O primeiro relatório sobre a implantação do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA), entregue ao Ministério do Ambiente em Março, ainda não foi aprovado, mas o Instituto da Água (Inag) acredita que o documento poderá estar operacional até ao final do ano.
«Esperamos que o programa esteja pronto ainda este ano», confirmou Orlando Borges, presidente do Inag, ao AmbienteOnline. Se assim for, o PNUEA, aprovado em 2005 através de uma resolução de Conselho de Ministros, poderá até ser conhecido na mesma altura em que se espera que seja publicado o regime económico-financeiro da água.
Embora o segundo relatório ainda não esteja concluído, já existem algumas certezas. Apesar do documento original prever 89 medidas tendo em vista um uso mais eficiente dos recursos hídricos, as restrições orçamentais dos vários agentes envolvidos levou à redução das medidas consideradas prioritárias. «Vamos propor acções que produzirão efeitos mais imediatos e de maior magnitude, mas que terão menos impacto do ponto de vista de investimentos a realizar», revela Pedro Mendes, chefe do departamento de planeamento e gestão do domínio hídrico do Inag. A medição e a sensibilização nas escolas são algumas das que terão mais relevância. «É preciso que as novas gerações possam ter uma cultura da água diferente da actual», explica.
Por outro lado, «será feita uma aposta em tudo o que pertença ao domínio público, não só porque está em causa o dinheiro de todos, mas porque pretendemos também que funcione como exemplo», acrescenta.
Nos sistemas públicos de abastecimento de água deve ser promovida, por exemplo, a redução de perdas de água e a utilização de águas residuais urbanas tratadas, que constituem uma das principais fontes de ineficiência.
Tânia Nascimento
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