Assegurar a implantação de um conjunto de actividades e de intervenções para uma contínua racionalização de energia foi o mote para a assinatura de um protocolo de colaboração entre a EPAL – Empresa Portuguesa de Águas Livres e a Adene – Agência para a Energia.
«Para a EPAL esta é uma questão importante ou os consumos de energia não representassem cerca de nove milhões de euros anuais, o equivalente a sete por cento do valor da facturação», salientou o presidente do conselho de administração da empresa, durante a assinatura do protocolo, que decorreu hoje na sede da EPAL, em Lisboa. E a tendência para os consumos energéticos é para subir. «Aumentámos a capacidade de produção da ETA [estação de tratamento de água] da Asseiceira para 625 mil metros cúbicos dia, mais 125 mil do que tinha, prevendo-se um aumento em cinco vezes do consumo de energia. Perante a subida do conteúdo energético de cada metro cúbico de água vendido decidimos tomar medidas de eficiência energética e de produção de energia para compensar os consumos energéticos crescentes que a nossa actividade comporta», explicou.
Assim, juntamente com a Adene, a empresa irá identificar oportunidades de eficiência energética nas suas instalações e de produção de energias alternativas. Do protocolo destaca-se, nomeadamente, a emissão de um certificado energético e da qualidade do ar interior do edifício sede da EPAL, bem como a identificação de locais adequados para a implantação de dois projectos de centrais de produção de energia mini-hídrica, dois projectos fotovoltaicos e dois projectos a partir de eólica. Estão ainda previstos estudos que permitam a elaboração de um projecto-piloto de produção e venda de água quente num sector da rede pública de distribuição de água.
O protocolo terá a duração de três anos, período durante o qual «esperamos realizar investimentos de três milhões de euros para melhorar a performance ambiental da empresa», ressaltou João Fidalgo.
Tânia Nascimento
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