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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Cientistas descobrem nova espécie de musaranho-elefante

Habitat confirmado nas montanhas Udzungwa da Tanzânia

Galen Rathbun com um dos novos sengis descoberto (Créditos: David Ribble) Clique para ampliar
Galen Rathbun com um dos novos sengis descoberto (Créditos: David Ribble)
Capturado um espécime que chamou a atenção pela cor castanho-viva e pelo peso fora do comum, Galen Rathbun, da Academia e Ciências da California e Francesco Rovero do Museu de Ciências Naturais de Trento começaram a investigar a população de sengis nas montanhas Udzungwa na Tanzânia. Conseguiram recolher mais quatro animais e fazer 40 avistamentos. A descoberta de uma nova espécie de musaranho-elefante foi divulgada ontem online pela revista "Journal of Zoology". Segundo os cientistas, apesar de a comparação ser aparentemente absurda (um adulto não passa de 750 gramas), os sengis têm parentesco com os elefantes.


Quem diria que são parentes dos elefantes? (Créditos: Francesco Rovero) Clique para ampliar
Quem diria que são parentes dos elefantes? (Créditos: Francesco Rovero)

O sengi de focinho-acinzentado é pequeno e peludo como as outros mas pesa 700 gramas, mais 25 por cento do que as quinze espécies conhecidas de musaranhos-elefantes. Os responsáveis dizem que apesar da região ter um alto nível de biodiversidade, há cada vez mais ameaças aos habitats naturais.

"Esta é uma das descobertas mais emocionantes da minha carreira", disse Rathbun, que estuda a ecologia, a estrutura social e evolução dos sengis há mais de 30 anos. "É a primeira espécie gigante elefante-musaranho descoberta nos últimos 126 anos".

Os investigadores localizaram a nova espécie em duas populações que cobrem 300 metros quadrados na floresta de Ndundulu. Do género Rhynchocyon, ao qual pertence o sengi de focinho-acinzentado, só existem mais três espécies conhecidas, listadas como vulneráveis ou em perigo de extinção pela União de Conservação Mundial (IUCN).

Habitat em vias de extinção

As montanhas Udzungwa fazem parte de uma cadeia que vai do sul do Quénia à região centro-sul da Tanzânia. De acordo com os investigadores, factores como a idade das florestas, o isolamento e a sua natureza fragmentada são responsáveis pelo elevado nível de biodiversidade no local.

Nos últimos anos, lembra o artigo publicado, foram descobertas na mesma região espécies como a perdiz de Udzungwa ou o macaco kipunji, entre outros anfíbios e repteis. "Esta descoberta sublinha como as florestas tropicais das montanhas Udzungwa são importantes e como ainda sabemos pouco sobre elas", disse Rovero.

De acordo com uma investigação recente, a região montanhosa centro-sul da Tânzania bem como os corredores de vida selvagem que ligam as montanhas às áreas envolventes estão sob ameaça e podem desaparecer até ao final de 2009. "Esperamos que novas descobertas como a nossa incentivem a protecção deste ecossistemas espectacular", disse Rathbun.

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