O ISA é uma das escolas com maior experiência no domínio da Biologia Aplicada e os licenciados terão uma sólida formação científica e oportunidades de emprego generalista em todos os domínios da Biologia, nomeadamente nas áreas do ambiente e ecologia aplicada, genética e biologia molecular, conservação da natureza e utilização e conservação dos recursos biológicos, podendo desempenhar funções na investigação científica, em laboratórios especializados, bem como em tarefas de consultadoria.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Quercus entrega mega-postal ao Governo para pedir fim das lâmpadas incandescentes em 2011

Lusa

A Quercus entregou hoje um postal com quatro metros ao Ministério da Economia e Inovação a pedir que sejam banidas em 2011 as lâmpadas incandescentes, por serem pouco eficientes face a alternativas como as lâmpadas economizadoras.

"Apesar de uma lâmpada fluorescente compacta ter um custo superior ao das lâmpadas incandescentes, a longo prazo é um investimento que compensa porque existe uma redução no consumo de electricidade de cerca de 80 por cento e porque tem um tempo de vida dez vezes superior", disse Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus.

Segundo Francisco Ferreira, "as lâmpadas incandescentes são as que têm maior prevalência na utilização doméstica", vendendo-se no país cerca de 30 milhões de lâmpadas.

A Quercus lembra que outros países já decidiram o fim das lâmpadas incandescentes, como a Irlanda, Reino Unido, Itália e Austrália. Esta medida significa "a poupança de 1400 megawatts (MWh) por ano, ou seja, três por cento do consumo de electricidade, e mais de 680 mil toneladas de redução nas emissões de dióxido de carbono por ano".

Para a associação, esta proposta é "uma alternativa mais eficiente do que a taxa ambiental" que vai ser aplicada sobre as lâmpadas incandescentes a partir de dia 1 de Março.

O fim da venda de lâmpadas incandescentes em 2011 pode representar, em 2020, a poupança de cerca de 25 por cento do consumo de electricidade.

"Os 41 cêntimos cobrados por lâmpada vão representar 12 milhões de euros para o Estado aplicar em medidas de eficiência energética e para o Fundo de Carbono - destinado a pagar o excesso de emissões de gases de efeito de estufa para cumprimento do Protocolo de Quioto - enquanto que a substituição por lâmpadas económicas proposta pela Quercus representa uma poupança para o Estado de 13 milhões de euros por ano", explicou a associação ambiental.

Em emissões de gases de efeito de estufa representa seis milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, ou dez por cento do ano base do cumprimento do Protocolo de Quioto.

A Quercus alerta, contudo, para alguns cuidados a ter com as lâmpadas economizadoras por conterem mercúrio: quando se fundem devem ser entregues na loja onde foram compradas ou num ecocentro em vez de serem colocadas no lixo, no caso de se partirem, deve abrir-se uma janela durante 15 minutos, devendo os resíduos ser apanhados com luvas de borracha e toalhas de papel e colocados num saco, lavando as mãos no fim do processo.

No entanto, "não constitui perigo para a saúde pública, pois a concentração de mercúrio em cada lâmpada é tão baixa que teriam que se partir várias lâmpadas em simultâneo para poder haver perigo para a saúde no curto prazo", explicou a associação ambiental.

A acção da Quercus surge na véspera de um apagão de cinco minutos, previsto para pouco antes das 20h00 de amanhã, que está a ser divulgado pela Internet e por sms em vários países.

Francisco Ferreira aprova o efeito de alerta desta iniciativa, mas deixa o apelo. "Amanhã, mais do que participar no apagão, que apenas fará poupar electricidade durante cinco minutos, troque uma lâmpada incandescente por uma lâmpada fluorescente."

GNR fiscaliza pesca ilegal de meixão no rio Sado e apreende pescado

Lusa

A GNR fiscalizou ontem a pesca ilegal de meixão (pequenas enguias) no rio Sado, apreendendo 1,5 quilos daqueles peixes e uma dezena de redes com malha inferior à permitida por lei, foi hoje anunciado.

Segundo a GNR, a acção de fiscalização envolveu militares do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) dos destacamentos de Grândola e de Santiago do Cacém.

A operação decorreu, entre as 07h00 e as 15h00, no troço do rio Sado entre as localidades de Alcácer do Sal e Vale do Guiso.

Os militares apreenderam uma dezena de redes de pesca com malha inferior à permitida por lei, assim como 1,5 quilos de meixão, 3,5 quilos de peixe de diversas espécies, cordas para suporte das redes, bóias de sinalização e uma âncora.

Todo o pescado apreendido, acrescenta a GNR, na sua página na Internet, foi devolvido ao seu habitat natural.

Seminário "Wildlife Conservation and Management in a Changing Climate" (6 Março)


Organização: Ciclo de Seminários DEF / CEABN

Data: 6 de Março / 13h00 - 14h00

Orador: David Klein (Professor Emeritus, University of Fairbanks, Alaska, USA)

Local: Auditório do Departamento de Engenharia Florestal

Mais informações:
Instituto Superior de Agronomia
DEF/CEABN
Tel: 21 365 31 00
Fax: 21 365 32 38
E-mail: ceabn@isa.utl.pt

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A utilização de culturas para a fauna na gestão de vertebrados terrestres

A gestão do habitat de espécies animais de elevada importância de conservação e económica, é um instrumento fundamental de ordenamento. Nesta apresentação das culturas para a fauna, encontrará um conjunto de medidas e sugestões práticas importantes.

Luís Miguel Reino

Uma gestão activa da fauna é frequentemente necessária para o fomento e conservação de muitas populações animais. A utilização de culturas para a fauna, que visem precisamente o incremento de espécies-alvo através de melhoria do habitat, tem sido uma prática frequentemente utilizada em muitos países. Todavia, os efeitos reais destas medidas de gestão na demografia e ecologia das populações são muitas vezes pouco conhecidos, ainda que seja normalmente aceite que a utilização deste tipo de medidas é largamente benéfica para a fauna em geral e para a actividade cinegética em particular, a qual é normalmente quem proporciona o incentivo económico para a implementação deste tipo de acções de ordenamento.
A instalação de culturas para a fauna pretende ser uma medida de gestão e de manipulação do habitat com vista à melhoria das seguintes características:

i) harmonização dos diferentes usos do solo com os requisitos ecológicos das espécies que se pretende gerir;

ii) aumento da qualidade e quantidade dos recursos de abrigo e alimento;

iii) melhoria do habitat de reprodução, com o objectivo de aumentar a densidade de casais reprodutores, a natalidade e o êxito reprodutor.

Por exemplo, ao nível da disponibilidade alimentar as culturas para a fauna actuam normalmente de duas maneiras distintas:

- Fornecendo directamente alimento através das partes verdes, grãos, frutos, raízes e sementes nas épocas mais críticas do ano que, no caso dos ecossistemas mediterrânicos, são sobretudo a Primavera e o Verão.

- Proporcionando indirectamente alimento através dos invertebrados (sobretudo para a alimentação dos juvenis) e plantas infestantes associadas às culturas.
Regras básicas para instalação das parcelas

A superfície a ocupar pelas culturas para a fauna é variável. Por exemplo, para a perdiz-vermelha Alectoris rufa, a área a ocupar pelas culturas para a fauna pode ir até aos 20% da área total gerida. Deverá proporcionar recursos adicionais às espécies que se pretendem gerir, recursos esses que são limitantes.

A sua repartição é fundamental e, porventura, mais importante que a sua área total. Sempre que possível, as culturas para a fauna devem ser rectangulares ou lineares por forma, a maximizar o efeito de orla entre diferentes meios (na orla os animais têm acesso a recursos disponíveis nos diferentes meios que esta separa), devendo também ser intercaladas. A largura das parcelas não deve exceder os 100 metros para os ungulados e os 50 m para as aves e os demais mamíferos. Regra geral, quanto menor for a dimensão da espécie a gerir, mais estreitas devem ser as parcelas de culturas. A forma como são dispostas no terreno também deve ter em consideração a densidade e o tamanho médio dos territórios.

Tendo em conta a utilidade que podem constituir, por exemplo, para as espécies cinegéticas, aconselha-se a utilização de diferentes culturas, por forma a fornecerem diferentes tipos de recursos durante o ciclo anual, uma vez que a cultura de uma única espécie dificilmente pode facultar alimento e diferentes tipos de coberto durante todo o ano.
As culturas para a fauna podem ser instaladas de diversas maneiras, dependendo da zona e espécie(s) animal a considerar. Destacamos as seguintes formas ou meios de instalação:

i) manchas: por exemplo através da constituição de parcelas, devidamente espaçadas;

ii) meios lineares: utilizando-se para o efeito, caminhos, estradas, orlas, etc.

De uma forma geral, a escolha das culturas a utilizar deve obedecer às seguintes regras básicas:

i) dever-se-á, em primeiro lugar, estabelecer as insuficiências de recursos alimentares e de abrigo da área e espécie(s) a beneficiar, analisando em que medida as culturas a utilizar podem colmatar essas insuficiências;

ii) as plantas a utilizar deverão estar bem adaptadas às condições ambientais do local de instalação;
iii) deve ser sempre ponderada qual a melhor forma de instalação: por exemplo, se através de parcelas distribuídas ao longo de toda a área; se na forma de meios lineares (e.g., utilizando faixas ao longo de caminhos, estradas, ecótonos, etc.);

iv) deve-se ponderar a possibilidade de utilização de misturas de diferentes espécies, as quais se poderão revelar mais interessantes do que as culturas monoespecíficas;

v) se os coelhos ou outros herbívoros que não sejam objecto prioritário de gestão forem muito abundantes, devem ser eliminadas as culturas mais apreciadas por estes ou, em alternativa, proteger as parcelas a instalar.

Pensamos que a utilização de culturas para a fauna pode ser um instrumento importante de ordenamento em meios florestais e agro-florestais. Estes sistemas caracterizam-se muitas vezes por apresentarem baixas disponibilidades alimentares e um deficiente coberto herbáceo para a nidificação das aves que criam no solo, tornando-os pouco atractivos para espécies com elevado valor económico como a perdiz-vermelha.
Deste modo, a implementação de parcelas com culturas para a fauna poderá contribuir para uma gestão mais adequada da fauna bravia, podendo a sua utilização ser aplicada em espécies de elevado valor de conservação, como por exemplo as espécies de aves estepárias (como a abetarda e o sisão), e a espécies cinegéticas de elevado valor económico (como a perdiz-vermelha e o veado)

Responsável de projectos na área da ecologia

Bio3

Descrição da empresa
A Bio3 é uma empresa de consultoria, investigação e sistemas de informação em biologia. Para mais informações, consulte por favor o site www.bio3.pt.

Descrição da função
-Responsável de projectos na área da ecologia

Requisitos de candidatura
-Licenciado em Biologia, Ecologia, Eng.ª Florestal, Eng.ª Biofísica ou Eng.ª do Ambiente
-Experiência igual ou superior a 3 anos em Avaliação de Impacte Ambiental
-Conhecimentos na área de ecologia
-Conhecimentos de SIG e conceitos de cartografia
-Carta de condução
-Disponibilidade para deslocações frequentes em todo o país
-Não serão consideradas as candidaturas que não preencham os requisitos mencionados.

Perfil do candidato
-Disponibilidade para iniciar actividade profissional na Bio3 já no início de Abril.
-Ser responsável e organizado
-Possuir espírito de equipa

Oferta
-Sistema de recompensa total (salário e programas de benefícios e de desenvolvimento profissional)
-Integração na empresa nacional de referência do sector

Elementos necessários à candidatura
-Curriculum Vitae
-Carta de motivação
-Carta de recomendação

Prazos de candidatura
-15 de Março
-Resposta por e-mail para candidaturas@bio3.pt

Grupo energético alemão alerta para risco de cortes de electricidade na Europa este Verão

AFP, PÚBLICO

A Europa poderá sofrer este Verão cortes de electricidade com a duração de vários dias devido à insuficiência das centrais eléctricas, alertou hoje o grupo energético alemão RWE, horas depois do “apagão” afectou quatro milhões de pessoas na Florida, no Sul dos EUA.

“A electricidade torna-se rara na Europa. Chegámos a um ponto em que basta uma combinação de um Verão quente e seco com a suspensão das centrais, por razões de manutenção, para que o abastecimento esteja ameaçado”, disse Jürgen Grossmann, presidente da RWE ao jornal diário “Bild”.

Um Verão quente faz baixar o nível dos cursos de água e pode forçar as centrais a parar, devido à falta de alimentação para os seus sistemas de arrefecimento. A isto junta-se o crescente consumo dos sistemas de aclimatização.

“Os políticos e os cidadãos devem abandonar a sua resistência contra a construção de novas centrais, sem as quais a penúria será mais sentida”, disse Grossmann.

Na Florida, a central nuclear de Turkey Point já está a funcionar, depois de ter parado devido a uma falha eléctrica.

No final de Janeiro, a agência Associated Press analisou os 104 reactores nucleares nos Estados Unidos e concluiu que 24 estão em zonas com graves problemas de seca, o que poderá pôr em risco o seu funcionamento.

Maior eficiência energética poderá evitar a emissão de 700 mil toneladas de dióxido de carbono

Lusa

A prática de hábitos mais eficientes na utilização da energia eléctrica poderá evitar a emissão para a atmosfera de 700 mil toneladas de dióxido de carbono por ano a partir do território nacional, conclui um estudo de eficiência energética realizado pela Union Fenosa.

Para se atingir esse valor o estudo defende a utilização de lâmpadas de baixo consumo e o uso de panelas de pressão em alternativa às panelas tradicionais. Os casais mais novos e sem filhos, ou com filhos com idades inferiores aos 10 anos, são os que mais se preocupam com a eficiência na utilização da electricidade e na redução do consumo energético de aparelhos domésticos.

A Union Fenosa realizou este estudo a pedido da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica.

Lisboa e Vila Real são os distritos que apresentam lares mais eficientes (6,2 pontos, num máximo de 10) e Leiria é o que tem lares menos eficientes com uma pontuação de 5,6 pontos, abaixo da média nacional, que é de seis pontos.

A Union Fenosa elaborou este índice com base em 1800 entrevistas telefónicas nos 18 distritos de Portugal continental.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

RTPN estreia programa de debate sobre Ambiente em parceria com a Gulbenkian

Lusa

A RTPN vai estrear, no final do mês, um programa de debate e reportagem, denominado "Futuro Comum", que pretende alertar a opinião pública para a dimensão e urgência da crise global do ambiente.

Este novo programa, que resulta de uma parceria celebrada hoje entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a RTPN, vai abordar diferentes temas relacionados com o ambiente. O primeiro episódio será dedicado às alterações climáticas e aos seus principais impactos físicos.

O nome escolhido, "Futuro Comum", é "uma homenagem ao Relatório Brundtland e insere-se no âmbito do bem público e do serviço público", explicou Viriato Soromenho-Marques, coordenador do Programa Gulbenkian Ambiente, e que será presença permanente no debate.

"O programa consiste essencialmente em debate, mas também tem uma pequena reportagem inicial de cinco minutos sobre o tema. Em estúdio vão estar ainda a apresentadora, Fernanda Freitas, e mais dois convidados", explicou aquele responsável.

A organização pretende sensibilizar a opinião pública para a crise global do ambiente, fornecer informações rigorosas e actualizadas sobre o assunto, recorrendo aos melhores especialistas, e ilustrar diferentes tipos de resposta, de escala e natureza diversas, nomeadamente iniciativas financiadas pela Gulbenkian.

Programa com cenografia virtual
“O programa será feito em cenografia virtual, o que constitui por si só um contributo para o ambiente, uma vez que não há desgaste de materiais", sublinhou o director da RTPN, José Alberto Lemos.

Quanto aos outros temas, estão já em preparação "energia em Portugal: situação e perspectivas", "transportes de desenvolvimento sustentável", “alterações climáticas e saúde pública", "mar e biodiversidade marinha", “biodiversidade e áreas protegidas", "agricultura e solos", "o impacte ambiental das cidades", "florestas, incêndios e ordenamento do território", "resíduos, crescimento e consumo", "água e qualidade de vida" e "crise ambiental e sua representação pelos meios de comunicação social".

Para Guilherme Costa, da administração da RTP, este programa representa um "duplo compromisso" do canal - tratar temas de interesse público e cidadania, formando e informando as pessoas sobre questões climáticas e crise ambiental, e continuar a celebração de parcerias que acrescentam valor à programação.

José Alberto Lemos, director do canal, destacou a possibilidade da pareceria com a Gulbenkian se poder prolongar para além de 2008 e manifestou abertura para acordos do género com outras instituições "que tragam prestígio e cujos objectivos se coadunem com os da RTPN".

"Futuro comum" é um programa mensal de 50 minutos, exibido na última quarta-feira de cada mês, após as 23h00, e com estreia marcada para dia 27 de Fevereiro.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Portugal começa a tratar resíduos industriais perigosos na Chamusca em Junho

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Foto: PÚBLICO (Arquivo)

Os dois CIRVER (Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos) vão ser inaugurados a 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente, na Chamusca.

Cada um dos centros vai tratar entre 80 mil a 150 mil toneladas de resíduos industriais por ano, embora a capacidade máxima de cada complexo ultrapasse as 200 mil toneladas.

"As obras vão estar concluídas em Março. Depois falta o licenciamento [da Agência Portuguesa para o Ambiente], que deve demorar cerca de um mês, e vamos inaugurar no início de Junho", afirmou Frederico Macedo Santos da Ecodeal, consórcio que detém um dos dois centros.

Além de um aterro, cada centro vai ter unidades de descontaminação de solos, de solidificação-estabilização, de classificação e transferência (onde são analisados os resíduos que chegam e encaminhados para os vários tratamentos), de tratamento de embalagens (que contêm os resíduos), tratamento físico-químico orgânico e inorgânico, tratamento biológico, de evapo-oxidação, de desidratação de lamas e de tratamento de óleos usados.

Perto de Constância, o Ecoparque da Chamusca alberga já o aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos da RESITEJO e o aterro de resíduos industriais banais de Santarém (RIBTEJO).

O concurso dos CIRVER foi lançado em Junho de 2004, tendo-se candidatado nove concorrentes dos quais oito propuseram construir centros de tratamento na Chamusca.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Governo alarga duas Zonas de Protecção Especial no Alentejo

O Governo alargou as Zonas de Protecção Especial (ZPE) de Castro Verde para compensar a construção da Auto-estrada do Sul (A2) que a atravessa, e de Moura/Mourão/Barrancos, para repor hectares desafectados e criar uma nova zona.

O diploma que alarga as duas ZPE alentejanas foi aprovado, quinta-feira, em Conselho de Ministros, uma semana após a Comissão Europeia ter decidido enviar uma advertência final a Portugal para alterar as medidas negativas que afectaram aquelas áreas.

O executivo comunitário preparava-se para pedir a aplicação de uma sanção pecuniária ao Governo português se este não desse cumprimento, dentro de dois meses, às sentenças de 2006 do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias (TJCE) por violação de normas ambientais aplicáveis às ZPE.

O decreto-lei vem proceder a ajustamentos técnicos das áreas abrangidas pelas duas ZPE alentejanas à luz dos conhecimentos científicos, agora, disponíveis e dos critérios fixados nas directivas Aves e Habitats, explica a resolução do Conselho de Ministros.

O alargamento a sul da ZPE de Castro Verde inclui 6.420 novos hectares (ha), distribuídos pelas zonas de Almeirim (2.034 ha) e de Lombador/Figueirinha (4.386 ha), segundo dados prestados hoje à agência Lusa por fonte do Ministério do Ambiente.

Desta forma, o Governo concretiza as conclusões do parecer da Comissão de Avaliação do processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) do projecto da A2 e do acórdão do TJCE, segundo os quais Portugal deveria aumentar a área da ZPE de Castro Verde para compensar a construção, em 2000, daquela via rodoviária.

Em Outubro de 2006, o TJCE condenou Portugal por violação das directivas de conservação da natureza Aves e Habitats na escolha do traçado da A2, entre os nós de Aljustrel e Castro Verde.

O Tribunal considerou que o Estado português não cumpriu as obrigações relativas à preservação dos habitats naturais, da fauna e da flora selvagens, ao executar o projecto da A2, cujo traçado atravessa a ZPE de Castro Verde, apesar de um estudo de impacto ambiental negativo.

O caso foi apresentado a tribunal pela Comissão Europeia, na sequência de uma queixa, em 2000, das associações ambientalistas Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Quercus e Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (Geota).

A ZPE de Castro Verde alberga, em particular, espécies como o peneireiro-das-torres, a abetarda-comum e o sisão, aves consideradas em vias de extinção.

Em Julho de 2006, o TJCE condenou Portugal por violação da Directiva Aves, por ter desafectado 2.692 hectares da ZPE de Mourão/Moura/Barrancos, «sem qualquer justificação técnica ou científica».

Com o diploma aprovado quinta-feira, o Governo, além de repor os hectares desafectados naquela ZPE, cria uma nova zona de alargamento, a da Granja, com 4.795 ha.

De acordo com a resolução do Conselho de Ministros, os novos conhecimentos técnicos permitem confirmar que a ZPE de Moura/Mourão/Barrancos «assume uma importância relevante» para espécies de aves rupícolas e estepárias, entre outras, «proporcionando habitat favorável em várias fases do ciclo de vida anual destas espécies».

A ZPE de Moura/Mourão/Barrancos alberga espécies que incluem o abutre-preto, classificado pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) como quase ameaçado, a águia-calçada e o grifo comum.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Estudo do novo aeroporto de Lisboa disponível para consulta pública


A NAER – Novo Aeroporto já colocou em consulta pública a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) com base no “Estudo para a Análise Técnica Comparada das Alternativas de Localização do Novo Aeroporto de Lisboa, na zona da Ota e na zona do Campo de Tiro de Alcochete”. É nesta fase, iniciada a 1 de Fevereiro e por um período de 30 dias úteis, que podem ser enviadas à NAER observações e sugestões por parte de entidades públicas, associações, organizações, grupos não governamentais e do público em geral, informa a empresa em comunicado.

«Os procedimentos definidos na AAE encontram-se numa fase bastante adiantada, estando já concluída a fase de consulta às instituições para definição dos factores críticos de decisão, constando os respectivos pareceres junto do resumo não técnico», acrescenta a mesma fonte.

Toda a documentação do processo está disponível no sítio da entidade promotora da AAE, a NAER, e nas 22 câmaras municipais abrangidas – Alcochete, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente, Cadaval, Cartaxo, Coruche, Loures, Mafra, Moita, Montemor-o-Novo, Montijo, Palmela, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Setúbal, Sobral do Monte Agraço, Torres Vedras, Vendas Novas e Vila Franca de Xira.

Sociedade Ponto Verde e Microsoft juntos pela inovação ambiental

Degelo, deflorestação, extinção acelerada de diversas espécies, alterações climáticas. Num mundo que necessita de soluções, a Sociedade Ponto Verde uniu-se à multinacional Microsoft na iniciativa Imagine Cup, uma competição de abrangência internacional.

Sociedade Ponto Verde

Na sua quinta edição, a Imagine Cup 2008 elegeu o Ambiente como tema para a promoção e desenvolvimento de projectos inovadores e criativos junto das camadas mais jovens.

Sob o tema que serve de mote ao Imagine Cup deste ano - «Imagina um mundo onde a tecnologia possibilita o desenvolvimento de um Ambiente sustentável» - , a SPV junta-se a esta iniciativa em que os jovens estudantes de todo o mundo são desafiados a utilizarem a tecnologia para melhorar o ambiente.

«Consideramos este projecto uma excelente forma de sensibilizar os jovens para a temática ambiental com a qual eles, mais do que nenhuma geração até aqui, terão que aprender a lidar», afirma Luís Veiga Martins, Director-Geral da SPV. «Está nas mãos destes jovens estudantes de áreas tecnológicas criar mecanismos que permitem a promoção de um planeta sustentável. A SPV vê neste projecto mais uma oportunidade de estimular cada vez mais as empresas e a indústria para a necessidade de se adaptarem rapidamente aos desafios ambientais», acrescenta.

No âmbito da iniciativa podem ser desenvolvidas ideias criativas desde relativas a projectos para ajudar a lidar com as alterações climáticas a projectos relacionados com energias alternativas. Os projectos deverão enquadrar-se, porém, em nove categorias: Design de Software, Desenvolvimento Integrado, Desenvolvimento de Jogos, Projecto Hoshimi – Batalhada Programação; Desafio de TI, Algoritmos, Fotografia, Curtas Metragem e Design de Interface.

A parceria estabelecida entre a SPV e a Microsoft permite fazer chegar aos estudantes informação relativa à separação de embalagens e sua reciclagem com o objectivo, não só de passar a informação, como também promover o interesse pelo desenvolvimento de projectos nesta área.

Os vencedores do concurso marcarão presença em Paris, a cidade que em 2008 será a anfitriã daquela que é considerada a maior competição criativa para estudantes de todo o mundo. A “cidade luz” sucede assim a Seul (Coreia do Sul), onde no ano passado mais de 100 equipas, num total de mais de 800 participantes, desafiaram a sua imaginação em prol do tema Educação.
A SPV estará também presente, juntamente com a Microsoft, na Techdays 2008 com um espaço onde estará disponível informação sobre o processo de separação e reciclagem de embalagens para distribuição junto dos diferentes públicos.
A Techdays, reconhecida como um dos maiores eventos tecnológicos a nível nacional, estará de volta ao Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL), para mais uma edição de conhecimento, inovação e entretenimento, dedicada a profissionais de tecnologias de informação, programadores e académicos desta área. Durante os três dias da conferência, prevista para os dias 12, 13 e 14 de Março, entre as 8h30 e as 18h30, haverá espaço para diversas iniciativas de demonstração e partilha de novas formas de utilizar, rentabilizar, gerir sistemas de informação. Os participantes poderão contar com cerca de 80 sessões, entre sessões técnicas e laboratórios, realizadas por oradores, nacionais e internacionais, mas também com uma área de exposição de soluções inovadoras e uma área de actividades. O evento será ainda precedido, no dia 11 entre as 14h30 e as 18h00, de um lançamento pela Microsoft de três novos produtos: Windows Server 2008, Visual Studio 2008 e Microsoft SQL Server 2008.

Sobre o Imagine Cup 2008:

Para mais informações sobre o Imagine Cup 2008 consulte:
http://www.microsoft.com/portugal/imaginecup/default.mspx


Sobre a Sociedade Ponto Verde

A Sociedade Ponto Verde é uma instituição privada sem fins lucrativos que tem por missão organizar e gerir a retoma e valorização de resíduos de embalagens, através da implementação do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE), mais conhecido como "Sistema Ponto Verde". Promover a sensibilização e educação ambiental junto dos portugueses é um dos grandes objectivos da Sociedade Ponto Verde.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A maior lixeira flutuante do mundo fica no oceano Pacífico e estende-se do Japão ao Havai

PUBLICO.PT

Uma equipa de oceanógrafos norte-americanos chama “sopa de plástico” aos cem milhões de toneladas de resíduos que flutuam no Oceano Pacífico desde o Japão ao Havai. Dizem que é a maior lixeira do mundo, com o equivalente a duas vezes o tamanho dos Estados Unidos. Está a ser acompanhada desde 1997 e, desde então, não tem parado de crescer.

Segundo explica Charles Moore, oceanógrafo americano que descobriu o fenómeno, ao jornal “The Independent”, os resíduos não biodegradáveis mantêm-se concentrados devido às correntes oceânicas, a 500 milhas náuticas da costa da Califórnia.

“Inicialmente as pessoas pensavam que era uma ilha de lixos plásticos, sobre a qual quase se podia andar. Mas não é bem isso. É mais como uma sopa de plástico”, explica Marcus Eriksen, investigador da Fundação Algalita para Investigação Marinha.

O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer compara a lixeira flutuante a um ser vivo. “Move-se como um animal enorme”. Quando chega a terra, no arquipélago do Havai, a praia fica coberta de lixo.

Segundo a edição online do jornal, cerca de um quinto dos resíduos provêm de descargas de navios e de plataformas petrolíferas. O resto vem do continente.

Moore descobriu a lixeira em 1997 quando participava numa regatta entre Los Angeles e o Havai, numa zona com pouca circulação oceânica, devido aos ventos fracos. Ontem alertou que, a menos que os consumidores reduzam os seus resíduos plásticos, a lixeira pode duplicar de tamanho nos próximos dez anos.

David Karl, oceanógrafo na Universidade do Havai diz que “não há razão para duvidar” da Fundação Algalita mas defende que são precisos mais estudos sobre a dimensão e natureza da “sopa de plástico”. Karl está a preparar uma expedição que vai ao local no final deste ano.

Segundo a ONU, os resíduos de plástico são responsáveis pela morte de mais de um milhão de aves marinhas e mais de cem mil mamíferos marinhos por ano.

Cientistas descobrem "código de barras" genético das espécies de plantas

E se as plantas viessem com um "código de barras" genético? A ideia pode parecer tecnologicamente avançada e ainda não foi posta em prática, mas é o objectivo a longo prazo de uma parceria científica entre o Colégio Imperial de Londres, investigadores da Costa Rica e da África do Sul. Segundo um estudo publicado ontem pela revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", uma investigação de campo descobriu que o gene "mAkt" funciona como um rótulo único para cada planta e pode ser utilizado para identificar de forma quase imediata a espécie a que pertence.

Segundo os investigadores, através da análise de uma amostra da planta é possível identificar quase todas as espécies existentes no planeta. A explicação está nas sequências de DNA do gene "mAkt" que diferem de espécie em espécie. Ao analisar diferentes espécies de orquídeas, árvores e arbustos descobriram que quando uma espécie era muito próxima de outra as diferenças encontravam-se sobretudo neste gene.

Com a ajuda deste método de identificação conseguiram catalogar 1600 espécies de orquídeas, descobertas nas florestas tropicais da Costa Rica, e separar espécimes que até aqui se julgava pertencerem à mesma espécie, apesar de serem oriundos de diferentes zonas da região e de terem flores distintas adaptadas aos insectos polinizadores locais.

De acordo com Vincent Savolainen, coordenador da investigação, o ideal seria compilar a informação reunida pela equipa e criar uma base de dados genética das sequências de DNA do gene "mAkt" identificadas, para que qualquer amostra pudesse ser comparada e identificada em tempo útil.

"No futuro gostávamos que fosse possível algo como fazer a leitura do código de barras de uma planta num dispositivo portátil, que pudesse ser levado para qualquer tipo de ambiente e assim, de forma rápida e simples, analisar o DNA "mAkt" da planta e inseri-lo numa base de dados para uma identificação quase instantânea", disse o investigador.

"Há tantas circunstâncias em que a identificação taxonómica tradicional não é prática. Por exemplo em portos e aeroportos para verificar se as espécies não estão a ser transportadas de forma ilegal ou em lugares como a Costa Rica, onde a riqueza de um grupo de plantas como as orquídeas torna difícil uma catalogação precisa", acrescentou.

De acordo com o estudo, a identificação através do gene matK pode não ser viável em todo o tipo de plantas. Nos espécimes em que há um cruzamento de espécies, a informação do gene "mAkt" tem de ser complementada com informação genética adicional.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Técnico de Biologia e Ecoturismo em Castro Verde

A Liga para a Protecção da Natureza (LPN) abre concurso para vaga em:

Técnico de Biologia e Ecoturismo em Castro Verde

Desde 1993 que a LPN desenvolve na Zona de Protecção Especial (ZPE) para Aves de Castro Verde o Programa Castro Verde Sustentável, um programa de conservação de espécies ameaçadas, com sede no Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho (CEAVG), no Concelho de Castro Verde. Este Programa desenvolve-se em 4 eixos: gestão do habitat das espécies de aves ameaçadas, projectos de conservação e investigação científica, educação ambiental e ecoturismo.

A LPN irá abrir uma vaga para 1 Técnico de Biologia e Ecoturismo no Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho (CEAVG) em Castro Verde.

Condições de Trabalho:

. Local de Trabalho – Castro Verde (Alentejo), Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho (localizado a 7km da Vila de Castro Verde);
. Horário de Trabalho – tempo inteiro de Terça-feira a Sábado, das 9h00 às 18h00 (com flexibilidade de horário de trabalho para eventual acompanhamento e realização de eventos e reuniões de trabalho em Portugal e no estrangeiro);
. Remuneração compatível com as habilitações, com possibilidade de Contrato a Termo Certo após um tempo mínimo de experiência;
. Início – 1 de Março de 2008;

Para mais informações sobre a LPN, o Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho e o Programa Castro Verde Sustentável consulte o Portal da LPN em www.lpn.pt

Para apresentar a candidatura a esta vaga deverá:
. Enviar curriculum vitae resumido (máximo 2 páginas com indicação da experiência profissional detalhada) e carta de motivação (1 página A4), dirigidos por correio electrónico para lpn.cea-castroverde@lpn.pt ou por correio para o endereço “Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho, Apartado 84, 7780-909 Castro Verde”, com a referência “Candidatura Técnico de Biologia e Ecoturismo”;
. A data limite de recepção de candidaturas é o dia 8 de Fevereiro de 2007 até às 17h00 (incluindo a recepção da candidatura no Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho para as candidaturas enviadas por correio);
. Após uma avaliação curricular prévia os candidatos seleccionados serão chamados para a realização de uma entrevista entre 13 a 16 de Fevereiro de 2008.

Tarefas Principais
. Planeamento, preparação e acompanhamento de visitas e actividades de ecoturismo da LPN no CEAVG e na ZPE de Castro Verde;
. Monitor de ecoturismo e educação ambiental;
. Estabelecimento de parcerias e acordos para a promoção da actividade de Ecoturismo;
. Organização e participação em eventos e acções de promoção (reuniões, seminários, congressos, feiras);
. Apoio nas actividades de Educação Ambiental e outras actividades desenvolvidas no CEAVG e pela LPN na ZPE de Castro Verde;
. Desenvolver e apoiar projectos relacionados com a conservação e protecção das aves estepárias na ZPE de Castro Verde (monitorização de populações de aves da ZPE, recolha de aves feridas, entre outros), incluindo a componente de elaboração de relatórios científicos e técnicos;
. Apoio no desenvolvimento de actividades de animação ambiental integradas no desenvolvimento sustentável local;
. Elaboração de relatórios e de textos e materiais de divulgação;
. Elaboração de candidaturas de projectos e pesquisa de financiamentos;
. Apoio à gestão e execução de projectos;
. Assegurar a monitorização e estado de conservação dos percursos sinalizados na ZPE de Castro Verde;
. Apoio na manutenção do CEAVG;
. Apoio na realização de Acções de Formação, Cursos, Congressos e Workshops;
. Organização de actividades com voluntários;
. Apoio à coordenação do Programa Castro Verde Sustentável;
. Apoio a pareceres técnicos da LPN;

Requisitos
. Obrigatório – Licenciatura em Biologia, dando-se preferência a bons conhecimentos no grupo das Aves e a conhecimentos nas áreas do ecoturismo e da educação ambiental;
. Obrigatório - Carta de condução válida (com experiência de condução) e viatura própria;
. Obrigatório – Demonstrar bom domínio da Língua Inglesa (falada e escrita), nomeadamente Inglês Técnico na área da ornitologia;
. Boa fluência oral e escrita da Língua Portuguesa;
. Conhecimentos de informática ao nível do utilizador (Microsoft Office – Word, Excel, PowerPoint – e Internet), valorizando-se os conhecimentos em Sistemas de Informação Geográfica e os conhecimentos básicos de estatística aplicada às Ciências Naturais;
. Possibilidade de efectuar deslocações para acompanhamento e apoio a eventuais eventos realizados pela LPN fora do CEAVG;

Perfil
. Organizado e responsável no cumprimento do horário acordado e das tarefas atribuídas;
. Boa capacidade de trabalho em equipa;
. Carácter dinâmico, empreendedor, capaz de encontrar soluções para os problemas correntes e para a resolução de conflitos;
. Boa capacidade de relacionamento e comunicação com a população local, principalmente proprietários e agricultores, e com os visitantes;
. Capacidade de autonomia na realização de tarefas e dos objectivos propostos;
. Capacidade de adaptação e realização de diferentes tarefas;
. Capacidade de iniciativa;

BOLSA DE INVESTIGAÇÂO

INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

BOLSA DE INVESTIGAÇÂO

Concurso para Atribuição de uma Bolsa de Investigação

O Departamento de Engenharia Florestal abre concurso para atribuição de uma Bolsa de Doutoramento, no âmbito do projecto “Integração da gestão florestal e da gestão do fogo. Modelos e sistemas de decisão”, financiado pela FCT.

Duração da bolsa:
6 meses (renovável)

Período do concurso:
o concurso encontra-se aberto de 1 a 16 de Fevereiro de 2008.

Perfil dos candidatos:
podem candidatar-se a este concurso detentores do grau de Licenciado ou Mestre em Ciências Agrárias ou Florestais, em Matemática, Estatística ou Investigação Operacional que evidenciem boa formação quantitativa bem como conhecimentos de informática e de inglês (falado e escrito). O trabalho a desenvolver envolverá
a) investigação de modelos de risco de incêndio e de modelos de gestão florestal, b) programação de sistemas de informação e de decisão e c) preparação de publicações técnicas e cientificas.

Remuneração:
De acordo com a tabela de valores das bolsas de Investigação atribuídas pela FCT.

Documentos a apresentar:
os candidatos deverão enviar carta com referência a este anúncio para o endereço a seguir indicado, acompanhada de curriculum vitae.

Endereço:
Departamento de Engenharia Florestal
A/c Prof. José Guilherme Borges
Instituto Superior de Agronomia
Tapada da Ajuda
1349-017 Lisboa
joseborges@isa.utl.pt



Este concurso rege-se pelas disposições do Regulamento de Bolsas de Investigação Científica e de Apoio à Gestão do Instituto Superior de Agronomia, aprovado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) de acordo com o estabelecido no Dec. Lei n.º 40/2004 de 18 de Agosto

Portugal ocupa o 18º lugar do mundo em performance ambiental

Portugal ocupa o 18º lugar em termos de performance ambiental, de acordo com o Índice de Desempenho Ambiental 2008, apresentado recentemente em Davos pelo Fórum Económico Mundial. A lista de 149 países é liderada pela Suíça (com 95,5 por cento), logo seguida da Noruega, Suécia e Finlândia. Os últimos são Serra Leoa (40) e Angola (39,5),e na 149ª posição está o Níger com 39,1 por cento, avaliou o trabalho feito na área do clima, poluição do ar, água, recursos naturais e qualidade ambiental, por uma equipa especialista das universidades de Yale e Columbia.

Dentro da fronteira europeia, Portugal está na 11ª posição, à frente de países como Itália, Dinamarca, Espanha ou Holanda. O País está acima da média europeia em cinco das seis categorias, avaliadas com base em 25 indicadores, que reflectem as prioridades ambiuentais dos governos e a concretização mundial do objectivo 7 dos «Objectivos do Milénio», da Organização das Nações Unidas, que é «garantir a sustentabilidade ambiental». Onde Portugal conseguiu os melhores resultados foi nas áreas do saneamento básico, água potável, emissões per capita, e protecção de habitats críticos. A pior nota obtida foi na área da biodiversidade e habitat, onde ficou abaixo da média, e no indicador de áreas marinhas protegidas e conservação efectiva da natureza.

Cientistas descobrem nova espécie de musaranho-elefante

Habitat confirmado nas montanhas Udzungwa da Tanzânia

Galen Rathbun com um dos novos sengis descoberto (Créditos: David Ribble) Clique para ampliar
Galen Rathbun com um dos novos sengis descoberto (Créditos: David Ribble)
Capturado um espécime que chamou a atenção pela cor castanho-viva e pelo peso fora do comum, Galen Rathbun, da Academia e Ciências da California e Francesco Rovero do Museu de Ciências Naturais de Trento começaram a investigar a população de sengis nas montanhas Udzungwa na Tanzânia. Conseguiram recolher mais quatro animais e fazer 40 avistamentos. A descoberta de uma nova espécie de musaranho-elefante foi divulgada ontem online pela revista "Journal of Zoology". Segundo os cientistas, apesar de a comparação ser aparentemente absurda (um adulto não passa de 750 gramas), os sengis têm parentesco com os elefantes.


Quem diria que são parentes dos elefantes? (Créditos: Francesco Rovero) Clique para ampliar
Quem diria que são parentes dos elefantes? (Créditos: Francesco Rovero)

O sengi de focinho-acinzentado é pequeno e peludo como as outros mas pesa 700 gramas, mais 25 por cento do que as quinze espécies conhecidas de musaranhos-elefantes. Os responsáveis dizem que apesar da região ter um alto nível de biodiversidade, há cada vez mais ameaças aos habitats naturais.

"Esta é uma das descobertas mais emocionantes da minha carreira", disse Rathbun, que estuda a ecologia, a estrutura social e evolução dos sengis há mais de 30 anos. "É a primeira espécie gigante elefante-musaranho descoberta nos últimos 126 anos".

Os investigadores localizaram a nova espécie em duas populações que cobrem 300 metros quadrados na floresta de Ndundulu. Do género Rhynchocyon, ao qual pertence o sengi de focinho-acinzentado, só existem mais três espécies conhecidas, listadas como vulneráveis ou em perigo de extinção pela União de Conservação Mundial (IUCN).

Habitat em vias de extinção

As montanhas Udzungwa fazem parte de uma cadeia que vai do sul do Quénia à região centro-sul da Tanzânia. De acordo com os investigadores, factores como a idade das florestas, o isolamento e a sua natureza fragmentada são responsáveis pelo elevado nível de biodiversidade no local.

Nos últimos anos, lembra o artigo publicado, foram descobertas na mesma região espécies como a perdiz de Udzungwa ou o macaco kipunji, entre outros anfíbios e repteis. "Esta descoberta sublinha como as florestas tropicais das montanhas Udzungwa são importantes e como ainda sabemos pouco sobre elas", disse Rovero.

De acordo com uma investigação recente, a região montanhosa centro-sul da Tânzania bem como os corredores de vida selvagem que ligam as montanhas às áreas envolventes estão sob ameaça e podem desaparecer até ao final de 2009. "Esperamos que novas descobertas como a nossa incentivem a protecção deste ecossistemas espectacular", disse Rathbun.