As árvores podem desempenhar inúmeros papéis na cidade: além de proporcionarem um ambiente agradável, melhoram a qualidade do ar, diminuem a erosão dos solos, reduzem o perigo de cheias e contribuem para melhorar o ambiente social. Maria João Cruz | ||
As "florestas urbanas" absorvem o dióxido de carbono e transformam-no em oxigénio, ajudando a diminuir as emissões de CO2 que contribuem para o aquecimento global. Além disso, filtram poluentes ambientais como o dióxido de azoto ou o dióxido de enxofre e fazem depositar as poeiras em suspensão no ar. Segundo um estudo realizado em parques de estacionamento por McPherson e Simpson (2000), as baixas temperaturas associadas à sombra das árvores podem reduzir a percentagem de hidrocarbonetos que evaporam do combustível dos automóveis. Neste sentido, o seu valor é incalculável já que o controlo da poluição atmosférica das cidades por outros meios é muito difícil. | ||
O sistema de raízes e a copa das árvores estabiliza o solo, limita a escorrência superficial, conserva a água subterrânea e diminui o risco das cheias que, nos últimos anos, têm atingido inúmeras áreas metropolitanas do nosso País. As plantas também atenuam as variações de temperatura a nível microclimático, fazendo com que no Inverno os edifícios circundantes não percam tanto calor e no Verão não aqueçam tanto, o que pode diminuir os gastos de energia. | ||
Finalmente, estas "florestas urbanas" podem ser economicamente viáveis. O projecto inglês intitulado "The Black Country Urban Forest" tornou estas estruturas rentáveis ao explorar a sua madeira, carvão ou mesmo frutos e nozes. Uma outra vantagem seria a necessária criação de mais empregos para explorar comercialmente estas áreas. | ||
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BIBLIOGRAFIA Cabral, F. C. e G. Ribeiro Teles. (1999). A árvore em Portugal. Assírio & Alvim, Lisboa. McPherson, E. G. (1998). Atmospheric carbon dioxide reduction by Sacramento's urban forest. Journal of Arboriculture 24(4): 215-223. McPherson, E. G. e J. R. Simpson. (2000). Actualizing microclimate and air quality with parking lot tree shade ordinances. Wetter und Leben. McPherson, E. G., K. I. Scott e J. R. Simpson. (1997). Estimating cost effectiveness of residential yard trees for improving air quality in Sacramento, California, Using Existing Models. Atmospheric Environment 32(1): 75-84. Scott, K. I., E. G. McPherson e J. R. Simpson. (1998). Air pollutant uptake by Sacramento's urban forest. Journal of Arboriculture 24(4): 215-233. |
quarta-feira, 18 de julho de 2007
As árvores na cidade
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