Marianne Thoresen |
Médicos britânicos salvaram uma recém-nascida de possíveis lesões cerebrais irreversíveis através de uma técnica pioneira de arrefecimento, que impediu o cérebro de inchar depois de estar privado de oxigénio durante o parto.
Os médicos do Hospital de Saint Michael, em Bristol, ajustaram a cabeça da bebé Olivia Templar num capacete refrigerador, depois de ela ter estado privada de oxigénio por dez minutos durante um nascimento traumático, em Julho último.
Os médicos do Hospital de Saint Michael, em Bristol, ajustaram a cabeça da bebé Olivia Templar num capacete refrigerador, depois de ela ter estado privada de oxigénio por dez minutos durante um nascimento traumático, em Julho último.
Técnica tem alguns anos |
O capacete, de design norte-americano, é bombeado com líquido de refrigeração para reduzir o inchaço que ocorre quando o tecido é privado de oxigénio. É este inchaço o que causa danos cerebrais, que podem ser irreversíveis. Dias mais tarde, quando um scanner analisou as funções do cérebro da pequena Olívia - que foi sedada durante o tratamento de arrefecimento -, foi verificado que as suas funções cerebrais estavam normais, de forma que a bebé teve alta.
A pesquisa para chegar a este feito foi liderada pela pediatra Marianne Thoresen, que durante 10 anos foi desenvolvendo a cápsula em programas que envolveram mais de 800 bebés de todo o mundo. Thoresen começou esta investigação em 1992 e tem aplicado como projecto-piloto o capacete em bebés no Saint Michael desde 1998. Neste hospital, o capacete foi testado em 40 bebés e na maioria dos casos resultou.
Marianne Thoresen afirmou ter já dados suficientes para considerar que a descoberta é um grande avanço para salvar de lesões cerebrais muitos dos bebés que sofrem complicações durante o parto, embora saliente que não resulta sempre.
Agora, a mãe da bebé, Nichola Templar, de 31 anos, lançou uma campanha para angariar dinheiro para que a técnica possa estar disponível em todo o mundo. "Acreditamos que o capacete refrigerador salvou a nossa filha de danos cerebrais. Queremos fazer o possível para que todas as crianças tenham esta ajuda", afirmou.
"Olivia tem apenas três meses de idade e, apesar de o tratamento ter resultado bem, ainda é cedo para dizer que está totalmente salva", acrescentou Thoresen, realçando que só é possível dizer com certeza que um bebé não tem lesões cerebrais quando este atinge cerca de dois anos.
A pesquisa para chegar a este feito foi liderada pela pediatra Marianne Thoresen, que durante 10 anos foi desenvolvendo a cápsula em programas que envolveram mais de 800 bebés de todo o mundo. Thoresen começou esta investigação em 1992 e tem aplicado como projecto-piloto o capacete em bebés no Saint Michael desde 1998. Neste hospital, o capacete foi testado em 40 bebés e na maioria dos casos resultou.
Marianne Thoresen afirmou ter já dados suficientes para considerar que a descoberta é um grande avanço para salvar de lesões cerebrais muitos dos bebés que sofrem complicações durante o parto, embora saliente que não resulta sempre.
Agora, a mãe da bebé, Nichola Templar, de 31 anos, lançou uma campanha para angariar dinheiro para que a técnica possa estar disponível em todo o mundo. "Acreditamos que o capacete refrigerador salvou a nossa filha de danos cerebrais. Queremos fazer o possível para que todas as crianças tenham esta ajuda", afirmou.
"Olivia tem apenas três meses de idade e, apesar de o tratamento ter resultado bem, ainda é cedo para dizer que está totalmente salva", acrescentou Thoresen, realçando que só é possível dizer com certeza que um bebé não tem lesões cerebrais quando este atinge cerca de dois anos.
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