Lic de Biologia no ISA

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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Floresta Atlântica – Aprovado pela CMVM o primeiro Fundo de Investimento Imobiliário Florestal

Foi aprovado o primeiro Fundo de Investimento Imobiliário Florestal. Constituído por 46% de investimento público, dirige-se aos problemas estruturais da floresta Portuguesa e incorpora uma importante dimensão de gestão florestal sustentável.

Carlos Rio Carvalho - ERENA

Foi aprovada em 19 de Outubro de 2007 pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a constituição e o regulamento do primeiro Fundo de Investimento Imobiliário Florestal (FIIF): o fundo Floresta Atlântica.

Os trabalhos preparatórios para a constituição deste primeiro Fundo iniciaram-se em 1997. A partir de 2001, com o apoio do Ministério da Agricultura através do gestor do programa AGRO, foi possível desenvolver com mais profundidade as vertentes florestal e financeira do projecto do FIIF e, também, promover uma discussão mais alargada sobre as virtudes deste veículo de investimento.
Os FIIF destinam-se a facilitar o investimento privado na floresta Portuguesa. Muitos perguntam: se o objectivo é fomentar os investimento privado, porque razão o primeiro fundo resulta de uma iniciativa pública, mesmo tendo também investidores privados?

A resposta reside nos múltiplos factores históricos e estruturais que dificultam o investimento na floresta em Portugal, e que resultam em grande medida de políticas públicas, ou da ausência delas, ao longo do tempo: a pequena dimensão e deficiências graves de cadastro e registo da propriedade em larga fracção do território, a inexistência de um mercado de seguros florestais, um historial recente de investimento dominantemente de origem pública em todas as fileiras com excepção da do eucalipto.
É importante também assinalar que a floresta é reconhecida pela sociedade como fornecedora de um conjunto importante de bens ambientais. Mesmo que difusamente, todos os cidadãos compreendem que a florestas, e em particular as de espécies autóctones, têm de ser conservadas e mantidas. Esta convicção (certíssima) justifica que, tão longe no tempo como D. Dinis e o seu célebre pinhal, as razões para o Estado investir na floresta sejam, em grande medida, de natureza ambiental.

O primeiro Fundo de Investimento Imobiliário Florestal, que é constituído por 46% de investimento público, dirige-se aos problemas estruturais da floresta e incorpora uma importante dimensão de gestão florestal sustentável.
Este é o momento inicial de um projecto muito importante, precisamente porque se dirige a problemas complexos, com uma proposta de valor que transcende o valor financeiro, sendo o primeiro de muitos fundos que, se espera venham a transformar radicalmente a face do investimento privado em todas as áreas onde a floresta gera valor, incluindo o ambiente.

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