Peltier fala da solubilidade do oxigénio na água do mar |
Antes da multiplicação do número de espécies na Terra, há 550 milhões de anos, esta conheceu um período de gelo, mas segundo um novo estudo teórico, o “Big-Bang” explica-se por um ciclo do carbono e não pela actividade dos vulcões.
Segundo a teoria mais conhecida, as erupções vulcânicas teriam permitido, através da libertação de grandes quantidades de CO2, o aquecimento necessário para que a Terra saísse do estado de gelo intenso durante o qual a fotossíntese cessou.
No entanto, segundo um novo estudo de três investigadores da universidade de Toronto, no Canadá, publicado esta semana na revista Nature, “uma zona significativa da superfície oceânica não atingida pelo gelo pôde subsistir no Equador”, durante as glaciações que ocorreram há 850 - 635 milhões de anos.
Se o oceano não gelou, com a queda das temperaturas, grandes quantidades de oxigénio chegaram ao fundo dos oceanos, provocando a oxidação do carbono orgânico formado pela fotossíntese nas águas de superfície. Uma parte deste CO2 pôde depois ser libertado para a atmosfera, contribuindo para o seu aquecimento.
“A solubilidade do oxigénio na água do mar controla a remineralização do carbono orgânico de tal forma que o nível de CO2 não pode cair abaixo de um nível onde se produziria um estado de arrefecimento permanente” da Terra, afirmam Richard Peltier, Yonggang Liu e John Crowley.
Assim, o fim do período glaciar não estaria forçosamente ligado a um súbito surgimento de níveis muito elevados de CO2 na atmosfera (causado pelas erupções vulcânicas). Segundo a teoria em voga até hoje, a calote glaciar e de neve que cobria o planeta impediu o aquecimento ao reflectir a luz solar, até que as erupções vulcânicas libertaram CO2 suficiente para permitir o aparecimento da maioria das espécies animais e vegetais.
Segundo a teoria mais conhecida, as erupções vulcânicas teriam permitido, através da libertação de grandes quantidades de CO2, o aquecimento necessário para que a Terra saísse do estado de gelo intenso durante o qual a fotossíntese cessou.
No entanto, segundo um novo estudo de três investigadores da universidade de Toronto, no Canadá, publicado esta semana na revista Nature, “uma zona significativa da superfície oceânica não atingida pelo gelo pôde subsistir no Equador”, durante as glaciações que ocorreram há 850 - 635 milhões de anos.
Se o oceano não gelou, com a queda das temperaturas, grandes quantidades de oxigénio chegaram ao fundo dos oceanos, provocando a oxidação do carbono orgânico formado pela fotossíntese nas águas de superfície. Uma parte deste CO2 pôde depois ser libertado para a atmosfera, contribuindo para o seu aquecimento.
“A solubilidade do oxigénio na água do mar controla a remineralização do carbono orgânico de tal forma que o nível de CO2 não pode cair abaixo de um nível onde se produziria um estado de arrefecimento permanente” da Terra, afirmam Richard Peltier, Yonggang Liu e John Crowley.
Assim, o fim do período glaciar não estaria forçosamente ligado a um súbito surgimento de níveis muito elevados de CO2 na atmosfera (causado pelas erupções vulcânicas). Segundo a teoria em voga até hoje, a calote glaciar e de neve que cobria o planeta impediu o aquecimento ao reflectir a luz solar, até que as erupções vulcânicas libertaram CO2 suficiente para permitir o aparecimento da maioria das espécies animais e vegetais.
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