Obras em plena Reserva Natural do Sapal de Castro Marim destruiram um núcleo de uma rara planta endémica. A Picris willkommii, que apenas ocorre nessa região, tem estatuto de protecção legislado.
Almargem
Um dos poucos núcleos conhecidos de uma raríssima planta endémica – a Picris willkommii - acaba de ser destruído devido às obras em curso do Sistema Interceptor de Castro Marim para transporte de esgotos para a nova ETAR de Vila Real de Sto. António, obra da responsabilidade da empresa Águas do Algarve.
A Picris willkommii é uma espécie estritamente protegida, nomeadamente pela legislação comunitária e nacional, estando incluída no Anexo IV da Directiva Habitats (transposta pelo DL nº 49/2005 de 24/2). Ocorre, em Portugal, exclusivamente em cerros calcários da zona de Castro Marim, no interior da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim.
A maior parte dos restantes núcleos conhecidos desta planta, situa-se junto à EN 122, tal como o que acaba de ser destruído, pelo que se teme pela respectiva sobrevivência.
A Almargem questiona-se sobre como é possível uma obra, que já há vários meses está no terreno, possa ter avançado para uma zona tão sensível como esta, para mais situada no interior de uma Reserva Natural, sem que os serviços do ICNB e das Águas do Algarve tenham atempadamente alertado o empreiteiro da obra acerca da presença das populações desta planta, de forma a impedir a perpetração de mais este atentado ao património natural do Algarve.
sábado, 18 de abril de 2009
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1 comentário:
Isto é incrivel! como é possivel ningém alertar o empreiteiro disto? Será que as Aguas do Algarve andam a dormir? Andamos todos nós a pagar impostos para alimentar estes senhores que não fazem o seu serviço?
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