O director-geral de Saúde sublinhou hoje que o subtipo de vírus da gripe das aves detectado em duas explorações de patos, em Tomar e Vila Nova da Barquinha, não representa qualquer tipo de riscos para a saúde pública.
"Temos estado em contacto com a Direcção-Geral de Veterinária. Trata-se de um subtipo de vírus que circula em aves e que não representa qualquer tipo de riscos em relação à saúde pública", afirmou à agência Lusa Francisco George.
"Trata-se de um problema de saúde animal que os veterinários conhecem bem e dispõem de medidas eficazes de controlo previstas, aliás, em regulamentos europeus", acrescentou.
O responsável adiantou ainda que, além de contactos permanentes com as autoridades veterinárias, a Direcção-Geral de Saúde não tem, nesta fase, necessidade de intervir.
"Uma vez que não há riscos para a saúde pública, não há medidas que tenhamos de tomar nesta fase, para além dos contactos permanentes", referiu.
O vírus da gripe das aves que foi detectado pelas autoridades veterinárias portuguesas, o H5N2, não é transmissível ao homem e é muito menos patogénico do que o vírus que tem atingido o sudeste asiático.
As duas explorações de patos faziam produção para repovoamento de espécies para a caça, segundo uma nota do Ministério da Agricultura, e não para colocação de aves no mercado.
Segundo um conjunto de informações sobre a gripe das aves disponibilizada na Internet pelo Ministério da Agricultura, "a estirpe H5N2 não é altamente patogénica nas aves e nunca foi conhecido que causasse a doença em humanos".
"Contudo, o controlo urgente de todos os surtos de gripe das aves - mesmo quando causados por uma estirpe de patogenicidade baixa - é da maior importância. As pesquisas demonstram que certas estirpes de gripe aviária, inicialmente de patogenicidade baixa, podem rapidamente sofrer mutação (dentro de seis a nove meses) para uma estirpe altamente patogénica, caso se possibilite a continuação da circulação nas aves", refere a informação oficial.
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