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domingo, 25 de novembro de 2007

Quatro concelhos ultrapassam limites de arsénio na água - Câmara de Évora nega que água do concelho seja perigosa para consumo

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Foto: Eva Carasol/PÚBLICO
O autarca de Évora sublinha que os níveis mais elevados de arsénio "não foram detectados na água da rede"

Lusa, PÚBLICO

O presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, garantiu hoje que a água distribuída no concelho não é perigosa e que o limite legal de arsénio ultrapassado em 2006 foi "pontual" e já está resolvido, reagindo assim a um relatório do Regulador da Água e Resíduos (IRAR) divulgado hoje.

"A água da rede distribuída no concelho não tem qualquer parâmetro de perigosidade e é de qualidade aceitável, estando submetida a um rigoroso controlo por parte das entidades competentes", garantiu o autarca à Lusa.

Um relatório do Instituto Regulador da Água e Resíduos (IRAR), divulgado hoje pela Lusa, refere que quatro dos 51 concelhos analisados no ano passado ultrapassaram o limite máximo de arsénio na água permitido por lei. Segundo o mesmo estudo, entre os concelhos está o de Évora, com um incumprimento de 7,50 por cento nos níveis máximos permitidos de arsénio na água, seguido de Barcelos (cinco por cento), Vila Franca de Xira (2,86 por cento) e Pombal (1,75 por cento).

O autarca de Évora argumenta que a interpretação do relatório do IRAR não pode ser "distorcida", já que os níveis mais elevados de arsénio "não foram detectados na água da rede". José Ernesto Oliveira explica que os dados dizem apenas respeito a uma captação de água existente em São Brás do Regedouro, na freguesia de Nossa Senhora da Tourega, sendo que, das 48 análises efectuadas em 2006, "duas é que mostraram parâmetros de arsénio superiores à taxa máxima permitida por lei". "Trata-se de um furo, em funcionamento há mais de 30 anos, cuja água, depois de tratada, abastece essa população. Uma das análises revelou um miligrama e a outra dois miligramas acima dos dez miligramas por litro permitidos por lei", acrescentou.

Segundo o autarca, na altura foram "de imediato tomadas medidas" e a captação em causa foi "suspensa enquanto os valores de arsénio não foram regularizados", tendo os cerca de 80 habitantes sido abastecidos através de outra origem de água.

Há vários pontos do país com níveis de arsénio na água acima dos limites legais. Das 4771 zonas de abastecimento avaliadas no último relatório da qualidade da água, divulgado em Outubro pelo Instituto Regulador de Águas e Resíduos, 125 revelaram excesso de arsénio em todas as análises realizadas em 2006.

Na esmagadora maioria, só era necessário fazer uma análise anual àquele poluente. No total, estas zonas – normalmente pequenos sistemas de abastecimento, baseados num único furo – englobam cerca de 49 mil portugueses.

Mais onze zonas de abastecimento tiveram metade das análises a revalarem excesso de arsénio. Em seis outras, um terço das análises mostraram o mesmo resultado. É nesse último grupo que estão duas pequenas zonas de abastecimento do concelho de Évora: São Braz do Regedouro (76 habitantes) e Torre de Coelheiros (688 habitantes). Em nenhum outro ponto do concelho houve problemas, segundo os dados do IRAR.

Os números do IRAR não especificam as concentrações de arsénio encontradas nas análises. A ingestão prolongada, durante anos, de água com concentrações elevadas de arsénio pode provocar determinadas doenças na pele e aumentar o risco de alguns tipos de cancro.

Um estudo do Massachussets Institute of Technology (MIT), divulgado esta semana, sugere possíveis efeitos de saúde a longo prazo em pessoas cujas mães beberam água com muito arsénio durante a gravidez. O estudo envolveu 32 mulheres de um zona fortemente contaminada com arsénio na Tailândia.

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