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«Não é uma vantagem para a conservação da natureza fazer-se um aeroporto onde quer que seja», disse aos jornalistas Humberto Rosa, secretário de Estado do Ambiente, à margem da apresentação do Relatório de Estado do Ambiente 2006, que decorreu ontem, na Agência Portuguesa do Ambiente.
O responsável respondia assim às dúvidas que rodeiam a localização em Alcochete do novo aeroporto de Lisboa, acrescentando que a Zona de Protecção Especial (ZPE) do estuário do Tejo deverá ser alargada para minimizar os efeitos no ambiente, apesar de, no entanto, o campo de tiro de Alcochete não se situar dentro desta ZPE e estar fora das rotas migratórias das aves.
A avaliação ambiental estratégica, a cargo do Ministério das Obras Públicas, deverá estar concluída dentro de mês e meio e, segundo Humberto Rosa, deverá sempre considerar as outras alternativas e explicar porque foram excluídas.
Paulo Caldas, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, apesar de estar convicto que a localização do novo aeroporto de Lisboa na Ota era a que melhor servia o País, ao nível das acessibilidades, da centralidade e do ordenamento do território, considera que «a decisão política está tomada, e agora temos é de olhar para o futuro».
Com a consolidação da cidade aeroportuária a Sul do Tejo, o edil entende que o Governo deve criar condições para potenciar os recursos da zona Norte do Tejo, e activar mecanismos de investimento público para melhorar as condições de acessibilidade, e estimular os vectores turísticos e o tecido empresarial.
O autarca considera que deverá ser promovido o desenvolvimento do País como um todo, numa cooperação estratégica entre a administração central, os autarcas e os agentes económicos, numa leitura de potenciação dos recursos da margem Norte do Tejo.
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